30 dezembro, 2007

intenção e aceitação

Uma regrinha razoável é "O que vale a intenção". Isso porque é bem difícil mascarar a intenção; sabe-se dizer quando se quis fazer aquilo ou se acabou saindo de alguma forma. A pessoa dificilmente consegue mentir para si mesma a intenção. Para os outros, talvez seja questão de habilidade.
Outra coisa que não é fácil de mentir é se admitimos algo. Ou admitimos, ou não admitimos e temos as nossas desconfianças e nossas barreiras erguidas ou semi-erguidas. É difícil ignorar nosso "coração" para que aceite o que não acha, e ao mesmo tempo é difícil nos enganar para que imaginemos o errado quanto à aceitação de alguma coisa.

25 dezembro, 2007

ser melhor

Tenho algumas idéias do que devemos ser, e de como devemos agir. Isso faz com que eu possa classificar as pessoas em melhores ou piores. (Isso é uma relação de ordem parcial; pesquise para entender.) Também poderia achar alguns níveis, ou algumas coisas trabalhando com esse conceito. Então, (a razão fraca!) ao menos terás que pesquisar um pouco, senão ao me criticares direi que pouco sabes. Mas a razão forte é a verdadeira razão dessa explicação. É bom ser um pouco sincero às vezes, e também não podemos querer empurrar indevidamente idéias para o outro sem justificativas.
Mas então: as pessoas caem muito, elas são tão ruins e se ocupam de tantas coisas tão sem importância como falar da vida do próximo quando ele está distante que não me parece difícil ser melhor que elas. Tão fácil. Mas isso não deve ser uma grande conquista; o fato de superar um nível muito baixo não quer dizer que devo me tranqüilizar com o que já sou. É muito fácil não ser tão "chão", mas em compensação (estranho) é dificílimo achar algo acima da (não a maior [isso não tem a ver com o texto]) maioria das pessoas.

23 dezembro, 2007

Sócrates hoje

Se houvesse um Sócrates hoje que se dispusesse a conversar com as pessoas, inclusive os que se pretendem intelectuais, ele provavelmente chegaria às mesmas conclusões de que chegou o Sócrates "histórico". Ele acharia que as pessoas na rua sustentam uma opinião sem ter o mínimo conhecimento do assunto.
Mas acho que não existirá um novo Sócrates: os pretensos intelectuais já se isolam em clubes, ficando assim blindados a um questionador externo, que não é do clube. Afinal, o que importa é ter a opinião parecida (da moda), e só isso. E Sócrates não encontraria pessoas interessadas em filosofia ou em humanidades, mas sim interessadas em si mesmas, esperando o ônibus, e com medo de um barbudo mal vestido.
Para vocês verem como agora somos protegidos contra essa influência.

20 dezembro, 2007

dos processos

Uma coisa a se reparar nos "processos" (deixemos uma definição precisa para um dia qualquer, quem sabe até mesmo um dia nenhum) é a sua recomposição. Isso se ela ocorre, claro.
Basicamente, se quando o estado de algo é deslocado para algum "lado" existe ou não uma pressão (ou força) para que o estado retorne ao estado anterior.
Está impossível decidir sobre qualquer coisa relativa a isso, já que sempre parece haver forças, cada uma apontando em um sentido, em qualquer processo. Se eu ajunto um lixo na rua, que digamos que seja positivo (seja lá o que essa palavra signifique), então isso tanto pode incentivar alguém a fazer o mesmo como aliviar um pouco a poluição ambiental, o suficiente para fazer com que as pessoas se preocupem menos.
Aliás, geralmente nesse tipo de preocupações (sabe-se lá que nome dar! [eu deveria saber melhor como fazer isso]), quanto mais comprometida estiver a situação, mais as pessoas são forçadas a reconhecer o problema para tentar revertê-lo. Um exemplo simples é a idéia de Marx: que o capitalismo é bom, no sentido de que quando trouxer miséria suficiente, poderá fazer com que o povo se rebele e tome o poder, instituindo assim o comunismo (embora eu não ache que será tão direto assim). Ou ainda (acho curiosas essas coisas), se ouve falar "pelo menos agora aprendeu" quando alguém sofre algo, geralmente com uma causa (cabelos compridos, álcool, intolerância, ou algum comportamente incorreto qualquer; para você que não tem o mesmo pensamento que o meu, ache que é uma batida de carro provocada por adolescentes alcoolizados*). Então é como se tivéssemos que esperar que as pessoas sofressem para aprender o que não fazer; acho que esse não é o caminho, essa é sim a pior hipótese. Aprender depois de sofrer não é positivo, é justo o pior que pode acontecer. Seria melhor nunca aprender, já que não se sofreu, nesse caso. Sofrer um acidente para que depois se evite ele é estranho, quase contraditório, mas um pensamento que engana muito. Pense também no desarmamento da população (um exercício inocente).
Post inútil, mas útil? Como é fácil criar esses supostos paradoxos sem dizer tanto. Logo mais, verás algo dos paradoxos e das antíteses.

*Repare o plural. Será que é preciso ser famoso para que se repare nas entrelinhas do texto? Ou será que depois que alguém diga que você foi uma estrela ignorada pelos seus contemporâneos é que se começa a buscar as sutilezas e nuances do texto? E se esse plural fosse ocasional (aliás, será que você já reparou o que era?), alguém atribuiria algo errado a mim. Como se eu quisesse dizer o que eu absolutamente não escrevi, e não pensei. Talvez haja uma vontade irracional, ou um senso inconsciente, que faz com que apareçam essas coisas. Mas se não foi consciente não adianta dar o mérito; ainda não dispomos de métodos eficientes para julgar. (O único método ainda é a autopromoção, o falar inútil, e essas coisas que desconfio que rondam por muito perto dos críticos literários.)

13 dezembro, 2007

casinho

Se eu desejo que alguém mude de sexo, e a mesma pessoa deseje isso para si própria, e considere os desejos satisfeitos. Não veremos nenhuma alteração, e portanto acharemos que os desejos não foram satisfeitos, mas pelo contrário: ambos foram satisfeitos.

Vai falar que ter conhecimento de ao menos uma história dessas não é útil?

para rir

Vamos fazer um cumprimento institucional:
Em nome da APAE, da AFILE e da Federação Espírita. Amém.

Achou sem graça? Vê só essa:

O Felizardo Furtado estava tão feliz que acabaram roubando-no.

12 dezembro, 2007

cuidado

Tome cuidado ao tentar ser ético e honesto consigo mesmo. (Ao menos tentar ser justo.)
Acho que não se deve achar vantajoso de forma alguma se ausentar nas lutas genéticas e "meméticas"; isso seria uma desvantagem tremenda. Ao menos se não quiser se isolar muito, e ainda pensa em influenciar as outras pessoas.

10 dezembro, 2007

de novelas e desenhos animados

Nota: Foi para as cucuias o critério de usar aspas simples. Isso por enquanto.

Ultimamente, pelo quanto sou forçado a acompanhar, as novelas (da Globo) estão tomando o lugar dos desenhos animados como "palco" da vida de seres fantásticos, que usam seus poderes especiais para interferir no mundo (não que se pudesse interferir em outra coisa, mas acho que deu para entender), e estão sujeitos a intrigas e muitos outros jogos e ombinações que fazem com que não seja uma mera luta direta com a vitória do mais forte.
O bom das novelas vem do mal da maioria dos desenhos animados; com humanos não há repetição de frames, nem recolagens (apesar de eu ouvir falar de novelas que reprisam bastante o dia anterior, mas sei pouco disso). Seriam as novelas evolução, então, dos desenhos animados? Mesmo considerando somente as histórias com heóis de poderes sobre-humanos, acho que a resposta é um claro, para não dizer estrondoso, não.
Evolução de produtos parece um conceito feito para promover o consumo (é, as tecnologias evoluem). Dependendo de como se quiser ver evolução, os desenhos animados "evoluíram"; uma vez todos os frames eram desenhados; depois (parece que Anna e Barbera, os criadores de Tom & Jerry, foram os pioneiros - pelo que li uma vez numa crônica de Diogo Mainardi) passou-se a aproveitar os frames, com só a boca se mexendo, por exemplo. (A crônica também lamentava a riqueza perdida com os desenhos repetidos; eu acho que concordo que é danoso (ah, é bom dizer que esse modo de produzir animações prevaleceu porque reduzia muito o custo da sua produção). Daí, se entrar e sair de um estado são evoluções, eu não saberia o que dizer.
Percebe-se o que eu quis dizer? Se não, digo: seria absurdo tachar essas duas mudanças de evoluções. Não sei citar nenhuma evolução real, mas minha mente tem uma idéia das características que esse conceito deveria apresentar, de modo que existe um julgamento capaz de reconhecer quando aplicar um nome a um objeto (isso para mim). Há pessoas que não crêem muito nisso; pelo menos é o que percebo através de alguns questionamentos e idéias. O que eu quis dizer seria mais ou menos claro se fosse sentido por alguém. Não me parece difícil estender isso para outra pessoa. (E veja que esse "isso" se refere a algo bem diferente do que o último "nisso" se referia.)

Acabei reparando que os diretores não têm medo de mostrar homens saindo da água sem camisa. Essa imagem me é tão familiar; de repente parece que aparecia em todas as novelas que eu vi.
Mas pior mesmo que isso é o sexo exacerbado que se vê na televisão. É tão chato ver na tevê pedaços de alguém nu, ou com roupas íntimas. Fora todos os agarramentos que aparecem toda a hora. Dá até vergonha de estar.
E existe ainda a "banheira do Gugu". Acho então que não existe evolução na televisão; se as pessoas são as mesmas, é difícil de haver algo novo. E algo novo é algo muito especial.

(Ficou ruim este post feito em dois momentos. [Isso não faz parte do post.])

05 dezembro, 2007

PS

Um fato assolou a capital: uma ambulância, atendendo a um chamado de emergência, atropelou no seu trajeto uma criança.
Nos vemos diante de um grande paradoxo: uma ambulância, que é um veículo planejado para socorrer pessoas, trouxe a morte de um menino de apenas cinco anos, que esperava poder atravessar a rua sem problemas.
O que o motorista da ambulância deve ter pensado? "Atropelo uma vida e salvo outra?" Será que ele pensou que ele estaria quite com Deus compensando uma vida com uma outra vida? Outra coisa não pode ser.
Quando eu acho que já vi de tudo na minha vida, acontece de uma ambulância atropelar uma criança.
Onde vamos parar se até as unidades móveis mantenedoras da vida a esmigalham? Teremos um caos completo, com chamadas sucessivas nas emergências, e cada ambulância sendo chamada para tentar salvar a vida que a ambulância anterior atropelou. Fico realmente chocado só de pensar.
...

E enquanto eu pensava em como ficavam essas possíveis palavras para uma "crônica" do Paulo Sant'Ana, ninguém dava bola para quem ria. Ao menos não fui atropelado pela ambulância.

02 dezembro, 2007

da praça Padre Jacinto

A praça Padre Jacinto é aquela praça que comentei há alguns dias atrás.
Vi que há uma placa numa pedra que diz que a praça foi revitalizada na Administração 2005-2008 (não com essas palavras). Então revogarei minha opinião sobre a benfeitura do ato; acho que em vez de um ato para com as crianças encantadenses houve uma obra politiqueira (e tão limpa que nem dá vontade de chamar de "obra"), ou ao menos isso pesou na reforma.
Quando se quer dar um brinquedo para uma criança não é necessário gravar seu nome nele. Ao menos quando se tem em vista a diversão e o desenvolvimento da criança.
Enfim, não dá nem pra se surpreender que depois se decepciona...

28 novembro, 2007

nenhum título atraente (que sofisticado e simples!)

Algumas pessoas usam uma tática: fingem-se ignorantes de algo para permitir que uma outra pessoa minta. Depois relatam que sabem que é mentira, querendo sugerir que a pesssoa questionada foi enganadora. Para mim, me parece que a primeira (a que perguntou) enganou a segunda, também, e foi com um mau objetivo (testar se a segunda diria a verdade quando perguntada).
Então, não há porque a primeira pessoa querer desmascarar a segunda, ou afirmar (e, certo tom, querendo afirmar algumas certas coisas) que a segunda mentiu para ela.

das interpretações de texto e das conclusões de outrem

Está me parecendo quase um exagero errado querer interpretar textos. Acho que há vários pontos contrários (como se pontos tivessem direção! [aqui caberia muita explicação, muita alguma teoria; quem sabe num próximo post {já imaginas o que é?}]) ao que vou dizer, mas eles ainda não estão muito claros para mim.
(Nota: O que virá não é seqüência. Não te enganes.)
Acho que nem sempre se poderia concluir algo sobre textos; o autor pode muito bem não ter querido afirmar alguma coisa, e mais principalmente, muitas vezes a lógica como está escrita não implica na conclusão (a da alternativa, para entenderes do que falo [mas é só analogia, heim!]). Daí o que acontece, que pode ser muito bem para que todos tenham emprego e um pouco de razão (por algum princípio humano, mas não no melhor dos sentidos) que se assuma que havia alguma conclusão efetiva. Isso porque parece que no meio de estudos "humanos" se prefere assumir algumas coisas, como a inconclusividade e o relativismo. (É; se formos ver quando não há como se julgar parece que cabem mais posições empregatícias, e também mais se pode falar sem concluir nada. Acho que deveríamos tentar ser mais justos, e não buscar somente a diversidade por parecer bonito.)

