26 outubro, 2008

da sujeira nas eleições em Porto Triste

Fogaça na frente nos votos, Fogaça na frente quanto à sujeira espalhada no chão das ruas. Sem punição, parece até uma relação direta.

PS: Dois dias após, na terça-feira, estava limpa quase toda a sujeira. Quem foi que recolheu eu não sei.

09 outubro, 2008

inconclusividades

Existem situações em que não se sabe como avaliar.
Tive um exemplo muito bom hoje que me motivou esse textinho. Mas como já se passaram umas dez horas, acabei esquecendo dele. Tenho um outro, não tão bom, porque ele é avaliável se melhor estudado.
A idéia é: se temos uma bola e uma pessoa disponível para atirá-la para cima, quão alto ela deve atirar a bola para que ela volte o mais rápido possível para o chão?
Bem, analisando o que sabemos, quanto mais alto, maior o caminho, portanto supostamente se demora mais. Por outro lado, quanto mais alto, maior a velocidade que a bola adquire quando está prestes a tocar o chão, de forma que supostamente seria mais rápido.
Essa é uma situação dessas. Uma situação dual. Como decidir? Se temos indicativos de duas previsões opostas, como trabalhar com elas? Acho que é uma pergunta sem resposta. Porque ninguém responde aqui.

02 outubro, 2008

passe livre e "passagem única"

Esse texto é sobre as passagens de ônibus urbanos em Porto Alegre (adaptável para outra metrópole); se devem ser de graça ou terem abatimentos conforme o número de viagens seguidas.

Há quem defenda o passe livre (há até um "símbolo": um boneco-palito chutando e quebrando uma catraca) para os ônibus; ou seja, passagens gratuitas.
Há um grande problema nessa coisa: alguém deve pagar os funcionários e os materiais (gasolina é consumida). Se realmente toda essa conta ficar para a prefeitura pagar, acredito que (tu concordarás que) será muito injusto; pessoas que usam pouco ou não usam teriam que pagar o mesmo (pelos impostos) que as que trafegam diariamente de ônibus. Estou certo de que seria um investimento muito desigual. Não seria, de forma alguma, justo. Se se tentar adotar um procedimento para medir o quanto uma pessoa precisa do ônibus acabamos caindo no mesmo sistema, que quem usa paga. (Que é o mais racional no caso.)
Haveria com certeza outros danos à sociedade se as pessoas não pagassem por viagem. Um deles é a possibilidade de desvio de dinheiro. Outra é o gasto excessivo: como estimar exatamente quantas pessoas viajam para pagar corretamente às empresas? (Ou a prefeitura vai estatizar as empresas de ônibus? Duvideodó!) As empresas poderiam "dar um jeitinho" de fingirem que têm mais passageiros e receberem mais pagamentos, ou inventar pouco desnecessárias, ou aumentar a freqüência dos ônibus. E não duvido que há mentes mais "sutis" que a minha para bolar estratagemas para arrendar dinheiro.
Isso são só os danos financeiros; provavelmente a prefeitura teria que pagar mais do que o necessário (e como vimos, investindo desigualmente nos cidadãos). A sociedade sofrerá com uma piora na qualidade do transporte público, porque os ônibus não terão interesse em exibir atrativos. Além do mais, servirão de apoio a vários crimes; se bobearmos (e sem dúvida nós bobeamos muitas vezes como cidadãos) haverá pessoas a fazer dos ônibus a sua casa, com uma possível conivência do motorista e do cobrador (que provavelmente serão mais carrancudos e menos educados, visto a menor necessidade de valorizar a sua empresa). É bem possível também que a frota de ônibus sofra reveses, que se façam menos manutenções. E, por fim, essa atitude de passe livre estimula o uso do ônibus quando uma caminhada seria muito mais saudável. Havreá muita gente pegando ônibus em ocasiões que não agiria assim se não fosse de graça. Se o ônibus for mais prático (dado a sua gratuidade), podemos esperar gastos futuros com tratamentos de saúde dessas pessoas. (Eu falo sério. Se tu não concordas, tudo bem, mas pensa no que escrevi. Mas se tu absolutamente não queres pensar, procura outra página.) E nisso contando um abaixamento de moral, já que se farão menos atividades ao ar livre.
Com todos esses argumentos, parece que implantar o passe livre para os ônibus seria desastroso, mais ou menos como vender a Petrobras a um grupo estrangeiro.

Quanto à passagem única, ela é uma promessa (espero que não o mote principal) de um candidato a prefeito em Porto Alegre. Consiste em a pessoa não pagar o segundo ônibus se pegar dois seguidamente (ouvi falar que são quarenta minutos de validade). Olha, isso na minha opinião não faz muito sentido de se implantar. Uma pessoa que use dois produtos deveria pagar pelos dois. Falo isso porque provavelmente isso acarretaria uma redução nas passagens pagas por uma viagem, e não é difícil de imaginar que as tarifas possam aumentar (o tal candidato afirma que não haverá. Mas, como já escrevi muitas vezes e gostaria que tu entendesses, palavras saindo de uma boca não são necessariamente verdadeiras.). De outra forma, parece que se ajudarmos as pessoas que têm que pegar dois ônibus, haverá um ônus para as outras. E, bem, acho que da mesma forma que não é correto toda a população custear os ônibus pelos impostos, acho que quem precisa só de um ônibus para se deslocar não deveria pagar quem precisa de dois.

Agora, uma coisa: muito melhor que os ônibus seriam bicicletas (e uma estrutura para isso), trens (esses intermunicipais) e metrô (urbano).