26 setembro, 2007

envelhecimento

Acho que as pessoa acabam tendo muitas convicções quando ficam mais velhas. Passam a achar seus pensamentos irrevogáveis. Não quero envelhecer; não assim. Espero sempre ter uma boa consciência das enganações que podem ocorrer (e sem ter muita certeza disso!).

Algumas pessoas gostam de reagir com "tu achas que nasci ontem?" quando se sentem serem enganadas (geralmente usam quando estão sendo mesmo). Que pena que não nasceram ontem; eu nasci e sou jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda...
Mas vamos tentar ser humildes em nossas idéias e ao mesmo tempo termos (quase um "teremos"!) liberdade para poder pensar no que quisermos, e mesmo tentar elaborar o que talvez não seja válido pensar - isso é pensamento.

(Devo ser meticuloso para não falar nada de "errado" ou contraditório nesse blog.)
(Estou vendo que esse blog não está sendo uma verdadeira busca por alguma verdade. Somente estou escrevendo coisinhas que tenho o poder de dizer. Mas tudo bem, acho que isso é bom, mesmo que bonzinho.)

25 setembro, 2007

cotidiano e lógica

Não sabemos muito bem usar a lógica para coisas que dependam de atitudes (ou que se acha que dependam) ou de eventos contínuos. Assim, estabelecer implicações sobre reações a ações não costuma funcionar. Pior ainda quando se inclui a palavra pode (as pessoas acham que podem demais, enquanto talvez possam nada, nadinha mesmo).

Uma frase comum, e que quero criticá-la, é: "Para morrer basta estar vivo". Ora, mas estar vivo não é condição suficiente (bastante!) para morrer. Tanto que estou vivo mas não morri (ou estou morto). Mas é difícil analisar uma frase assim, porque estar vivo é algo contínuo (não se "está vivo" num instante, como se pisca ou lambe), e também não é algo sobre o qual temos muito poder (para dizer de forma elegante). Então, acho que dá pra abolir (ou abominar, quase; afinal podemos fazer isso) essa frase, tanto se for falsa como se for inválida.
Fora, "para morrer basta estar vivo". Agora, acho que vale dizer: "Para morrer é necessário estar vivo".

22 setembro, 2007

há dez mil anos atrás

Na verdade, acho que quem nascesse há dez mil anos atrás não saberia tudo. Saberia algo muito mais próximo do nada com toda a sua experiência. Haveria nada no mundo em que pudesse dizer que sabe tudo sobre; aliás, sobre todos os assuntos na face da Terra deveria afirmar que nada pode dizer sobre eles. E nem disso teria certeza.

da correção de textos

Não a dinâmica, e sim a estática! (Ainda me empolgo com algumas construções; ainda subirei como se fosse sarcófago.) Então, não o ato de corrigir, e sim a forma como se escreve.

Não acho que os maiores erros de português sejam os ortográficos. Tá certo que "mortandela" pode ser feio, mas erros semânticos (pode ser assim adjetivado? acho que chamarei assim até o fim do post, no mínimo) como "amar os outros como assim mesmo" são bem piores. Esses erros semânticos denotam maus compreensão e entendimento do que foi absorvido (para ser escrito numa "catástrofe", como talvez caracterizaria em uma aula uma professora de língua portuguesa), diferentes de erros como "esselência" (tá, esse foi meio pesadinho...), que são "enganos" de quem absolutamente não tem um conhecimento específico (tá certo que com o tempo se pega o padrão das palavras e o que são exceções, e são alguns exercícios de raciocínio e reconhecer padrões [preciso saber mais sobre isso, sobre alguns nomes; quem sabe sairá um post sobre isso]; ao menos julgo que foram bem proveitosas minhas aulas de português [ainda as terei? precisarei de novo, algum dia, mesmo que ainda não saiba?]). Exemplificando melhor, é esperado que demência tenha "c" e não "s" mas não é fácil decidir se húmus deveria ter "h" ou não (ao menos ainda não descobri uma regra muito boa para isso). Assim, não é legal ficar comentando sobre erros ortográficos de outros; agora, é bom falar para a pessoa para que ela se corrija e aprenda.
Sobre os erros de conjugação, como "nós foi", acho que estão ficando mais raros e mais difícies de serem percebidos. Geralmente ocorrem mais na fala e em sentenças longas (é importante, leitor, ter a frase por inteiro na sua cabeça para saber lidar com ela de todas as formas [expanda sua memória de acesso randômico! {na verdade não somos computadores e não acho que funcionamos num sistema binário, já que somos baseados mais em quimiotrasmissores e não circuitos elétricos, mas quis fazer a comparação para que se entenda o que quis dizer}]). É comum acontecerem quando se quer fazer uma frase vazia; para isso se emendam palavras sem que as orações estejam amarradas (em algum contexto, talvez sem oração principal); então vamos tentar dizer alguma coisa em vez de citar objetivos, porquês e circunstâncias!
Acho que ler e escrever facilitam uma escrita correta. Mas o que mais importa mesmo é que tenha sentido. Não queira fazer coisas mais sofisticadas, a menos que seja natural e "emane" de você. (Ao menos é o que acho.) Não é algo que se aprenda querendo, parece que é uma compreensão espontânea e uma visão da uma estrutura mais geral do que escreve. (Talvez ter familiaridade com idéias expressas de forma matemática ou lógica facilite, ou mesmo um bom raciocínio abstrato [se é assim que chamam {isso terá um post no seu tempo}].)