Provavelmente o que eu disse pode ser refutado. Menos o que eu "prometi" para um próximo post; nesse caso, é improvável. (Heim, heim? O que achas? Não achas belo?)

21 novembro, 2007

de sotaques

Acho que não há motivo nenhum para rir-se de um sotaque diferente do seu (e da sua turma, ou da sua triiibo, se tu preferires). Ficar zombando é uma atitude idiota; não há sotaques "certos", não há a maneira universal (nem a brasileira, nem a gaúcha, nem a porto-alegrense!) de falar.
Outra coisa que reprovo é já esperar um sotaque da pessoa por saber da sua origem. Acho que não se precisa. Mas acho que não há algo a fazer contra.

Ainda não "decidi" (no sentido de não formei minha opinião muito bem; de forma alguma essa palavra significaria que eu apontaria o verdadeiro) se falar incorretamente (do ponto de vista do português) ou escrever incorretamente (no mesmo sentido; separo por achar se tratar de algo bem diferente) seria de alguma forma errado ou impróprio.

19 novembro, 2007

de cotas e cotistas

(Cotista é aquele que entrou na universidade através de um sistema de cotas sociais/raciais [no caso da UFRGS]. Falo isso porque esse nome tem jeito de ser criado, e não naturalmente aceito.)
(Uma opinião mais antiga minha sobre as cotas pode ser vista aqui.)

Acho que muito diferente de ser contra as cotas é querer segregar cotistas. Acho que quando me pronuncio contra as cotas estou indo contra o sistema de seleção de universitários, mas isso absolutamente não implica ("absolutamente" só dá o destaque, não é algo que condicione o que vem a seguir, como normalmente deveria se usar um advérbio; é só um artifício para um texto) que estarei contra cotistas. São duas coisas bem diferentes. Acho bom deixar claro. (Para mim e para eventuais outras pessoas.)

Agora, falaremos sobre o que quis evitar no bloco anterior. No caso da UFRGS há cotas raciais e sociais. As primeiras dependem de uma declaração "de etnia" da pessoa, e para a segunda parece que só é necessário que se tenha cursado todo o ensino médio em escola pública.
As cotas raciais me parecem fortemente discriminatórias (já vi alguém escrever: "Se eu fosse negro, não aceitava."), e acho até um retrocesso. Gostaria que revogassem isso algum dia, de preferência cedo. Alguém pode me achar racista, mas acho que acho que prefiro algo mais justo (defendi isso no post que indico logo ali em cima).
Já falei das cotas sociais, de que poderiam entrar pessoas despreparadas. Acho que não é tanto assim, acho que a diferença não é tão drástica. Ou melhor, agora penso que é um pouco menos forte o impacto do que pensava antes. Não sei se me posiciono contra: pode ser uma forma de alguma pessoa "capaz" (e que se dedique a estudar) tenha oportunidade de avançar em seus conhecimentos. Mas ainda assim parece difícil decidir.

17 novembro, 2007

de uma praça e de uma corrida em particular

Falarei de uma praça de Encantado. Quase ninguém em Encantado me lê, e também não passei a maior parte desse ano em Encantado, e também este blog não será um blog político, mas ainda assim falarei da praça próxima à igreja. Ela foi "revitalizada" (uma ótima palavra); seu caminho que antes era de terra recebeu algum pavimento (mas nada ofensivo, nem pesado); foi construída um bonito cercado (bem baixo, somente para uma demarcação de território; acredito que segure algumas bolas e dê um pouco mais de segurança a alguns pais; além do mais pode-se andar sobre ele equilibrando-se, atividade saudável) e construídos (ou colocados) novos bancos e brinquedos (escorregador e balanços). Achei que essa foi uma boa atitude (prefeitura? algum órgão? não sei a quem atribui-la); acho que é assim que se deve pensar numa cidade: construir (e manter) espaços agradáveis. Acho que foi um grande presente a muitas crianças (e mesmo qualquer um que vá se sentar nos bancos, ou que vá escorregar).

Hoje corri à velocidade máxima - o que eu não fazia fazia tempo (xP) - e até pareceu que o espaço ficou distorcido, como ocorre (propositalmente programado, acho) em alguns jogos eletrônicos de corrida. Será que corri tão rápido? De qualquer forma, foi uma experiência diferente.

PS: Quem sabe os filhos ateus poderão ficar na praça enquanto seus pais ouvem os atos litúrgicos na igreja.

15 novembro, 2007

um pouco de (um post de) bebidas alcoólicas

Curioso que os pais dão 'só um pouquinho' de bebida alcoólica para os filhos quando eles são menores e acabam permitindo que a bebida se infliltre no mundo do jovem de forma mais profunda posteriormente como se fosse natural. (Curioso para quem não acha normal.)

um desabafo

Simplesmente, para quem não acredita em mim, direi que tudo isso (o blog [vês aqui, então?]) pode ser sim exercício fútil, e coincidência de agrupamento de letras.
Sinto-me aborrecido em ver meu blog assim escrito sem que se faça um bom uso dele. Qual o fim disso (disso o quê? "toda a frase anterior" seria a resposta [é difícil fazer referências])?
Tenho também dúvidas se se deve ser sincero desde o início. Há pessoas que acham normal mentir para depois ser revelada outra coisa; 'mas como todo mundo faz' é o início da desculpa (cuidarei mais das aspas... usarei duplas para indicar uma aproximação de sentido e simples para indicar uma seqüência de letras).
Conselhos só recebo no sentido de que mentiras são permitidas e recomendadas; o que importa é não fazer inimizades. Então não sei se o que se quer é um egoísmo bem maior. Achei que não fosse egoísta ou mau pensar num sistema melhor, mas o que reparo é que só me rechaçam. Outra coisa que parece má vista émudar de opinião. Acho que podemos mudar de opinião; talvez insistir em alguma opinião só por ser a antiga seja algo ruim. (Não importa muito o nome que se dá a isso.)
Também parece que não se pode questionar o que não se sabe. O que parece é que se deve ter uma resposta. Mesmo que seja ter a certeza de que ela não há; ora, por mim, não sei se nada sei, mas posso pensar para decidir. Ter preguiça é muito fácil, e dizer que algo é muito fácil também está se tornando muito fácil para justificar que não deve ser feito. (Isso pode ser considerado um exemplo. Pode-se pensar nessas coisas... [Tu sabes dizer do que falo? Acho que não]) É até parecido com alunos dizendo que não há forma de os professores controlarem certas "artes"; talvez fosse um pouco mais legal pensar como poderia ser feito. (Agora até acho que pensei muitas vezes nesse tipo de problema. Acho que se consegui algum sistema eficiente foi para um problema mais ou menos fácil. É difícil imaginar um sistema que não possa ser atrapalhado por más intenções.)
Quando eu era um pouco menor não entendia muito bem porque algumas pessoas me pareciam muito lentas. Agora acho que prefiro ser bem mais lento nos raciocínios. Acho que devemos ter mais cuidado no que concluímos e inferimos; parece-me tão fácil ocorrer um engano.
O modo como vivemos parece em todo ruim - mas isso não significa que não se possa mudá-lo. (É algo como um "paternalismo" ajudar o leitor. Ainda mais, talvez se possa pensar nisso junto com o [possível? {veja o desenho que se trança!}] fato de as conseqüências virem das causas sem maiores alvoroços.)

Aqui um pequeno acréscimo. Se jogares Sudoku, verás que não há nada de novo em completar uma casa; na verdade toda a informação já estava lá, embutida nas casas já iniciadas (impressas). Relaciona-se com a última idéia (acho que a última; pode-se pensar que não seja; de qualquer forma [veja como sou obrigado a escrever de novo {eu gostaria de passar alguma coisa com esse blog; quem já entendeu desculpe a estupidez}] é a idéia de que as conclusões não são coisas novas). Bem, é só um pequeno acréscimo.

E o que eu disse antes não deixa de valer. Talvez se deva, sim, dizer o que seria óbvio, não sei... (será que eu explico? Pode muito bem não ter ficado tão claro...)

13 novembro, 2007

coragem?

Alguém pode dizer que é preciso coragem para se fazer o que se gosta, ou o que se quer. Mas, em geral, quando isso é dito é porque se precisa fazer algo que não se gosta para se alcançar o objetivo. Então é preciso mais coragem ainda para fazer o que não gosta? E se precisa coragem para suportar algumas coisas, que podem ser duras. Então, o que dizer da coragem?
Então digamos que o conceito de coragem está suspenso...
(Isso não tem significado nenhum... minhas palavras são nada mesmo. Talvez as coincidências de bytes aleatórios formem esse texto, e só isso.)

delicadeza

Num dos contos do Machado de Assis certa personagem diz que nada é mais delicado do que dizer a verdade (mas com outras palavras).
Mesmo que eu acredite (ou apóie, ou ache), não significa que serei sincero com as pessoas; afinal, serei com quem mereceria minha delicadeza. (É bom sentir-se sincero, pena que as pessoas receptoras podem não estarem aptas à franqueza.)

Sinto também (mais recentemente) que pode haver interesses que possam fazer com que tracemos planos contra alguém, como aqueles da novela Malhação (não que eu esteja fazendo isso...), e também que se pode não ser tão bom quando se tem um objetivo. Assim, às vezes não se é totalmente sincero com alguém, e em outras fingimos uma proximidade maior que a real.

12 novembro, 2007

de exemplos

Ainda não tenho certeza, mas fica a idéia. Seria muito bom se fosse verdadeiro, mesmo, em algum sentido que ainda precisamos descobrir melhor. Mas tenho alguma esperança de encontrar...
A idéia seguirá:

Podemos usar um exemplo como ilustração para mostrar uma idéia. E podemos dizer que a demonstração será válida para toda a família de exemplos, exatamente aqueles que não diferem do usado nas características que foram necessários à prova. Assim, se alguém mostra (que nesse caso não sei se seria mais uma demonstração; se está indicando, se fazendo ver) como se divide um segmento de reta em dois de mesmo comprimento, ele usa um caso especial como ilustração; digamos um traço preto de sete centímetros de comprimento (verdade que não será um segmento exato porque não sabemos desenhar segmentos... como fazer o comprimento sem largura, como definia Euclides?). Mas o processo usado será o mesmo para qualquer segmento (esquecemos considerações físicas, como ter um compasso suficientemente grande, ou qualquer outra coisa; falamos de algo que podemos chamar de geometria e não é "aqui" [meio que mal usada essa palavra] que devemos levar em conta essas dificuldade). Assim, a demonstração sseria válida para qualquer segmento que não o usado. Agora, ele não seria válido para uma reta (para os curiosos: porque elas não têm extremos, e eles são usados para a divisão) nem para um triângulo; só valia para aquela família de elementos: os segmentos. Valeria para outras coisas que também satisfizessem o que foi usado na prova, mas acho que todos eles são chamados segmentos (de reta, claro; isso esteve implícito nas outras vezes).
Repare (e acho tão bonito concluir dessa forma) que usei um exemplo. E daí... Veja como se torna interessante! Realmente motivante! Mas como você talvez não tenha pensado nisso tantas vezes como pensei nos últimos dias, posso ajudá-lo. Repare que quis motivar que (dessa vez sem índices: escreverei tudo de novo) com algum exemplo podemos mostrar uma verdade para toda uma categoria, desde que saibamos o que fizemos (pode parecer estranho a alguns, mas é bom saber que nem todas funções são diferenciáveis, por exemplo [e esse caso de exemplo não se encaixa na idéia do post, repare bem; aqui realmente tudo que queríamos era justamente um exemplo, que na verdade também não era necessário {repare! pense!}]) e não "mintamos" sobre a abrangência dessa categoria, e para motivar isso usei... um exemplo! E daí? Será que vale só para esse exemplo, e que o que usei não vale para todos os casos? Essa é uma questão que eu considero digna de ser investigada. (Estou especialmente aberto para receber algum acréscimo, principalmente a quem achar um contra-exemplo. [Pesquise o que é isso se não sabe; não precisa ir longe na internet, já fiz um post sobre isso.] Na verdade, estou muito curioso sobre esse assunto.)

