29 dezembro, 2008

Tempo perdido

Por muito tempo da minha vida perdi tempo da minha vida. Claro que ela ia passar de qualquer jeito, mas a gastei fazendo coisas improdutivas, infrutíferas. Gostei de coisas erradas (mas não de pessoas erradas, não muito). Tanto tempo perdido, que nunca será recuperado! Tantas vezes que optei por fazer o mais fácil, mas esse mais fácil não traria consequências além (deu de trema, agora). Agora vejo que muita coisa foi por ralo. E o que posso fazer agora? Bem, tentar fazer o oposto. Questiono-me se jogar Yu-Gi-Oh! é perda de tempo, se assistir CQC é perda de tempo. O que posso fazer agora? Como é a minha vida? Se eu bobear, ela pode passar a não ser.

Depois de ouvir e ver tanta merda, eu devia tomar melhores atitudes. Só escrever aqui não basta. Mas é tão difícil... mas eu sou tão teimoso e chato, que posso tentar executar, nem que seja pouco a pouco, embora me esforçarei para que seja muito a muito.
Normalmente não dura muito, eu logo caio às coisas banais. Bem feito para mim, coitado.

Uma pequena sugestão: ouça Los Hermanos às vezes, é bom.

E ainda lembro aquele verso do Legião Urbana, que me dava pesadelos enquanto eu estava acordado: "Que há pouco mais de vinte e quatro horas/Quase joguei minha vida inteira fora". A música é Só Por Hoje, a décima quarta do O Descobrimento Do Brasil.

Eu não descendo do macaco.

E fui criado pelo Deus Nosso Senhor Eterno Do Universo Dos Raios Megatons E Do Kame-Hame-Ha? Não!!!

Quero dizer que muitos críticos da teoria evolucionista não sabem direito com o estão lidando. Não entendo tudo de evolução, mas considero que entendo o bastante, ao menos acho isso porque tenho uma idéia clara do que seja.
Na verdade o que a evolução diz sobre os humanos não é que descendemos dos macacos. Ela diz que nós e os macacos temos ancestrais comuns (embora não tão antigos como os ancestrais comuns dos lagartos e de nós). Se esses ancestrais estivessem vivos, provavelmente seriam chamados de macacos, embora não fossem os macacos atuais nem os humanos atuais.

Alguém disse, numa palestra, segundo um livro de Richard Dawkins, que é um grande, talvez o maior, defensor do evolucionismo hoje, que as frases deveriam ter muitas vírgulas. Quer dizer, alguém disse que "Outro aspecto interessante da teoria da evolução é que todos pensam que a entendem!". (Frases semelhantes sobre a física quântica já foram ditas.) Eu não penso assim, acho que dá pra entender a idéia do processo da evolução. E esse pensamento meu corropora a frase dita por tal pessoa, naquele momento, citado em tal livro por tal autor.

Isso lembra uma frase dita por um certo professor de um tal de Giovani: "A filosofia é uma coisa tal que sem a qual o mundo continua tal e qual." Até que é engraçadinha. (Só para estragar o post, que até então, mereceria graves críticas por ser muito sério.)

uma metade

O que eu vejo como vermelho é o mesmo vermelho que você vê?
Trabalharei essa questão nesse post. De graça.

Primeiro, a gente chama de vermelho coisas com a mesma cor. Quer dizer, embora há certas confusões sobre se algo é marrom ou cinza, azul ou verde, chamamos (se você não for daltônico, ignore tal possibilidade) de vermelho uma cor tipo a do sangue.
Será que é a mesma sensação, perguntam os perguntadores. Acho que sim. O vermelho é basicamente um comprimento de onda da luz (o sangue absorve os outros comprimentos, por razões físicas ou químicas que não sei), e nossas instruções para entender os sinais externos (nos cromossomos, que ordenam a fabricação de proteínas e controle de substâncias) são parecidas, então acho que a sensação é parecida, assim como o estado de alarme em que entramos quando há algo estranho no ar é parecido.

Vamos escrever sobre o que sabemos? Ou sobre o que não sabemos?

uma das metades

Parece que algumas coisas se encaminham, outras não.
Estamos (somos) num certo universo, e digamos que seja o único, e podemos descrever as coisas ao nosso redor como trajeórias no espaço-tempo (ou no universo).
Mas o que é consciência? Falo isso porque sei porque milagre estamos vivos e fazemos coisas. Podemos até imaginar um mundo, como em uma simulação do computador, mas como que viemos parar aqui? Como que vim parar aqui? (Ou melhor, como existo aqui? Não queros sustentar nenhuma teoria de criação!)
Esse é um grande mistério!

Outro grande mistério é, além de eu existir, haver outras pessoas com outros pontos de vista! Como existem essas outras conexões cerebrais, como as pessoas percebem as coisas quando pensam?