de algumas épocas

Não sei muito bem, mas parece que na nossa época faltam muitos dos ideais e estamos sendo guiados basicamente por cores metálicas, por máquinas. Pelo que leio da épocas como por 1970 e 1980, muito provavelmente por causa de ditadura (no Brasil), parece que tudo era guiado muito às escuras. As pessoas devem estar mesmo diferentes, ou ao menos os jovens, que nasceram depois dos anos de chumbo que dizem que foi ferro.
Não parece haver nada firme amarrando as pessoas. E o que será, depois?

21 setembro, 2007

de proporcionalidade

As pessoas acham que uma função é proporcional quando os incrementos são proporcionais. Mas são coisas bem diferentes, e devemos ter cuidado com o que falamos. O preço de uma viagem de táxi não é proporcional ao tempo, mas o que importa é que o que não pode ser medido (ao menos que se defina uma medida sobre ele, o que pode dar ou não) não é proporcional a nada.
Ah, e não são a mesma coisa. Os incrementos de uma função linear (proporcionalidade) são lineares, e os incrementos de uma função afim também são lineares, mas os incrementos de uma função quadrática são afins, os incrementos de uma função cúbica...

16 setembro, 2007

reflexão sobre as gotas

Talvez mais do que pelo gosto ruim que alguns remédios teriam se fossem tomados em gotas (que foi a explicação da minha mãe há alguns anos atrás) a popularização dos comprimidos e cápsulas se deve à praticidade de tomá-los: engole o comprimido e engole água. O comprimido é bem um representante de como são feitas as coisas: com pressa e sem esmero. (Mas até que é objetivo, tenho que admitir.) Deve estar fora de moda cuidar para que caia certo número de gotas (ou não, pode ser por volume) e depois misturar com água (ou não). Não é mais habitual ter tempo para se dedicar a pequenas coisas do dia-a-dia, e as pessoas se voltam para tentar produzir e produzir mais no trabalho ou de qualquer outra forma, sem se preocuparem com as coisas miúdas e calmas. E tenras, até, acrescento. Não necessariamente "infeliz era", mas... infelizes tempos da pressa. Se há uma causa, se é que elas existem (porque isso é bem variável e muito questionável), seria a revolução industrial. Acho que começou lá. Mas não é o principal aqui. Só quis dizer que a sociedade (as pessoas dela, em geral) toma comprimidos mas não têm paciência para se esmerar em deixar gotas caírem lentamente.
Vamos procurar o amor pela internet e fabricar a pílula da felicidade eterna. (Nunca faça isso, foi o que quis dizer.)

(Nesse post, e somente neste[aqui é como aquilo de separar sujeito de verbo; significa somente neste a menos de menção específica ao contrário], há censura de comentários. Se você sabe por que, sabe o que não pode escrever.) (Eu posso fazer isso?)

(Nota: troquei as cores do blog [era preto e escrito em branco, com títulos de posts verdes] e gostei do resultado. Isso não é aplicação de esclarecimento/obscurecimento, mas sim algo que quis fazer para facilitar a leitura [acho que são coisas bem diferentes...].)

uso do que sabemos

Acho que uma coisa importante que talvez até merecesse uma palavra (mas não vou dizer "verdadeiramente inteligente" nem "sigma-inteligente" nem nada disso) é aplicar o que se sabe. Muito do que se aprende simplesmente se acumula para um fim específico e passageiro; deveríamos tentar usar o que aprendemos para aplicá-lo na nossa vida. E como tem coisas que talvez não se relacionem tão facilmente, entra aqui um pouco de imaginação e muito raciocínio (ou talvez não exatamente isso, não sei...) para encontrar o uso do conhecimento. Devemos tentar aplicar o que sabemos na nossa vida para valer mesmo a pena ter aprendido. Isso talvez mereceria um nome.