(Isso [o todo, a idéia principal que teve até um anúncio], que parece razoável, não é originalmente meu. Parece que alguém escreveu isso antes; li num livro de George Berkeley. O exemplo do segmento é dele. [Mas claro que houve muitos incrementos meus. Afinal, eu escrevi...])

de artifícios de escrita

A gente pode se perguntar se tudo aquilo que seria desnecessário, como um estilo mais refinado e caracteres especiais nas frases (como palavras excessivamente pontuadas) além dos que seriam normalmente usados. Ou melhor, se "podemos" (no sentido de ser falso que não devemos não fazer) (1:) usar esses artifícios quando escrevemos. Será justo querer chamar a atenção a mais? Será justo (2:) querer parecer o que não se é? Acho que pode ser esse (2), sim, um motivo para o uso desses artifícios; se for, parece que não seria o mais certo fazer (1), porque já sabemos tão pouco e (3:) não devíamos querer parecer que sabemos mais usando de dispositivos "a mais". Parece que isso (3) confundiria-nos mais; será que o orgulho e o convencimento gerados por esse tipo de atitude textual compensam? Acho realmente que não, mas é a atitude de muitas outras pessoas. Talvez compense (como algo que podemos chamar de) localmente. Mas bem, ninguém se importará com os outros, mesmo... E é fácil cair em (o que podemos chamar de) um nível mais baixo de contentamento (considere que acho meus objetivos elevados, portanto).
(Houve ironia em algumas partes. Espero fazer um texto mais sincero e melhor digerível do que este [veja como tão facilmente surge uma ambigüidade!], algum dia, quem sabe quando eu souber justificar melhor algumas idéias minhas.)
(Pessoalmente, muito disso é um fracasso. Talvez se consiga fazer algo melhor do que tentar chegar a algo escrevendo textos, ainda mais quando se repete muito e ainda por cima há ambigüidades. Será que isso se relaciona ao fato de "mudarmos com o tempo"?)
Acho que podemos evitar querer destacar nossos textos, e que seria bom fazer isso. (Mas a quem importa isso, se não para mim? Sou muito fraco e dificilmente consigo sobrepujar algo.) Este é o resultado ao qual eu chego (chegaria), mas pouco importa.

dos links que partem deste blog

Vou escrever sobre os blogs para os quais mantenho um atalho dirigido (um link). Será sobre os que tenho agora, eventualmente (para não dizer "um dia") eles poderão mudar.

Diário subversivo: Nesse blog há vários textos bem escritos (no sentido de parecerem bem "cuidados") e alguns abordam temas interessantes. Também há algumas outras formas de se dispor palavras além da "crônica" (bem, não devia ser esse o nome... seria uma redação o que fazemos em alguns posts?) que o blog também contempla.

Fins intermitentes: Esse blog é "velho" assim como o Diário subversivo; também contém material de interesse, embora o dono do blog prefira bem mais escrever poesias e textos não tão concisos (dos quais nem sempre gosto), além de às vezes lançar mão de posts com uma única frase (que não acho bom fazer).

Palavras repetidas: Um blog que trata de assuntos variados, em geral bastante interessantes. São assuntos os quais eu gostava de escrever em blog, geralmente sobre atitudes e relações humanas, não deixando de lado alguma consciência maior (como meio ambiente) e também algo mais íntimo, como algumas questões mais profundas da existência, embora eu não considere que elas são tão bem tratadas e analisadas. Este site poderia receber um maior destaque, tanto que aqui recebe algum.

Tetrapharmakos in vitro: Esse blog tem um objetivo mais ou menos claro, ou um guia: algo que eu chamaria de divulgação científica, incluindo darwinismo, envolvendo para isso (como seria difícil não ser) ateísmo e religiões. Também se fala de método científico e outras questões envolvidas. A opinião do dono (hoje) é concordante com a minha sobre algumas posturas quanto à ciência e religião, e nesse blog há textos que seria bom para ter como referência aqui (tanto que estão).

11 novembro, 2007

das exemplificações num texto

É muito difícil escrever quando o jeito como escrevemos não ajuda muito.
Se digo que não sei como devo tentar convencer quando a idéia pode parecer muito óbvia, posso exemplificar que também pode ser inútil tentar explicar que se uma coisa implica uma segunda a negação da segunda implica a primeira. Isso pode ser considerado óbvio, podendo ser utilizado sem menção, ou será que é algo que não pode ser facilmente explicado sem muitas digressões? Só sei que isso dificulta em muito a escrita de alguns textos (como os que publico aqui no blog).
E eu pude falar de várias coisas sem falar ao que se referiam; faço hierarquias e não sei ao que os exemplos obedecem; nesse caso foi ao nível mais "alto" (alto se formos descendo à medida que especificamos). Acho que seria boa uma indexação (usando números [é melhor que asteriscos e triângulos, ao menos eu acho]) das idéias para não ficarmos usando "isso" e "nisso" exageradamente causando confusão (uma coisa é escrever pensando, a outra é ler, ainda mais se não se prende o leitor e ele não consegue acompanhar o raciocínio [que pode muito bem ser falho, sendo processado somente na cabeça de quem escreve {mas como isso pode acontecer é algo que pode se discutir em outra ocasião}]) ou ter que escrever a idéia toda vez que nos referimos a ela (o que poderia ser didático, mas não considero tanto; acho que o texto deve ser mais enxuto e claro o suficiente para evitar repetições). (Essa última frase ficou bem comprida; talvez não seja tão fácil de entender. Talvez seja bom também criar símbolos para fazer as observações sem botá-las em parêntesis. [Agora lembro que eu muitos livros isso acontece no rodapé; mesmo sendo notas do editor nesses casos acho que o autor mesmo poderia fazer isso {há programas que fazem indexações automáticas, acho que dá}.])
Mas o que mais importa mesmo são os exemplos quando se fala coisas que afetam, aplicadamente, outras coisas, e não se sabe muito bem ao que se referem. (Não é porque está escrito que o leitor tem de entender; isso é arrogância [ou ignorância] de quem escreve [e de quem faz música, cinema, poesia, artes...]. [Isso se não minha ignorância, coisa que é possível.])

07 novembro, 2007

uma má justificativa

Tenho uma razoável impressão de que a idéia de um deus ou uma força superior é o que justifica (indevidamente, pois não se devia usar esses artifícios) algumas teorias. Não é certo usar que há um deus para supor que poderemos fazer algo pois seria estranho um criador dotar seu criado de um apetite que não poderia ser saciado.
Pode ser que não tenhamos nenhuma resposta, mas ainda assim não devemos forçar a barra para obter rapidamente o que desejamos usando recursos inválidos. (Deveria se tomar cuidado com isso.)

certezas sobre certezas

Será possível haver uma teoria máxima onde caibam as outras teorias? Falo disso porque a afirmação "Não podemos ter certeza de nada" (no sentido habitual da frase) pode se referir a ela mesma? Estaríamos impedidos de ter certeza de que não teríamos certeza de nada (sentido habitual), ou ela se referiria às outras? É como pensar se é verdade mesmo que toda regra tem exceção (isso seria uma regra?).
Não sei dizer isso muito bem, mas pode ser que possamos ter alguma certeza, sim. Aqui também podemos pensar que só serão certezas relativas, conclusões. Mas agora algo me diz que isso também seria uma certeza, de alguma forma. (Claro, será conforme a definição, nada mais e nada menos, mas podemos tentar definir as palavras para que o sentido coincida ou se pareça com o uso comum [isso pode ser uma armadilha, também... talvez fosse bom usar palavras novas].)
Tu te lembras quando escrevi que nada se conclui de verdade, que as verdades já estão embutidas nas coisas daonde vêm? Acho que esse blog já tratou de algumas coisas importantes, pena que não se dê valor aos posts mais antigos.

04 novembro, 2007

das minhas descobertas

Muito do que pensei e tive como original já foi escrito. Estou me "apercebendo" disso quando leio (em especial, com um livro de George Berkeley); acho que já se analisou bastante do que pensei, e acho que então pouco de novo produzi escrevendo nesse blog. (Ou seja, não visite esta "página". Leia alguns livros de filosofia.)
Mas tudo bem, um dia farei algo independente e novo.

28 outubro, 2007

ser menos

Podemos caracterizar "ser menos" para o que podemos ser quando o conjunto dos que apresentam a segunda característica está totalmente contido no conjunto dos que apresentam a primeira.
Assim, ser brasileiro é menos que ser gaúcho, pois todo gaúcho é brasileiro. (E sem usar que o sentido original de "gaúcho" remete a outras coisas [que não sei].)

de estudar

Uma vez quando estudava ouvindo música no meu quarto não gostava do som da televisão. Sempre "preparava para dizer" que ouvir música não atrapalhava porque a música tem um padrão esperado e a tevê apresenta sons "aleatórios" (ainda mais com alguém mudando o canal, cada canal com um volume médio diferente).
Agora que estudo em silêncio, acho que não é a padronização do som. Pensei em duas possibilidades: pode ser que um som não atrapalha quando queremos ouvi-lo, ou que não atrapalha quando for música, mas músicas que você sabe a seqüência ou as conhece bem. Acho provável que seja o primeiro caso.

de lembranças

Acho que uma coisa que pode realmente nos atacar sem que possamos nos defender de forma decente são as lembranças ruins. Coisas que fizemos e que só de lembrar, ficamos envergonhados (às vezes ficamos vermelhos só ao pensar). Não há muito como lutar contra essas lembranças - quando elas vêm sempre pensamos algo como "putz" (será que alguém pensa "putz"?). Eu até diria que as lembranças desses atos vergonhosos são fortíssimas.
Pessoalmente, uma coisa que também pode me fazer ter vergonha é pensar em ter feito sem que tenha acontecido. Ou pensar que se planejou algo que depois reconheceria como ridículo. (Mas isso não sei se acontece com todo mundo.)
(Aliás, acho que tudo isso é bem pessoal. Então esqueça as afirmações, e considere que me refiro somente a mim.)

27 outubro, 2007

uma grande ironia

Uma grande ironia foi o que me aconteceu há um tempo que pode até ser um mês.
Uma pessoa veio sorrindo simpática (uso isso para descrevê-la; eu não pensaria isso na hora) pra mim para falar do seu banco (do banco que a empregava) e logo saiu do caminho com uma cara "normal" quando percebeu que não conseguiria um novo cliente. Achei isso feito de forma tão descarada e parecendo tão comum, mostrando como as pessoas agem, se aproximando só quando convém e logo se afastando, deixando muito claro o fingimento anterior.
Isso é tão normal e aceitável de se fazer?

26 outubro, 2007

causas e conseqüências

As possibilidades ainda são possíveis até que se demonstre o contrário. Mesmo assim, quero ressaltar com um exemplo que um erro quanto à relação causa/conseqüência seria possível.
Quando há uma descarga elétrica (raio) entre uma nuvem e o planeta (sólido) vemos primeiro a luz ou o clarão (relâmpago) e depois ouvimos o trovão - cabruuuuum. Acho que poderíamos (no sentido de "alguém pensaria", ou "alguém explicaria") pensar que o relâmpago é a causa do raio. Na verdade, o que há de verdade é a descarga elétrica (não sei a explicação do clarão [e não importa para esse post], mas o trovão sei que é por causa do deslocamento rápido do ar); o clarão e o trovão só só coisas que vemos depois, e se sucedem, nessa ordem.
Os humanos em geral (no livro O Mundo de Sofia está escrito que um gato não tentaria saber a causa de um novelo de lã rolando no chão, por exemplo, mas não sei se isso é verdadeiro mesmo) tentam apurar as causas dos fenômenos. E poderia achar que o barulho de um raio vem do relâmpago, que a causa é o relâmpago. (E que o relâmpago aconteceria independentemente, mais ou menos como se consideram alguns fenômenos.)
Esse foi só o exemplo de como poderíamos nos enganar. Ele nada mostra (no sentido de demonstra ou prova); só ilustra como é possível que nos enganemos. (Há pessoas que gostam de usar comprovar. Acho que se comprova quando se espera um fenônemo ou um resultado e ele ocorre muitas vezes depois de muitos testes. Mas é claro que comprovar não prova. Isso tem a ver com algo que escrevi no post anterior. Acho que só podemos demonstrar mesmo resultados relativos ao que chamamos matemática, tendo axiomas para supor verdadeiros. Do mundo físico e real nossos pressupostos podem ser falsos [fora que estão em alguma linguagem {dizer que a matemática é a língua do universo pode parecer bonito mas não é necessariamente verdadeiro}]).
Agora "voltaremos" às relações de causa e conseqüência (na verdade o parágrafo anterior diz muitas coisas importantes, na minha concepção). Pode ser (se você entendeu bem até aqui não preciso repetir que não é o exemplo que justifica esse "pode ser" [mas ainda assim repito!]), então, que não há verdadeiras causas para as coisas. Digamos que se uma bola é chutada e depois ela se mexe, o chute não seria a verdadeira causa. Tudo que conhecemos como implicações (acho que essa classe contém acontecimentos decorrentes [pela passagem de tempo] de outros [gostaria que alguém me ajudasse quanto a isso se conseguisse julgar]) seria uma coincidência (muitas!) do que ocorre, e o seqüenciamento não tem nada de causal (note que sempre procuramos padrões).
(Esse post não dá certeza nenhuma se existem causas "superiores".)
(Também não diz que é errado tentar buscar padrões que ocorrem.)

24 outubro, 2007

do povo humano

Faz de conta que existem coisas extraordinárias, como vidas em outros planetas podendo interagir com o nosso planeta. Se um dia "descerem" extraterrestres muito mais fortes tentando furtar algo que a Terra tem do que os seres humanos e começarem a extingüir os africanos (por terem pousado lá) talvez o resto do mundo não se revolte tanto como se revoltaria se começassem atacando a Europa. Falo isso porque em Dragon Ball quando Freeza e seus companheiros chegaram em Namek em busca das esferas do dragão eles foram hostilizados e odiados (estavam matando namekuseijins e estragando vilas). O povo (se bem que o planeta era bem menor e não havia duas centenas de namekuseijins) era unido e defenderiam-se como poderiam (infelizmente eles não podiam fazer nada...), e havia um sentimento de união, de irmandade entre eles. Acho que a humanidade não é exatamente assim. Talvez isso (de considerar um humano qualquer um irmão, um aliado, um semelhante ['semelhante' se encaixa bem]) só houve em pequenos grupos (sendo perdido ou não) ou talvez isso só aconteça em séries de mangás, uma idealização que só acontece em mentes.

Acho que muito se perde como o egoísmo. Acho que se todos pensassem no bem comum e geral haveria um índice que poderia se chamar indicador de felicidade e que seria bem maior do que com todas as pessoas tendo que se protegerem das outras, esquecendo de fazer bons atos por desconfiança ao próximo (que se tornou necessária). Mas acho que não é possível implantar algo muito bom como um comunismo idealizado por Thomas More (no livro Utopia), nem algo que chegue perto. Talvez haja algo egoísta muito mais forte do que poderíamos combater muito bem com a razão. Mas eu ainda espero que as condições de vida melhorem, um dia. (E isso seria mais fácil se não fosse preciso gastar dinheiro reparando danos causados por drogas e crimes.)
Se pudéssemos "pausar" tudo para no instante seguinte distribuir muito bem a renda (e também as oportunidades, embora isso seja bem mais difícil de quantificar) talvez poderíamos ver uma sociedade mais justa. Só que não creio que se possa "frear" (ó, agora vamos parar de enriquecer até todo mundo chegar no mesmo nível), mesmo que isso pareça vantajoso a longo prazo para toda a humanidade. (Na verdade, pode não ser... há competição por alimentos e espaço; somos uma espécie e somos efêmeros...)

de igrejas evangélicas neopentecostais

Acho que essas "igrejas evangélicas neopentecostais" (acho que é assim o nome certo; aqui se incluem IURD, Quadrangular [isso se uma não for uma filial da outra!!]) não deviam ser consideradas cristãs de verdade. Pelo que sei, a única coisa que pregam é que se pode alcançar sucesso e riquezas (e que isso é desejável, e uma mostra do poder de algum deus). Não se vê nenhum incentivo para que sejam caridosos, só para que convertam os infiéis nos lugares mais desconfortáveis e inoportunos! Ora, para mim parece que a única coisa que há é que usam o nome de Jesus para atrair os fiéis, mas que a ideologia não tem muito sentido com o que Jesus supostamente pregava. Só se fala da salvação e da obtenção do que se quer, e não acho que "igrejas" esse grupo devam ser consideradas cristãs. São seitas quaisquer, outras.

22 outubro, 2007

simples

Confundir é fácil. Qualquer um consegue se confundir facilmente. Então se queremos algo devemos querer esclarecer, desembaraçar.
Não sei diferir alguém raciocinando de uma forma que não entendo de alguém mentindo.
Tenho o direito de não entender. Posso me considerar ruim (só que não comparativamente; aí é outra coisa) para isso.
Também posso achar que não sei muito. Também posso pensar que só entendo mesmo algumas coisas de matemática, porque todas as outras coisas me fogem à compreensão. Mas ainda não se entende matemática (talvez os mais famosos teoremas de Gödel impliquem isso; mas acerca disto devo refletir), e sim uma que outra coisa "dela" (e posso dizer que entendo razoavelmente; para mim as implicações são razoáveis). (Pessoalmente: assim, grandes elogios me fazem as pessoas que tentam disfarçar uma crítica ao meu entendimento e à minha capacidade.)

(Eu ainda imagino que escreverei algo muito foda.)

20 outubro, 2007

razão e sentidos

Aqui usaremos razão quase como o sentido usual. Só que razão não indicará nenhuma intuição, ou nenhum “golpe de sorte” na descoberta de alguma coisa (seria melhor se considerássemos isso um “sentido” também, mas nada de sobrenatural nem com um nome pomposo como “sexto sentido”... libere-se disso). Somente será razão quando houver uma dedução, ou uma inferência. Assim, se soubermos a lei dos cossenos podemos usar a razão (e diremos que estamos usando a razão) para deduzir o teorema de Pitágoras.
Também por causa da definição (mas é que precisamos delimitar muito bem o que é razão para usá-la em outros trabalhos) que a razão não deduz algo novo. Vou explicar: se há algo que é verdadeiro e usamos a razão para mostrar que outra afirmação também é verdadeira, então não criamos nada de novo, somente reescrevemos algo que já estava na afirmação anterior. Por exemplo (em um corpo ordenado, para termos noção do que estamos fazendo, isso para quem quer ser mais rigoroso), se x e y são número reais então mesmo quando provamos que x² + y² > -1 não estaremos dizendo nada de novo (decorre da definição dos números positivos). Isto já estava implícito, era intrínseco à ordem. Somente escrevemos de outra forma o que poderíamos saber, de modo que podemos fazer um uso mais direto (às vezes é uma simplificação pura e simples, mas às vezes a razão transforma hipóteses em uma tese de uma forma não trivial). Mas o que importa é que não é nada de novo.
Podemos nos perguntar daonde vêm as primeiras verdades. Muitas vezes se ouve que elas são axiomas (considere isso como uma definição de axioma, se preferir), que são aceitos sem duvidar. Que são simplesmente postulados, e parecem razoáveis. Acho que nossa análise do que parece razoável vem do uso de sentidos (mesmo que seja um sentido “intuitivo”), e acho que apesar de os lampejos de motivação para os axiomas serem inexplicáveis, a confirmação do que é razoável de ser acreditado vem do sentido, das nossas observações.
Se você reparou que não supus que existem verdadeiro e falso (como forma de classificar [não exaustivamente, e talvez não de forma dicotômica]) é porque eles devem vir dos axiomas. A partir dos sentidos criamos os axiomas, que são as verdades iniciais. A razão somente pode transformar verdades em outras verdades (isso não é um processo de criação). Por exemplo, podemos deduzir a partir dos axiomas da geometria hiperbólica que qualquer triângulo tem como soma dos ângulos menos que dois retos (180°), mas isso era intrínseco à geometria hiperbólica. Tendo os axiomas se concluem as outras verdades (eu poderia chamá-las de teoremas, para variar). Mesmo que haja um "exato" verdadeiro, os axiomas tratarão de ter algumas dessas hipóteses. E se não tiverem somente
Todas as descobertas vêm então dos sentidos. É esse então o meio pelo qual poderemos criar verdades, e, importante, é justo esse o meio (aqui está embutida alguma classificação, ou definição). Contra-exemplos são importantes, pois com eles podemos verificar a vericidade (ou validade, não sei dizer direito) do que pensamos. (E o bom dos teoremas é que se houver contra-exemplo ele afunda toda a teoria, mesmo que os axiomas não pareçam estar sendo violados. Aliás, também são bons porque estão prontos para o uso, sem que precisemos deduzi-los todas as vezes.)

O assunto dos teoremas não é perfeitamente resolvido. E também não o caso da exaustão de vericidades. Mas ao menos consigo sustentar o que eu quis dizer. Considero esse um pensamento (se de sentidos ou razão, não sei).
Pode ser útil para entender melhor o post conhecer a dedução dos dois primeiros "teoremas" (da ) que usei como exemplo. Agora, entender como provar o fato da geometria hiperbólica pode ser um pouco mais difícil.

19 outubro, 2007

unzinho de nomes

Dar um nome a uma coisa não faz com que essa coisa passe a ter características além do fato de ter um nome e ser justo o que foi dado.
Seja justo quando você puder.

um bom segredo

Acho que esse segredo é uma coisa muito bonita. Mas é melhor escrever antes que eu o esqueça. É o seguinte: "Você não conseguirá fazer algo bom se não valorizar o que faz."

(Isso não tem nada de muito misterioso. Chamei de segredo por ser um pensamento bonito [não de beleza de "bonitinho", mas de utilidade, que é outro tipo de beleza]. Basicamente, ser bom depende muito do que se considera ser bom, e depender dos julgamentos das outras pessoas faz com que você possa perder o melhor de si [na sua opinião] tentando satisfazer os outros.)

deste blog

Este blog é um fracasso e deve ser esquecido. Mas eu lembro dele nos "momentos de tédio" (como alguém já disse), então continuo escrevendo.
Existem coisas que não são atrentes. Como cartas deixadas por um morto - ou está mais para sadismo ou qualquer desejo perverso (é, perverso mesmo, espero que saibas o que isso é) do que uma sincera curiosidade pelos pensamentos do ente. Mas não me comparo a um morto - claro que não. Isso seria artificial demais, muito conforme e suficientemente gostoso. E este não é um blog para se mentir tão conscientemente - ao menos isso eu cuido nele. Aliás, quem reparar (não que deva; não é isso que quero dizer, embora possa ser uma sugestão de intensidade desconhecida [pois não a conheço]) verá que cuido muito bem deste querido blog, Refração em Gotas (apesar desse nome que não é tão bom... mas nomes geralmente são escolhidos no momento da concepção do blog [olha que bonito advertir que não se trata de um bebê...]). Sabe que apesar de tosco, ele ao menos não tenta apresentar nada insustentável (ou melhor, tenta sustentar diretamente o que apresenta, da forma mais honesta [nem sempre a mais humilde] possível [que posso]). Não tenta parecer melhor do que é. (Bem, aqui posso exagerar um pouco ao atribuir uma personalidade própria ao blog. Considera, então, que falo sobre eu [mim?], que escrevo.) Nisto, a postura dele parece-me correta.
Não acho que o blog poderá ser celebrado. Mas isso pouco importa para ele, e para mim. (Ao menos no meu caso, a minha mediocridade [mas não abaixo-da-mediocridade nem acima-da-mediocridade] me sugere que não conseguirei fazer nada de especial. Então farei o que se puder dizer que eu fiz. [Ah, isso é cíclico e redundante.]) Na verdade, ser diferente é uma coisa muito diferente (desculpe a repetição de palavras). Melhor não atribuir esse nome a algo que gostamos (talvez por causa de um perigo de fanatismo - mas é pelo fato de eu ser ruim que tenho que me cuidar e me proteger dos erros que cometerei ao dizer coisas errôneas?). Mas tudo bem, não há problema nenhum...

18 outubro, 2007

as quatro estações: uma postagem composta

O que é certo e errado varia não só de cultura para cultura como de humano a humano! Então eu posso achar nojento ou vergonhoso fazer algo em público, enquanto outras pessoas fazem isso sem que haja um mínimo peso na consciência.
Um exemplo seria com os animais. Os indianos acham absurdo fazer mal a uma vaca (parece que seria a "última encarnação" de um ser), enquanto quase todo os ocidentais não vêem problemas em comer churrasco (desde que não se saiba de maus tratos com animais [e para não saber pode se tentar esquecer ou ignorar]). E há alguns que não acham justo comer carne de algum animal.
Ainda assim não sei se toda noção de o que deve ser feito é relativa. Importa que se deve tomar algum cuidado com as críticas às atitudes dos outros. Mas não muito, já que disfarçar e mentir para si mesmo pode ser um mal "universal".