Já que estamos falando disso, vamos falar um pouco de matemática. Os matemáticos, ao menos acho, não devem ser chamados de inúteis porque eles inventam coisas que não têm aplicações práticas (ou melhor, absolutamente [o que penso] não precisam ter utilidade nenhuma). Primeiro porque uma vez os matemáticos geralmente eram muitas outras coisas também, e agora há uma divisão de produção de conhecimento assim como há de trabalho, de forma que se diz (não que eu concorde muito com isso) que os matemáticos fazem matemática para que os pesquisadores apliquem em suas áreas.
Mas isso não é tão importante. Importante que a matemática é aplicada nela mesma, ou seja, o que se aprende é fonte para descobrir coisas novas.

esclarecer e obscurecer

Melhor seria se as pessoas em vez de bolarem enigmas e tentassem obscurecer informações, o que é bem comum, se dedicassem a poder exprimir da melhor forma possível o que pensam e sentem. Acho que isso traria um progresso (ou, seja, ou melhor, algo positivo) significativo nas relações e no conhecimento interno de cada um. Talvez essa fosse uma melhoria tão boa... (no sentido de tão melhor do que imagino).
Assim tentarei ser o mais claro e passar o que quero da forma mais concisa e tentarei aplicar isso em especial nesse blog. (Será que nisso há um pouco de boa vontade ou até mesmo algo que alguém em um contexto mais geral chamaria de amor [como alguma visão "religiosa"]?)

14 setembro, 2007

juízos de valor e outros

Pode parecer somente uma impressão, ou até um preconceito, mas uma pessoa segurando um cigarro na mão realmente dá idéia de ser mais fraca. (Decerto porque se submete a um cilindro tão malcheiroso.) E pior que qualquer pessoa (qualquer tipo de pessoa, ou estereótipo, ou sei lá [ão achei tão boa essa]) pode apresentar-se com um cigarro na mão (entre os dedos, ainda!). Cada coisa que há, que não devíamos nos surpreender.
Pra fechar: a melhor palavra que encontrei a impressão de alguém com foi débil.

Quando alguém faz uma afirmação pelo modo como é tratado não precisa necessariamente receber uma resposta hostil. Afinal, é somente uma constatação, e não uma afirmação de que não deveria ser assim. Assim, tentemos analisar o que é dito sem se deixar levar muito pela sugestão (isso só se quiser... afinal, conselhos não precisam estar aqui).

Acho que não conta como argumento em alguma discussão sobre um assunto humano perguntar o que é algo. Deve ser falta do que dizer. Não que não seja interessante pensar sobre isso, mas acho que devemos tentar discutir coisas com calma sem perguntas diretamente direcionadas. Por que falo isso? Não sei.

Existem coisas que não dizem tanto. Por exemplo, não se separa com vírgula sujeito de verbo. Mnemônico, talvez, mas não é tanto por si mesmo seu valor. Não se separa sujeito do verbo por serem sujeito e verbo: isso que se quer dizer.
Parece sutileza de língua, mas está num domínio lógico (com algum esforço suprimi "matemático").

11 setembro, 2007

o mito da caverna

Aqui, uma versão reduzida (ou melhor, uma redução de uma versão; acho que nem todas as histórias são iguais; de qualquer forma, considerei esta para o post anterior).

Numa caverna escura e sombria havia homens presos com correntes. Os prisioneiros estavam de costas para um buraco na caverna pelo qual passava a luz solar. Como fora havia coisas, como pássaros e árvores, estes faziam sombras na parede oposta à abertura. Os prisioneiros só tinham consciência daquelas sombras e vultos das coisas que passavam por fora da caverna, e passavam o dia a observá-las, tendo-as como a realidade. Uma das pessoas um dia resolveu se libertar das correntes, e pôde então olhar para trás. Viu a luz, e foi saindo da caverna. Quando saiu, se ofuscou com a luz do sol, mas logo a visão foi se recuperando e ele conseguiu vislumbrar as formas de vida existentes na natureza. Com cores, movimentos, brilho. Percebeu que o que via antes eram somente sombras e projeções do que existia, de verdade, fora da caverna. Ele ficou extasiado com sua descoberta e retornou para contar aos seus companheiros o que tinha visto, que a realidade era outra, que aquilo que viram toda a vida eram somente projeções. Eles acharam-no louco, e acabaram por matá-lo.