Talvez eu que conviva com as pessoas erradas, mas parece que o emprego tem a única utilidade de lhes dar sustento. O que se quer é um trabalho tranqüilo, não um trabalho desafiador. Não acho que essa seja uma postura muito boa - apesar de agora ter cada vez mais consciência de que todas as pessoas existem e são pessoas isoladamente. (Bem, isso pode ser uma coincidência. Mas qualquer pessoa pode parecer "menos" [ou melhor, os outros a julgarem menos] ao se misturar com as outras numa parada de ônibus. Mesmo alguém que tenha grandes títulos públicos e reconhecíveis tem algumas necessidades.)

Acho que "casais" não devem elaborar programas somente para que "continuem juntos". Não me parece muito certo. Se só se suportam e acham que qualquer pessoa do sexo oposto serviria (bem, coisas parecidas ocorrem com muitas pessoas - mas eu absolutamente não penso assim), não vale a pena tentar nada. Mas como tentam, pode ser que valha a pena, já que é o que acontece (sabe a seleção natural? O que perdura é mais adaptado, assim como os mais adaptados sobrevivem).

Outra coisa sobre "casais": parece que muitas coisas são feitas comercialmente para eles. É desenvolvido um ambiente para isso, embora me pareça muito tosco. Os tratos são diferentes; parece que é só para arrancar dinheiro facilmente, sem muita oposição. (Aliás, não gosto muito dessas atividades de restaurantes ou bares "românticos.)
Não quero formar casal com alguém. Nem que me tratem como se eu fosse parte consituinte de um quando for utilizar algum serviço.

17 outubro, 2007

quanto à língua

Pode ser que a língua que falamos (ou melhor, a linguagem, e a forma como os elementos se relacionam) seja insuficiente para tratar de algumas questões. Por isso podem somente divagar em algumas coisas sem criar nada.
Pode-se tentar explicar o mundo ou desenvolver um "sistema filosófico" (seja lá o que for), mas será que já se pensou em criar uma linguagem para isso? (Pensando bem, sim, então paro por aqui.)

16 outubro, 2007

da ressurreição de Jesus

Acho que Jesus não ressuscitou. Veja só: se ele ressuscitou, ele reviveu. Só que de nada adianta reviver e nunca aparecer - se ele quisesse mesmo espalhar alguma glória divina, essa história teria mais sentido. Porque um relato de alguém que reviveu está muito mais para uma visão (no sentido de ilusão) do que a ressurreição. O que adiantou ressuscitar, se era só pra isso? Se ressuscitou, onde foi parar? Morreu de novo, depois?
E se alguém disser que precisa-se de fé, isso pouco importa. Se preciso crer para conseguir acreditar, então não me parece algo lógico.

12 outubro, 2007

dever fazer, não dever fazer e dever não fazer

Este post é uma observação sobre um engano difundido.

Quando se conclui (através de um contra-exemplo, por exemplo) que é falso que se deve fazer algo, então podemos concluir que a negação é verdadeira.
Só que devemos observar: quando falamos "não deve fazer" queremos dizer "deve não fazer", e não a negação de "deve fazer". Assim, se é falso que devemos usar roupas azuis, não devemos concluir que não devemos usar roupas azuis (no sentido que damos a essas palavras); devemos concluir que não devemos usar roupas azuis (no sentido de que não é preciso ou recomendável ou sugerido [isso merece reparações e estudos maiores] usar).
Então farei um sacrifício mas que acho que deve ser feito: tentarei escrever "devemos não usar" para quando escrevia "não devemos usar". Acredito que assim farei menos argumentos inválidos (assim como era indevida a primeira conclusão sobre usar roupas azuis). Chamei de sacrifício pois me parece difícil, e também porque terei de não fazer mais algumas postagens em que a conclusão não pode ser corretamente inferida. Mas melhor descobrir o erro e evitar processos do que fazê-los!

Ficou tudo muito repetitivo, mas é bom explicar bem, porque pode ser difícil de entender. Isso quando se quer passar alguma informação, que é o objetivo aqui. Espero que esse post tenha sido útil e você tenha tido um pensamento a mais, ao menos.

um exemplo de contra-exemplo

Diz-se que sempre há engarrafamento quando se está atrasado, e sempre que se há engarrafamento há pressa de chegar a algum lugar.
Afirmo que ontem fiquei preso num engarrafamento quando tinha o tempo que quisesse para voltar para casa. E quando, na manhã seguinte (hoje, se você contou certo!) tive que sair, e não poderia me atrasar, quase não havia carros e portanto não havia engarrafamento.
Então, as duas frases (que aparecem na lista das leis de Murphy [acho que só uma; mas como não lembro qual contradisse as duas]) não vale. Não vigoram. E não tenho que argumentar mais.

10 outubro, 2007

do tráfico de drogas

Independente dos efeitos nocivos (biologicamente falando) das drogas ilícitas, e de qualquer efeito positivo que possam ter e que alguns cientistas ou institutos querem provar ter (fortemente divulgados por revistas que se pretendem jovens [como está a revista Super Interessante há alguns anos]), a venda de drogas (tenha certeza de que não são caseiras, nem plantadas em um sistema de agricultura familiar) fomentam o tráfico. Parece óbvio, mas é por causa desse dinheiro que se compram armas e se matam pessoas e se fomenta a violência (e o terror!). Assim, não devemos estar alheios e nos "retirar" (no sentido de arranjar uma desculpa para dizer que não é problema seu, dito de uma maneira mais clara) do assunto (como é comum) dizendo que cada um é livre para fazer o que quiser. Ora, pra começar, isso nem é verdadeiro. Ninguém "gostaria de ser morto" por alguém (que tem a permissão para fazer o que quiser). Em geral, é comum ignorar pequenos efeitos, como se fossem inócuos - como se furar uma fila não aumentasse o tempo de espera dos outros, exatamente o que foi poupado pela pessoa que furou, para ficar num exemplo fácil de entender, e somente dar atenção para ações explícitas (ferir alguém é explícito, atormentar não é). As ações indiretas (como dar dinheiro aos traficantes) também trazem conseqüências (em um modelo em que se possa falar delas), e elas também são sentidas, e não há motivo para ignorá-las.
Em geral, atos estúpidos que parecem isolados podem afetar a vida de pessoas distantes de uma forma ou outra. Aqui pode ser bom lembrar que isso se aplica à poluição (todos os tipos, como sonora que pode ter [sem que se saiba] como conseqüência um compositor que não escreveu uma música e não pôde levar suas idéias adiante, ou o papel "que faltava" para tapar o bueiro e evitar o escoamento da água das chuvas, ou a fumacinha que desmanchou moléculas de ozônio e trouxe alguns segundos a menos na vida de muitas pessoas [não que seja exatamente assim, mas se pensarmos em efeitos as ações indiretas também são influentes, talvez até mais que as explícitas, e com certeza são mais subestimadas]).

Nota: A idéia motivadora da postagem, de que é influente um usuário em drogas e não adianta nos manifestarmos "liberais", não é originalmente minha. Ouvi da Thai recentemente e achei que merecia um post suporte.

09 outubro, 2007

razão única

Acho que já escrevi, mas... vou escrever de novo!
Pode ser que somente eu seja um ser "racional" - e por mais que os outros humanos pareçam agir como ajo e nas suas falas comunicam dúvidas e indecisões que também ocorrem a mim, pode ser ainda que somente eu pense de verdade. O resto que acontece e que parece consciência pode ser somente enganação.

Não tenho a mínima idéia de por que motivo existe consciência.
(Ou melhor, imagino que não foi por causa de nenhum ser "oniconsciente" de cuja consciência não poderemos desconfiar a origem.)
Esse é um grande mistério!

de sexos

As mulheres não são maravilhosas. Nem os homens são. Não há nenhum sexo que seja estritamente melhor que o outro. Mas como parece que se promove que mulheres são maravilhosas e os homens só são aceitos por serem "inevitáveis" (que bobagem!), vamos desmistificar as coisas.
O corpo das mulheres não é magnífico nem nada. É só uma coisa que ocupa lugar no espaço, como qualquer outro corpo extenso. Elas não são fantásticas em sentimentos nem em intenções, e também não têm capacidades mirabolantes.
O que você é depende de você, não do seu sexo. E depender de você não faz tanto sentido. (Verdade que aqui há outra coisa tocante; acho que isso só é bonito... [de outra razão que não a óbvia!].)
Essencialmente, acho que homens e mulheres são iguais. Ou melhor, qualquer humano pode ser continuamente deformado para outro humano qualquer (vá à e volte da fase embrionária!). Então não há muita diferença entre duas pessoas quaisquer, independente do sexo. Talvez mulheres só possam ser continuamente deformadas até outras mulheres, e homens até homens. (Aliás, pensando geneticamente, temos uma grande barreira para qualquer deformação.) Mas quantos grupos podemos formar? Bem, espero que esse infeliz parágrafo não me deixe infeliz quando eu vir esse post num dia futuro.
(Na verdade, esse post ficou péssimo, como "previ".)

de datas comemorativas

Datas comemorativas de pouco servem. (Bem, talvez sirvam para o comércio [e daí para a economia e o desenvolvimento do país =/].) Uma data é só um dia, e nada é tão destacado em um único dia para fazer aniversário, e a medida de um ano como tempo da rotação da Terra ao redor do Sol é um referencial antropomórfico, e não é absoluto. (Talvez haja algo absoluto no universo, mas isso é Física e foge dos interesses do texto. [Mais que outra coisa.])
Dar atenção só numa data especial chega a ser falso (porque favorece a imagem do que está sendo passado em vez dos cuidados reais). Assim, no que você gosta e para o que você gosta, dê atenção e carinho (no caso de ser algo que possa receber carinho) independente de alguma data especial.
(Post ruim, mas espere até ver o próximo!)

06 outubro, 2007

de improbabilidades

As coisas óbvias precisam ser ditas, repetidas. Isso para que não caiamos em mentiras maiores que se acumulam, se fortalecem e depois precisam ser desfeitas (e serem desfeitas enquanto se crêem verdadeiras).

Parece que alguém conseguiu dizer um número para a chance de o universo ter surgido ao acaso e ter evoluído ao acaso para ao acaso chegar ao "mundo de hoje". Era menor que 1 chance em 10 em uma potência bem grande, digamos N. Ok! (Na verdade é besteira [por motivos que não falei nesse post mas permeia muitos dos anteriores e espero que dos posteriores], mas podemos provar supondo que é verdade e chegando a uma contradição.)
Alguém disse que então chegarmos ao mundo hoje e as seres que hoje o habitam não seria só impossível, seria "mais que impossível". Então esse alguém conseguiu dizer uma verdade mentindo: realmente, se a chance é pequena, é claro que é maior que zero. =]
Um fato que se deve saber para evitar dizer merda (é, merda mesmo) quando não se sabe das coisas: probabilidade 0 não é o mesmo que impossibilidade. E probabilidade 10 na potência -N indica um acontecimento mais que impossível, realmente, e sem dúvida.

Aliás, acho que vou explicar de outra forma.
Pegue alguns sorteios da Mega-Sena (para não dizer que fiquei jogando os dados que tenho aqui em casa). Digamos dez. (A chance de se ganhar na Mega-Sena é menor que 10 na potência -7.) Então a chance de terem acontecido justo esses sorteios (os que aconteceram!) seria menor que 10 na -70. E então vamos concluir que é impossível que eles tenham acontecido?
E por isso também falei que era besteira. Não se contam dessa forma as chances de um "universo"! Ao menos com o que sabemos.

O blog Tetrapharmakos In Vitro, que adicionei nos links à direita, tem muito mais conteúdo sobre argumentos dessa natureza, pseudociência, mitos, ciência e religião do que já apresentei aqui. Grande "trabalho" (esse blog me poupou).

dos cachorros

Muitas pessoas gostam de ter um animal de estimação em casa. Vou falar do absurdo que é"ter" um cachorro (a não ser que se assuma algumas coisas, como veremos).
Se alguém sai com seu cachorro com a coleira prendendo seu pescoço, e o deixa preso em casa, então na verdade não tem um cachorro - tem uma posse. Então não é nenhum prazer que se dá para o cachorro quando se o leva para passar; afinal, ele não tem liberdade nenhuma e deve caminhar conforme o dono quiser (não conduzo cachorros, mas acho que é isso). Em todos os momentos, deve se submeter ao dono.
Tudo isso é uma manifestação egoísta de querer um mascote e fazer com que ele se submeta. Então, acho que uma pessoa ou é livre de cachorros (e outros animais presos [quanto a gatos preciso pensar para ver se é a mesma coisa]), ou (( acha que humanos não são animais (já que o tratamento a um animal não é o mesmo que a um humano) ou gosta de prender humanos e tratá-lo como se fosse seu)). De qualquer forma, me parece deplorável não ser livre de cachorros e outros animais presos.

Nota: os parêntesis duplos serviram para fazer a composição das proposições. Seja p ser livre de cachorros, q achar que humanos são animais e r gostar de prender humanos.
"Ou p ou ((q ou r))" significou um e somente um do conjunto contendo "p" e "q ou r", e "q ou r" quer dizer ao menos um de "q" ou "r". Usei parêntesis duplos para diferenciar dos simples.

04 outubro, 2007

dos diálogos e de outras proposições (em certo sentido)

Consegui formular mais ou menos por que os diálogos têm tanto poder de persuasão e por que eles não são verdadeiros argumentos. Uma grande descoberta! (E que se liga a várias outras coisas importantes, veja só!)

Quando você quer convencer alguém escrevendo um post na forma de um diálogo, você pode pôr as palavras que quiser na boca de quem "perderá a discussão". Melhor fazer um exemplo:

É sobre uma vegetariano (dos que não querem se alimentar de carne por motivos morais) que pega carne em um restaurante para dar para os cachorros.
- Ei, se tu é vegetariano porque tu sempre pega carne quando se serve?
- Ah, é pra dar para os cachorrinhos que estão lá fora. (Nota "técnica": há restaurantes universitários em que há cachorros na saída.)
- Tá, mas tu tá matando um animal pra dar de comer para o outro!
- Mas é normal que um animal coma o outro! Sempre é assim na natureza.
- Ah, e tu não é um animal?

Assim, pus as palavras que quis, e ficou uma discussão coerente (na verdade não sou muito bom para fazer essas coisas, mas eu achei razoável...). Só que ela não prova nada. Ela sugere que vegetarianos (morais, não alguém que por algum motivo não coma carne) que alimentam qualquer animal com um outro animal está sendo incoerente na sua postura; afinal, está trazendo sofrimento (ou morte, melhor dizendo) para um animal em benefício de outro.
Se eu quiser apresentar um verdadeiro argumento contra o vegetarianismo e atitudes associadas devo dizer porque qualquer argumento que se use a favor é falso. E isso não se faz num diálogo (ou melhor, o diálogo sempre passa a impressão de que o assunto de esgotou, que alguém "venceu" e de que chegamos a uma conclusão). Ou melhor, se faz, porque mais importa convencer a outra pessoa do que montar um raciocínio verdadeiro. Mas se mais importa convencer, então tanto faz mentir e enganar e subornar e várias outras coisas ruins.
Para mostrar mesmo, acho que se deve escrever por extenso - fica mais fácil descobrir os erros e é mais transparente para quem lê (isso para quem se importa). Pode-se, assim, ter uma visão mais geral (e repare que não é linear - é menos linear e que o diálogo) do assunto.

Agora de outras coisas. Assim como um diálogo não deve ser usado como argumento, porque é muito enganador (e é fácil, pois arranjar não demonstrar algo é muito mais fácil que demonstrar algo), também não acho correto jogar frases ao ar. "O amor é a maior das virtudes" seria uma delas (inventei agora; não é difícil), assim como qualquer coisa que imponha uma condição a mais sobre uma característica (e não consigo bolar nenhum exemplo! [mas veja que consigo pensar abstratamente - gostei!]). Não é certo jogar uma frase sem explicar e tomá-la como verdaderia, a não ser que se explicite que é um postulado (só que aí tem que ser coerente e intuitivo, o que quase sempre não é, ou tem que se fazer uma explicação, que ninguém faz e assim não tenho certeza como eles querem ter [não está descartada a possibilidade de eu ser lesado intelectualmente]). Assim, não vale propor (por isso chamei assim) sentenças sem justificar, nem deixar em destaque. (Quem faz isso, desculpe minha ignorância em compreender os seus resultados mais simples. Mas ao menos explique se quiser me convencer [sem diálogos, por favor]).

03 outubro, 2007

de um fracasso pessoal

Acho que por maiores que sejam as derrubadas de mitos, e argumentos construtivos (espero que isso já não tenha um significado claro, porque aí estarei falando bobagem), não consigo deixar de ter pensamentos simplistas. Não ajo como se soubesse o que escrevi; parece que não assimilei. Vivo sempre sob os mesmos conceitos. E o que sugeri sobre como lidar com os "objetos" (num bom sentido) nesse blog não está sendo posto em prática. Não por mim.

01 outubro, 2007

péssimos momentos lineares

Creio que cada uma das esferas administrativas políticas que me cercam estão passando por maus momentos. Parece-me que estamos em época de governantes ruins, e não são estações, são pelo menos mais um ano (até as próximas eleições municipais).
Na minha cidade natal, Encantado é seu nome, o prefeito Agostinho Orsolin parece gostar de fazer obras (com apoio de alguns vereadores, veementes protestos de alguns [supondo que se chegue a verdade ao povo encantadense]). O que acontece: de uma forma que nem sei como adjetivar, resolveu-se que o trânsito deverá ser outro. Daí trocaram as mãos pela mão única, e vice-versa, colocaram canteiros nas tão belas ruas largas de Encantado (é, eram mesmo), colocaram placas, asfaltos. Derrubaram as árvores, formaram uma paisagem de concreto (que ainda não está pronta; parte do espaço das calçadas está cheio de entulhos). Nem parece mais aquela amigável rua que continha a escola em que eu estudava. Agora os alunos que dela saem (no término do horário de cada dia, é isso que estou dizendo) devem sentir algo muito rígido ao terem contato com a rua. Em outros lugares da cidade, colocaram novas formas de manobra. Talvez se governe apenas para os carros, desconsiderando a idéia das pessoas (do jeito que falei, parece que fica mais fácil para os carros; não é isso, há complicações nos entruncamentos, só que as obras parecem desprivilegiar totalmente o sujeito que quer andar a pé). Verdade que não esperei muito daquele prefeito (não votava ainda, e não estava empolgado com a eleição, não achava que algum candidato gerasse alguma esperança em especial), que é de um partido que é só um conjunto de pessoas (ao menos é assim que vejo), e as pessoas que se agregam a ele em Encantado o fazem por afinidade a pessoas já no partido. Ao menos não vejo outra idéia. Dos outros não sei, mas também não me parecem ideológicos. Em cidades pequenas parece que as pessoas querem algum tipo de pessoa que não sei qualificar (será que eu seria considerado um esclarecido? preciso ser considerado?). Na verdade, como o Luís Inácio da Silva ganhou a eleição, talvez não seja próprio de cidades pequenas. Verdade que não sei descrever muito bem ainda esse efeito. Voltando: há outros exemplos de má administração. Eu, ao menos, considero que a qualidade de vida das pessoas é importante. (E não fazer asfaltos [ah, um deles num lugar bem afastado e que é pouco usado, na ida para a Lagoa da Garibaldi, se é que me entendes] e enfiar as mãos pela mão única.) Poderia-se incentivar, quem sabe, a cultura ou a ecologia, por exemplo. E não houve muitos acertos (claro, às vezes são representantes do prefeito; não se precisa atribuir toda a culpa a só uma pessoa; mesmo assim, esta está me parecendo a pior administração [e talvez a primeira da qual eu consiga "assistir" razoavelmente experiente]). Ou eu que devo ter um gosto meio estranho, vai saber, e um mau entendimento do que é certo e errado.
No âmbito estadual, a governadora Yeda Crusius (que não me pareceu má candidata em 2006) tem que lidar com dificuldades financeiras de um estado devedor. Só que enxugar recursos que iriam para a educação não se justifica. Educação básica é algo de que não se pode descuidar, ao menos eu acho, para a formação de uma sociedade razoável. Mas mesmo assim se promoveu, e se efetivou rapidamente, um pacote de novas medidas, que inclui demitir alguns professores, direcionar alguns para serviços na escola (como bibliotecária). E para evitar a falta de professores (a falta de mais professores, melhor dizendo), se fez mais um remendo, uma solução "revolucionária": amontoar alunos em salas de aula e diminuir o número de turmas. E ainda alguns professores são arranjados (alguns são deslocados para matérias que não dominam, ou melhor, absolutamente não estão aptos a dar). Talvez alguém diga que os índices de aprovação com turmas grandes melhoram, mas... o que isso significa? Nivelar por baixo, como se diz? Um dia li que alguém que estuda muitos anos aqui sabe tanto como alguém que teve mais ou menos dois terços de anos de estudo num país desenvolvido. (Então brasileiros aprendem devagar?)
Não muito diferente é um novo projeto nacional: o REUNI, de nome tão elaborado e sutil como PROUNI e SIPOVO. A idéia é aumentar os índices de aprovação (para 90%; isso significa ter que exigir muito menos do aluno) de todos os cursos na universidade pública (em 5 anos, mas não importa), aumentar o número de alunos por professor (e universitários são as mesmas pessoas do Ensino Fundamental e Médio, e também fazem bagunça), implantar uns chamados ciclos básicos (que seriam cursos de dois anos em áreas, antes de se partir em especializações que são os cursos atuais; não me parece bom). E olha que bom, com isso parece que se consegue um aumento nos formados, e com alguma sorte e algumas mudanças de nome em algumas estatísticas (por exemplo, chamar de formado alguém que completar um ciclo básico), podemos atingir índices de países desenvolvidos. Nem se precisa dizer que os nossos formados serão muito piores. Mas é só pensar que isso não se mede (se mede na competência no trabalho real, mas o presidente sabe como dar desculpas e dizer que não é como ele) que estaria tudo muito bem resolvido. E além desse projeto Lula é uma péssima pessoa. Mente, disfarça, se contradiz, mas por algum motivo é carismático e consegue enganar (só espero que ele não se reeleja...). É incrível que esse é o nosso presidente. Não lembro de antes, então afirmo que o governo de Lula me parece muito pior que o de Fernando Henrique Cardoso. (Ou eu que sabia menos. Mas mesmo assim, sustento.)
Na Universidade Federal do Rio Grande Sul (UFRGS), onde estudo, foram aprovadas (faz uns dois meses) cotas raciais e "sociais". Quanto às cotas sociais, o maior problema é como considerar um desfavorecido social: é uma pessoa que fez o Ensino Médio em escolas públicas. Mas isso é meio furado, porque se pode estudar em escola pública e depois pagar um bom curso pré-vestibular - e ainda poder entrar com essas cotas. E além do mais, uma pessoa assim com uma fraca formação seria um perigo na universidade - a não ser que baixassem o nível dos aprovados (ops! está em conformidade com alguns projetos!). E cotas raciais, além de favorecer que pessoas não tão bem adaptadas a cursas o Ensino Superior (afinal, se existe o vestibular é para selecionar os melhores e mais aptos, os que têm mais chance de concluir o curso e se tornarem bons [e quem sabe prosseguir] na área em que se formaram; se fosse para qualquer um entrar podia se fazer um sorteio [ou um leilão? {nada a ver}]), simplesmente supõem que se você é negro ou indígena então você é menos inteligente que os outros, mas vamos dar um jeitinho nisso aí. Bem assim mesmo. Espera-se péssimos profissionais (olhe que sorte a minha: entrei no último ano antes das cotas; mesmo assim, ainda sou fortemente atingido).
E sei só um pouco do que acontece...