do mito da caverna

Há muitas objeções que podem ser feitas ao mito da caverna e suas supostas implicações. Talvez o fato de não ser muito bem explicado porque estavam e como foram acorrentados os "prisioneiros" não seja tão importante (ou aquele ao qual quero dar mais destaque). Também há o problema de como um homem de repente se solta, e várias outras coisas.
Mas o propósito desse post é dizer que, ao menos acho, o ser que se libertou não conseguiria entender que as sombras (o mundo da caverna) são projeções do mundo lá fora. Se ele não soubesse do mundo "real" (acho que para que os homens não buscassem mais do que as sombras é meio que suposto que eles sempre viveram lá, ou ao menos nunca tiveram contato com o exterior [e é isso que considerarei nesse argumento]) não conseguiria relacionar um objeto com sua projeção. Ele não sabe como é a sombra de um pássaro ou de uma árvore (verdade que a caverna teria que ser bem inclinada e bem estranha, mesmo, para formar uma situação como a descrita no mito - ou ao menos ainda não descobri uma configuração interna suficientemente boa para ela), então acho que absolutamente ele não conseguiria dizer que o que ele via antes eram projeções. Claro, ele talvez tentaria contar para os "colegas" que descobriu mais coisas, mas não poderia determinar que o mundo "anterior" era somente projeção (desculpe a repetição, mas deve ser mesmo a palavra ideal).
Acho que é razoável para o fim (direi "fim"; já li um artigo falando sobre "fim", "final" e da popularização deste último) que eles o matem no caso de ele dizer que as sombras estariam "subordinadas" ao objetos reais. Agora, se fosse anunciar que havia coisas além das sombras, acho que conseguiria libertar os outros homens.

10 setembro, 2007

imparcialidade religiosa

Acho que é muita injusta a seguinte situação (sem dois pontos!).
Se alguém comete um crime e depois faz uma declaração ateísta, então decerto foi a ausência de um deus no coração que levou a pessoa a cometer tal crime. Se faz uma declaração satanista, então foi o diabo que penetrou no corpo (às vezes é na alma... cuide-se) e a levou a cometer o crime. Se depois ela diz que se sente arrependida, ou que agora quer o perdão de seu deus, se "lembra" que ele está sempre presente, em todas as pessoas. E se não diz nada... oremos para as vítimas!

Enfim, estou dizendo que isso é injusto. Muito forçado. E o que não quero é ser injusto. Quem sabe elaborar alguns teoremas de decidibilidade (ou de impossibilidade), e caso não seja possível (ou melhor, não consiga), ao menos não elaborarei.

06 setembro, 2007

de orientais

É um grande absurdo dizer que pessoas de aparência oriental são iguais. E nada de "japa" aqui.
Cada pessoa é única, e é ignorância querer ditar igualdade.
Iguais são as pessoas que afirmam que "japonês é tudo igual".

03 setembro, 2007

objetivo

Pode ser o objetivo por ora, mas não há problema.
Eu quero, para mim, ser mais coeso, mais coerente, e descobrir novas coisas tendo como principal base o pensamento. E também me desenvolver para saber fazer implicações de modo correto, e também tentar precisar ou fixar, pelo menos um pouco, algumas palavras para que elas tenham um significado forte.
Quero compartilhar isso para que mais pessoas vejam essas descobertas e quem sabe ajudem o (este) desenvolvimento de alguma forma. E quero cultivar e incentivar o pensamento, e evitar a alienação e a automatização das pessoas.
São todos objetivos muito nobres. Eu espero fazer qualquer coisinha pequena que contribua para o sentido positivo nesses quesitos.
Ou ainda, com uma analogia bobinha, como elas geralmente são (em breve tentarei estudá-las), direi que pretendo fazer um terremoto, não importa quão fraco ele seja. Mas sim que se propague, nem que seja num olhar de uma pessoa que contribua para que outra não despreze certos aspectos discutíveis da existência, da lógica e da vida.

volta

Eu havia dito que pararia. Mas voltei. (Que frases! Mas deixemos os parêntesis para outra hora.)

O maior motivo é que quero de certa forma melhorar algo. Pra mim parece razoável que se pessoas tiverem acesso a alguns pensamentos novos elas poderão progredir um pouco. E também é importante (para a medição do efeito) que se interessem por esse tipo de atividade e assuntos e passem isso adiante, mediante medidas quaisquer, como simplesmente estar mais disposto a discutir algumas questões quando ouvir falar em um grupo, ou ao menos evitar desprezar dizendo que seria algo muito avançado, inútil ou que simplesmente não cabe (como é fácil fazer). Se ainda assim nem a presença de textos na web acabem trazendo mais por qualquer força desconhecida entre forças elétricas, pelo menos espero que eu tenha um conhecimento mais claro das coisas. (Falo "coisas" exageradamente. É meu natural, não sei fazer diferente. Espero que não consitua empecilho.)
Acho que meu interesse é pelos problemas humanos. Interesso-me (não me cobre o posicionamento pronominal correto todas as vezes) muito por questões de existência e dedução (por assim dizer). Espero penetrar nessas idéias, ou ao menos inventar algo coerente.

Escolhi recomeçar esse blog porque ele tem alguma história, ou seja, o leitor interessado pode procurar idéias relevantes em post passados, e também porque alguns poucos blogs têm links para cá e desejo mantê-los conectados na esperança de gerar algo positivo para alguém que acabe vindo parar aqui por esse meio.