Alguns links de postagens que também discorrem sobre isso:
das cotas da UFRGS (08/08/2007)
sobre a enturmação (11/08/2007)

sobre investimentos em educação

Mais importante do que construir escolas, para mim (porque onde vivo não é um lugar que não tem escolas), é dar uma atenção maior ao aluno dando uma atenção maior ao professor. Na verdade, acho que se deveria desviar (no bom sentido!) dinheiro da área da saúde para fazer cursos de aperfeiçoamento para os professores (de escolas públicas, e acho que de particulares també, por que não?). Mas aqui entra um furo: e se os professores não foram bem formados (e absolutamente não têm condições de dar aulas em um bom padrão)? É, isso devia ter sido feito antes. Parece que quando algo vai bem, isso influi para que todas as coisas ao redor funcionem melhor. E o contrário também, claro. (É fácil pensar nisso quando ouvimos um pouco sobre como é a vida num país desenvolvido, principalmente um europeu.) E como fazer isso? Bem, acho que dá se conseguirmos desviar um pouco do dinheiro que desviam para fazer uso público dele. (Frase ambígua. A sintaxe dessa língua tem erros.)

sobre investimentos em saúde

Tá certo que o dinheiro arrecadado não é bem investido, que cada vez ouvimos mais notícias sobre desvios do dinheiro do CPMF (para dizer o mais recente e mais marcante), mas vamos imaginar o que poderíamos fazer de melhor.
Acho que seria melhor investir em hospitais que tratassem de doenças mais básicas do que gastar dinheiro (que é muito dinheiro) fabricando e inventando pequenas melhorias para alguns medicamentos que não atingem toda a população (tá, eu sei que é pelo retorno [isso sem falar nos produtos de beleza...], mas deixe-me escrever [mas leia outra coisa, se quiser]). Não que não seja importante, talvez seja "bom para o futuro" (estou argumentando quanto a fazer investimentos promissores? Julgue), mas acho que ao menos deveria ser garantida a saúde básica (e isso começa por saneamento básico). Acho que seria muito mais útil cuidar para que as pessoas pudessem ser atendidas nos hospitais (na verdade, meu posto até que é privilegiado quanto a isso), e também quem sabe montar redes de esgotos [e de água também, dizem que há tantos que não dispõem de água potável]). Não precisa ser nada maciço em pouco tempo, nada faraônico (e nada muito eleitoreiro), mas sim dar uma atenção também a esses aspectos.

a vida como ela é

Dizem para aceitar a vida como ela é, mas... como ela é? Talvez se devesse dizer comente para aceitar a vida, se quiséssemos dar o mesmo significado à frase. Mas verdade que ninguém segue nem se importa muito com isso na prática, porque as pessoas estão freqüentemente buscando algo para si
Se alguém estiver magoada com alguma pessoa (que senso comum! mas já desfaço isso, que é o ponto central) e ouvir que deve aceitar a vida (seria um consolo, ou imagino coisas muito erradas) pode até se animar e esquecer um pouco da mágoa. Mas e se estamos infelizes com os rumos da política ou da economia (como se somente isso fosse deficiente no país em que vivo), devemos aceitar a vida como ela é? Não! Acho que essa frase pode ser usada para alguém se acomodar (para se acomodar muitas falsidades são aceitas, como sabemos quando não queremos fazer alguma coisa [ou não se devia assumir isso, na esperança de que as pessoas quem sabe achassem anormal e evitassem fazê-lo?]), e também para acomodar os outros sobre algo que deveria deixá-lo alerta e atento. (Agora me veio à cabeça a frase da ministra Marta Suplicy sobre a crise aérea.)
Então é melhor não aceitar a vida como ela é. E também ninguém faz isso. De qualquer forma, devemos tentar o que queremos, o que acontece automaticamente sem ninguém ter de escrever.

26 setembro, 2007

envelhecimento

Acho que as pessoa acabam tendo muitas convicções quando ficam mais velhas. Passam a achar seus pensamentos irrevogáveis. Não quero envelhecer; não assim. Espero sempre ter uma boa consciência das enganações que podem ocorrer (e sem ter muita certeza disso!).

Algumas pessoas gostam de reagir com "tu achas que nasci ontem?" quando se sentem serem enganadas (geralmente usam quando estão sendo mesmo). Que pena que não nasceram ontem; eu nasci e sou jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda...
Mas vamos tentar ser humildes em nossas idéias e ao mesmo tempo termos (quase um "teremos"!) liberdade para poder pensar no que quisermos, e mesmo tentar elaborar o que talvez não seja válido pensar - isso é pensamento.

(Devo ser meticuloso para não falar nada de "errado" ou contraditório nesse blog.)
(Estou vendo que esse blog não está sendo uma verdadeira busca por alguma verdade. Somente estou escrevendo coisinhas que tenho o poder de dizer. Mas tudo bem, acho que isso é bom, mesmo que bonzinho.)

25 setembro, 2007

cotidiano e lógica

Não sabemos muito bem usar a lógica para coisas que dependam de atitudes (ou que se acha que dependam) ou de eventos contínuos. Assim, estabelecer implicações sobre reações a ações não costuma funcionar. Pior ainda quando se inclui a palavra pode (as pessoas acham que podem demais, enquanto talvez possam nada, nadinha mesmo).

Uma frase comum, e que quero criticá-la, é: "Para morrer basta estar vivo". Ora, mas estar vivo não é condição suficiente (bastante!) para morrer. Tanto que estou vivo mas não morri (ou estou morto). Mas é difícil analisar uma frase assim, porque estar vivo é algo contínuo (não se "está vivo" num instante, como se pisca ou lambe), e também não é algo sobre o qual temos muito poder (para dizer de forma elegante). Então, acho que dá pra abolir (ou abominar, quase; afinal podemos fazer isso) essa frase, tanto se for falsa como se for inválida.
Fora, "para morrer basta estar vivo". Agora, acho que vale dizer: "Para morrer é necessário estar vivo".

22 setembro, 2007

há dez mil anos atrás

Na verdade, acho que quem nascesse há dez mil anos atrás não saberia tudo. Saberia algo muito mais próximo do nada com toda a sua experiência. Haveria nada no mundo em que pudesse dizer que sabe tudo sobre; aliás, sobre todos os assuntos na face da Terra deveria afirmar que nada pode dizer sobre eles. E nem disso teria certeza.

da correção de textos

Não a dinâmica, e sim a estática! (Ainda me empolgo com algumas construções; ainda subirei como se fosse sarcófago.) Então, não o ato de corrigir, e sim a forma como se escreve.

Não acho que os maiores erros de português sejam os ortográficos. Tá certo que "mortandela" pode ser feio, mas erros semânticos (pode ser assim adjetivado? acho que chamarei assim até o fim do post, no mínimo) como "amar os outros como assim mesmo" são bem piores. Esses erros semânticos denotam maus compreensão e entendimento do que foi absorvido (para ser escrito numa "catástrofe", como talvez caracterizaria em uma aula uma professora de língua portuguesa), diferentes de erros como "esselência" (tá, esse foi meio pesadinho...), que são "enganos" de quem absolutamente não tem um conhecimento específico (tá certo que com o tempo se pega o padrão das palavras e o que são exceções, e são alguns exercícios de raciocínio e reconhecer padrões [preciso saber mais sobre isso, sobre alguns nomes; quem sabe sairá um post sobre isso]; ao menos julgo que foram bem proveitosas minhas aulas de português [ainda as terei? precisarei de novo, algum dia, mesmo que ainda não saiba?]). Exemplificando melhor, é esperado que demência tenha "c" e não "s" mas não é fácil decidir se húmus deveria ter "h" ou não (ao menos ainda não descobri uma regra muito boa para isso). Assim, não é legal ficar comentando sobre erros ortográficos de outros; agora, é bom falar para a pessoa para que ela se corrija e aprenda.
Sobre os erros de conjugação, como "nós foi", acho que estão ficando mais raros e mais difícies de serem percebidos. Geralmente ocorrem mais na fala e em sentenças longas (é importante, leitor, ter a frase por inteiro na sua cabeça para saber lidar com ela de todas as formas [expanda sua memória de acesso randômico! {na verdade não somos computadores e não acho que funcionamos num sistema binário, já que somos baseados mais em quimiotrasmissores e não circuitos elétricos, mas quis fazer a comparação para que se entenda o que quis dizer}]). É comum acontecerem quando se quer fazer uma frase vazia; para isso se emendam palavras sem que as orações estejam amarradas (em algum contexto, talvez sem oração principal); então vamos tentar dizer alguma coisa em vez de citar objetivos, porquês e circunstâncias!
Acho que ler e escrever facilitam uma escrita correta. Mas o que mais importa mesmo é que tenha sentido. Não queira fazer coisas mais sofisticadas, a menos que seja natural e "emane" de você. (Ao menos é o que acho.) Não é algo que se aprenda querendo, parece que é uma compreensão espontânea e uma visão da uma estrutura mais geral do que escreve. (Talvez ter familiaridade com idéias expressas de forma matemática ou lógica facilite, ou mesmo um bom raciocínio abstrato [se é assim que chamam {isso terá um post no seu tempo}].)

de algumas épocas

Não sei muito bem, mas parece que na nossa época faltam muitos dos ideais e estamos sendo guiados basicamente por cores metálicas, por máquinas. Pelo que leio da épocas como por 1970 e 1980, muito provavelmente por causa de ditadura (no Brasil), parece que tudo era guiado muito às escuras. As pessoas devem estar mesmo diferentes, ou ao menos os jovens, que nasceram depois dos anos de chumbo que dizem que foi ferro.
Não parece haver nada firme amarrando as pessoas. E o que será, depois?

21 setembro, 2007

de proporcionalidade

As pessoas acham que uma função é proporcional quando os incrementos são proporcionais. Mas são coisas bem diferentes, e devemos ter cuidado com o que falamos. O preço de uma viagem de táxi não é proporcional ao tempo, mas o que importa é que o que não pode ser medido (ao menos que se defina uma medida sobre ele, o que pode dar ou não) não é proporcional a nada.
Ah, e não são a mesma coisa. Os incrementos de uma função linear (proporcionalidade) são lineares, e os incrementos de uma função afim também são lineares, mas os incrementos de uma função quadrática são afins, os incrementos de uma função cúbica...

16 setembro, 2007

reflexão sobre as gotas

Talvez mais do que pelo gosto ruim que alguns remédios teriam se fossem tomados em gotas (que foi a explicação da minha mãe há alguns anos atrás) a popularização dos comprimidos e cápsulas se deve à praticidade de tomá-los: engole o comprimido e engole água. O comprimido é bem um representante de como são feitas as coisas: com pressa e sem esmero. (Mas até que é objetivo, tenho que admitir.) Deve estar fora de moda cuidar para que caia certo número de gotas (ou não, pode ser por volume) e depois misturar com água (ou não). Não é mais habitual ter tempo para se dedicar a pequenas coisas do dia-a-dia, e as pessoas se voltam para tentar produzir e produzir mais no trabalho ou de qualquer outra forma, sem se preocuparem com as coisas miúdas e calmas. E tenras, até, acrescento. Não necessariamente "infeliz era", mas... infelizes tempos da pressa. Se há uma causa, se é que elas existem (porque isso é bem variável e muito questionável), seria a revolução industrial. Acho que começou lá. Mas não é o principal aqui. Só quis dizer que a sociedade (as pessoas dela, em geral) toma comprimidos mas não têm paciência para se esmerar em deixar gotas caírem lentamente.
Vamos procurar o amor pela internet e fabricar a pílula da felicidade eterna. (Nunca faça isso, foi o que quis dizer.)

(Nesse post, e somente neste[aqui é como aquilo de separar sujeito de verbo; significa somente neste a menos de menção específica ao contrário], há censura de comentários. Se você sabe por que, sabe o que não pode escrever.) (Eu posso fazer isso?)

(Nota: troquei as cores do blog [era preto e escrito em branco, com títulos de posts verdes] e gostei do resultado. Isso não é aplicação de esclarecimento/obscurecimento, mas sim algo que quis fazer para facilitar a leitura [acho que são coisas bem diferentes...].)

uso do que sabemos

Acho que uma coisa importante que talvez até merecesse uma palavra (mas não vou dizer "verdadeiramente inteligente" nem "sigma-inteligente" nem nada disso) é aplicar o que se sabe. Muito do que se aprende simplesmente se acumula para um fim específico e passageiro; deveríamos tentar usar o que aprendemos para aplicá-lo na nossa vida. E como tem coisas que talvez não se relacionem tão facilmente, entra aqui um pouco de imaginação e muito raciocínio (ou talvez não exatamente isso, não sei...) para encontrar o uso do conhecimento. Devemos tentar aplicar o que sabemos na nossa vida para valer mesmo a pena ter aprendido. Isso talvez mereceria um nome.

Já que estamos falando disso, vamos falar um pouco de matemática. Os matemáticos, ao menos acho, não devem ser chamados de inúteis porque eles inventam coisas que não têm aplicações práticas (ou melhor, absolutamente [o que penso] não precisam ter utilidade nenhuma). Primeiro porque uma vez os matemáticos geralmente eram muitas outras coisas também, e agora há uma divisão de produção de conhecimento assim como há de trabalho, de forma que se diz (não que eu concorde muito com isso) que os matemáticos fazem matemática para que os pesquisadores apliquem em suas áreas.
Mas isso não é tão importante. Importante que a matemática é aplicada nela mesma, ou seja, o que se aprende é fonte para descobrir coisas novas.

esclarecer e obscurecer

Melhor seria se as pessoas em vez de bolarem enigmas e tentassem obscurecer informações, o que é bem comum, se dedicassem a poder exprimir da melhor forma possível o que pensam e sentem. Acho que isso traria um progresso (ou, seja, ou melhor, algo positivo) significativo nas relações e no conhecimento interno de cada um. Talvez essa fosse uma melhoria tão boa... (no sentido de tão melhor do que imagino).
Assim tentarei ser o mais claro e passar o que quero da forma mais concisa e tentarei aplicar isso em especial nesse blog. (Será que nisso há um pouco de boa vontade ou até mesmo algo que alguém em um contexto mais geral chamaria de amor [como alguma visão "religiosa"]?)

14 setembro, 2007

juízos de valor e outros

Pode parecer somente uma impressão, ou até um preconceito, mas uma pessoa segurando um cigarro na mão realmente dá idéia de ser mais fraca. (Decerto porque se submete a um cilindro tão malcheiroso.) E pior que qualquer pessoa (qualquer tipo de pessoa, ou estereótipo, ou sei lá [ão achei tão boa essa]) pode apresentar-se com um cigarro na mão (entre os dedos, ainda!). Cada coisa que há, que não devíamos nos surpreender.
Pra fechar: a melhor palavra que encontrei a impressão de alguém com foi débil.

Quando alguém faz uma afirmação pelo modo como é tratado não precisa necessariamente receber uma resposta hostil. Afinal, é somente uma constatação, e não uma afirmação de que não deveria ser assim. Assim, tentemos analisar o que é dito sem se deixar levar muito pela sugestão (isso só se quiser... afinal, conselhos não precisam estar aqui).

Acho que não conta como argumento em alguma discussão sobre um assunto humano perguntar o que é algo. Deve ser falta do que dizer. Não que não seja interessante pensar sobre isso, mas acho que devemos tentar discutir coisas com calma sem perguntas diretamente direcionadas. Por que falo isso? Não sei.

Existem coisas que não dizem tanto. Por exemplo, não se separa com vírgula sujeito de verbo. Mnemônico, talvez, mas não é tanto por si mesmo seu valor. Não se separa sujeito do verbo por serem sujeito e verbo: isso que se quer dizer.
Parece sutileza de língua, mas está num domínio lógico (com algum esforço suprimi "matemático").

11 setembro, 2007

o mito da caverna

Aqui, uma versão reduzida (ou melhor, uma redução de uma versão; acho que nem todas as histórias são iguais; de qualquer forma, considerei esta para o post anterior).

Numa caverna escura e sombria havia homens presos com correntes. Os prisioneiros estavam de costas para um buraco na caverna pelo qual passava a luz solar. Como fora havia coisas, como pássaros e árvores, estes faziam sombras na parede oposta à abertura. Os prisioneiros só tinham consciência daquelas sombras e vultos das coisas que passavam por fora da caverna, e passavam o dia a observá-las, tendo-as como a realidade. Uma das pessoas um dia resolveu se libertar das correntes, e pôde então olhar para trás. Viu a luz, e foi saindo da caverna. Quando saiu, se ofuscou com a luz do sol, mas logo a visão foi se recuperando e ele conseguiu vislumbrar as formas de vida existentes na natureza. Com cores, movimentos, brilho. Percebeu que o que via antes eram somente sombras e projeções do que existia, de verdade, fora da caverna. Ele ficou extasiado com sua descoberta e retornou para contar aos seus companheiros o que tinha visto, que a realidade era outra, que aquilo que viram toda a vida eram somente projeções. Eles acharam-no louco, e acabaram por matá-lo.

do mito da caverna

Há muitas objeções que podem ser feitas ao mito da caverna e suas supostas implicações. Talvez o fato de não ser muito bem explicado porque estavam e como foram acorrentados os "prisioneiros" não seja tão importante (ou aquele ao qual quero dar mais destaque). Também há o problema de como um homem de repente se solta, e várias outras coisas.
Mas o propósito desse post é dizer que, ao menos acho, o ser que se libertou não conseguiria entender que as sombras (o mundo da caverna) são projeções do mundo lá fora. Se ele não soubesse do mundo "real" (acho que para que os homens não buscassem mais do que as sombras é meio que suposto que eles sempre viveram lá, ou ao menos nunca tiveram contato com o exterior [e é isso que considerarei nesse argumento]) não conseguiria relacionar um objeto com sua projeção. Ele não sabe como é a sombra de um pássaro ou de uma árvore (verdade que a caverna teria que ser bem inclinada e bem estranha, mesmo, para formar uma situação como a descrita no mito - ou ao menos ainda não descobri uma configuração interna suficientemente boa para ela), então acho que absolutamente ele não conseguiria dizer que o que ele via antes eram projeções. Claro, ele talvez tentaria contar para os "colegas" que descobriu mais coisas, mas não poderia determinar que o mundo "anterior" era somente projeção (desculpe a repetição, mas deve ser mesmo a palavra ideal).
Acho que é razoável para o fim (direi "fim"; já li um artigo falando sobre "fim", "final" e da popularização deste último) que eles o matem no caso de ele dizer que as sombras estariam "subordinadas" ao objetos reais. Agora, se fosse anunciar que havia coisas além das sombras, acho que conseguiria libertar os outros homens.

10 setembro, 2007

imparcialidade religiosa

Acho que é muita injusta a seguinte situação (sem dois pontos!).
Se alguém comete um crime e depois faz uma declaração ateísta, então decerto foi a ausência de um deus no coração que levou a pessoa a cometer tal crime. Se faz uma declaração satanista, então foi o diabo que penetrou no corpo (às vezes é na alma... cuide-se) e a levou a cometer o crime. Se depois ela diz que se sente arrependida, ou que agora quer o perdão de seu deus, se "lembra" que ele está sempre presente, em todas as pessoas. E se não diz nada... oremos para as vítimas!

Enfim, estou dizendo que isso é injusto. Muito forçado. E o que não quero é ser injusto. Quem sabe elaborar alguns teoremas de decidibilidade (ou de impossibilidade), e caso não seja possível (ou melhor, não consiga), ao menos não elaborarei.

06 setembro, 2007

de orientais

É um grande absurdo dizer que pessoas de aparência oriental são iguais. E nada de "japa" aqui.
Cada pessoa é única, e é ignorância querer ditar igualdade.
Iguais são as pessoas que afirmam que "japonês é tudo igual".

03 setembro, 2007

objetivo

Pode ser o objetivo por ora, mas não há problema.
Eu quero, para mim, ser mais coeso, mais coerente, e descobrir novas coisas tendo como principal base o pensamento. E também me desenvolver para saber fazer implicações de modo correto, e também tentar precisar ou fixar, pelo menos um pouco, algumas palavras para que elas tenham um significado forte.
Quero compartilhar isso para que mais pessoas vejam essas descobertas e quem sabe ajudem o (este) desenvolvimento de alguma forma. E quero cultivar e incentivar o pensamento, e evitar a alienação e a automatização das pessoas.
São todos objetivos muito nobres. Eu espero fazer qualquer coisinha pequena que contribua para o sentido positivo nesses quesitos.
Ou ainda, com uma analogia bobinha, como elas geralmente são (em breve tentarei estudá-las), direi que pretendo fazer um terremoto, não importa quão fraco ele seja. Mas sim que se propague, nem que seja num olhar de uma pessoa que contribua para que outra não despreze certos aspectos discutíveis da existência, da lógica e da vida.

volta

Eu havia dito que pararia. Mas voltei. (Que frases! Mas deixemos os parêntesis para outra hora.)

O maior motivo é que quero de certa forma melhorar algo. Pra mim parece razoável que se pessoas tiverem acesso a alguns pensamentos novos elas poderão progredir um pouco. E também é importante (para a medição do efeito) que se interessem por esse tipo de atividade e assuntos e passem isso adiante, mediante medidas quaisquer, como simplesmente estar mais disposto a discutir algumas questões quando ouvir falar em um grupo, ou ao menos evitar desprezar dizendo que seria algo muito avançado, inútil ou que simplesmente não cabe (como é fácil fazer). Se ainda assim nem a presença de textos na web acabem trazendo mais por qualquer força desconhecida entre forças elétricas, pelo menos espero que eu tenha um conhecimento mais claro das coisas. (Falo "coisas" exageradamente. É meu natural, não sei fazer diferente. Espero que não consitua empecilho.)
Acho que meu interesse é pelos problemas humanos. Interesso-me (não me cobre o posicionamento pronominal correto todas as vezes) muito por questões de existência e dedução (por assim dizer). Espero penetrar nessas idéias, ou ao menos inventar algo coerente.

Escolhi recomeçar esse blog porque ele tem alguma história, ou seja, o leitor interessado pode procurar idéias relevantes em post passados, e também porque alguns poucos blogs têm links para cá e desejo mantê-los conectados na esperança de gerar algo positivo para alguém que acabe vindo parar aqui por esse meio.

18 junho, 2007

Mais fim

Acho que esse blog vai terminar.
Estarei escrevendo por aí em qualquer lugar da internet. Nem que seja numa lápide virtual, de um futuro cemitério virtual, que nunca existirá, porque nem tudo converge para a internet.
Ele já deu o que tinha que dar. E olha, que para os padrões dos dados, deu pouco.
E quanta bobagem para o último post. Em vez disso, devíamos simplesmente abrir uma garrafa de vinho e despejar janela abaixo (isso só ocorre porque estou morando em apartamento agora), porque o blog não bebe, ele é econômico.
Mas vamos colocar qualquer música triste, e olhar para nós mesmos. Não sei o que aconteceu. Nos joguemos ao fogo, sacrifício, mil multipantas - panteões de divindades em cima da lareira. Não se sabe o que os moradores dessa casa louvam, deve ser nada, mas mesmo assim não seria possível saber por causa dos códigos.
Códigos? Estes mesmo. Bye bye, que aqui é, ou foi, tudo junto, e agora o despejo está feito. Despejado, já pensou? E todo aquele leite vermelho escorrendo por entre os pêlos. Pêlos pretos, eles não são brilhantes, não haveria por que. E digam tchau, um adeus inaudível para o diretor e para o protagonista, que eles duraram o quanto puderam ser suficientemente duros para serem.
Serem, semeou. Então deu.

Já? Pô, o que é isso, meu guri. Vai com calma na faca. A faca não é comprida, não. Acho que há tão pouco a falar de uma faca, ainda mais quando tudo que tu tinha a postar já saiu. Tu, protagonista, e não eu, Eduardo Fischer, vulgo qualquer coisa que ainda não sei. Oh! todos clamam, volta!, volta!, mas o que posso fazer é dar a volta, somente girando nos meus calcanhares, como se fosse possível girar em dois eixos. E isso que não vem, não entende que não sei viver se não? Ou não é assim? E o que é isso? Qual a intenção? Um post pra não conseguir lembrar do significado pra contar pra ninguém. Ninguém quer me ouvir contar, e nem cantar, acho. Não canto bem, eu acho. Ainda não estou me enganando. Devo gostar de boa música, porque é ela que ouço. E é nada do que tenho, porque não tenho. Yeah, quantas vezes quiseres, meu bem, me agarre pela cintura e me deite, mas com a força de algum animal qualquer. Porque os animais têm forças discretas. Discretíssimas.

Isso me fez lembrar da força das plantas. Entramos na idiotice, mas acho que ninguém pode contradizer à vontade de qualquer flor. Como eu me oporia a um movimento qualquer de qualquer flor? Qualquer, para todo, até que dá pra variar, só não cai bem. Não cai bem, para todo elemento pertencente ao conjunto, ou seja, satisfazendo uma condição, seja não, gozando de uma propriedade. Porque tudo é a mesma coisa. A única coisa diferente é que posso escrever interminavelmente, com tudo tendendo a qualquer coisa, para todo.

Não sei o quanto errei, só sei que posso ter acertado. E essa frase não tem nada a ver, aliás, o que tem a ver ter a ver? E essa é uma questão embolada, embolada como macarrão na tigela de ácido fresco. Embebido em água de salsicha? Bom, aí já sai do meu território, guri, já não sei mais dizer.

Esse ainda não é o fim definitivo. Eu ainda viverei no próximo instante.

08 junho, 2007

Aviso de fim

Suspenderei minhas atividades neste blog por tempo indeterminado.
Estarei escrevendo no Campos de Morangos Mofados.

20 maio, 2007

Diálogo não-trivial

- E as pessoas são tão normais, sabe, não dá pra entender.
- É que é fácil não mudarmos.

(Talvez seja ridiculamente trivial, enquanto sou trivialmente ridículo.)

esclarecimento do Diálogo não-trivial

Desculpem os diálogos leitores. Desculpem-me por escrever da forma mais fácil. Desculpem-me pela minha existência e pelos seus olhos. (A menos que acesse o site em braile; nunca se sabe.) Não se preocupem, que perceberei quando parar com isso.

Guardiões

Eles são os guardiões. Carregam, embutidas no suposto conceito de suas máquinas, a responsabilidade de deixar salva a cidade. De fato conseguem. Só que não percebem que essa é a mais ingrata das profissões. Mas cegos não vêem.