27 dezembro, 2008

o paradoxo de Zenão

Exporei aqui o que considero estar errado no paradoxo "principal" (falo daquele do Aquiles e da tartaruga) do Zenão. Estou falando do motivo pelo qual o raciocínio do paradoxo, em que se conclui que Aquiles nunca alcança a tartaruga, é falacioso (e isso justifica a conclusão absurda).
O motivo é o seguinte: o tempo não passa o suficiente.
(Suponha que a tartaruga seja uma pedra, ou seja, que não se mexa. Podemos fazer isso pensando num sistema de coordenadas que se mova com a tartaruga. Ou invocando o conceito de velocidade relativa [todas são, na verdade...]. Essa consideração simplifica muito a frase seguinte.)
Aquiles está "sempre" atrás da tartaruga, mas esse "sempre" só se refere aos tempos permitidos no paradoxo, isto é, do início até o tempo em que Aquiles chega à metade do caminho, e desse último até mais metade do restante, depois mais metade do novo restante, o tempo em que ele executa tudo isso. (Escrevendo fica horrível.) De outra forma, se pela nossa previsão Aquiles chegaria na tartaruga em 10 segundos, o tempo em cada "passo" do paradoxo (isto é, completar a metade que falta, sendo que as metades mudam conforme o trajeto) nunca chegará a 10 segundos transcorridos. Assim, se não deixarmos o relógio passar 10 segundos, Aquiles não chegará na tartaruga.
Esse paradoxo mexe com o conceito de PG (progressão geométrica). Contudo, acho que mensurado dessa forma fica explicado o resultado esquisito da impotência de Aquiles perante a tartaruga.

Linha horizontal.

Vi uma página cheia de paradoxos. Alguns são interessantes, nem que para meditação. Escolha os seus preferidos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paradoxo.

26 dezembro, 2008

ciências exatas na literatura

Reparo que quase nenhum escritor brasileiro (falo isso pois li poucas obras estrangeiras) tem alguma intimidade com matemática nem por ciências afins. Dentre os personagens que declaram alguma relação com as ciências exatas, acho que a imensa declara não ter afinidade com elas (o que é parcialmente compreensível; eu nem consigo imaginar, para uma história, uma pessoa muito diferente de mim sem cair em algo muito bobo ou estereotipado), enquanto os poucos que conhecem essas "artes exatas" tendem a ser* personagens secundários, personagens a serem comentados mas sem fazer parte do miolo principal.
Quando a obra literária for confessional (no sentido de o principal personagem for explicitamente o escritor ou uma reencarnação dele, geralmente em primeira pessoa), quando há desconforto entre o personagem e as "artes exatas", este é expressado de uma forma estranha (para quem é um pouco mais versado), como se o falante tratasse números e retas como se fossem duma origem alienígena. Ou às vezes um "nunca entendi bem os logaritmos e os ângulos retos", dum jeito que acaba me convencendo que a tal pessoa realmente não tinha muita afinidade (e não montou um modelo mental favorável ao emprego dos termos matemáticos).

* Sentido usual.

18 dezembro, 2008

maleabilidade

Não tenho preconceito com judeus. Eu não sei nem diferenciá-los das outras pessoas, nem sei se realmente vi um pessoalmente. Isso me torna uma pessoa vacinada contra esse preconceito.
Tampouco sei identificar carros pelo nome, à exceção de alguns bem particulares. Desde criança, nunca me interessei muito por carros nem motos. Sempre evitei, depois que aprendi que pessoas julgam as outras pelo carro (ou, de alguma forma, conjecturam sobre questões financeiras do vizinho quando este troca de carro ou afirma "tá bem, heim!" quando alguém diz ter um caro carro), julgá-los dessa forma também. Acho que consegui isso; eu dificilmente lembro do carro de alguém, e nem reparo neles. Não quero perder tempo nenhum mesmo imaginando quem "subiu" ou "desceu" na vida.
É possível alguém tentar moldar-se, evitar ser certas coisas. Acho que dá mesmo para evitar certas atitudes que você considera defeitos, embora seja bem mais fácil mudar quando criança/jovem (quando ainda não se tem o "defeito") do que tentar consertá-lo conscientemente quando adulto, evitando as más atitudes.

Todo esse papo é em relação á pessoa mudar por conta própria. Para tentarmos mudar alguém (ou evitar que se crie uma característica) há, na minha opinião, mas dificuldades. O nosso acompanhamento é bem menor e nem sempre podemos confiar no outro (ou quem sabe a confiança se quebra, arriscando assim nosso esforço). Não vejo uma qualquer razão para que tentar moldar a si mesmo ser mais difícil do que moldar outra pessoa.

15 dezembro, 2008

do incentivo fiscal à compra de carros

Para amenizar os efeitos da crise, o nosso presidente (e várias outras pessoas envolvidas; o Lula não é o estado) achou bom cortar os impostos para venda de carros. Tudo para não quebrar as montadoras, evitar demissões, e também para motivar a compra de quem estava em dúvida.
O chato dessa iniciativa é que muito dinheiro foi investido (pois não será ganho em impostos) justamente em carros, veículos locomotores poluidores e engarrafadores. Falo isso porque já há um problema de superpopulação veicular no nosso país; mais carros nas ruas trarão mais problemas de engarrafamento. Pior ainda é que estamos em época (não sei se é uma ascensão permanente ou se é somente uma crista de onda) de uma maior consciência em relação ao meio ambiente, ao efeito estufa, ao aquecimento global. E então quando aperta a crise, os governos preferem esquecem o discurso anterior e passam a se preocupar só com a economia, ignorando os efeitos ambientais; sempre preferem não comentar (e não vi ninguém comentar nada nesse sentido).
Tudo isso para sermos (ao menos eu) levados à idéia de que só enganam a gente.

Seria muito melhor se houvesse um incentivo para outras coisas (não exatamente do tipo governo financiar ONG). Não sei exatamente o que, mas essa medida de favorecer compra de carros parece estar na contramão.

06 dezembro, 2008

Voando.

Hoje estou preparado, voando, pronto para o que der e vier!!
Infelizmente não sei como poderia utilizar toda essa energia, todo esse poder. Que tipo de atividade posso fazer em que eu vá utilizar toda essa potência, essa capacidade momentânea?

O que poderei fazer grandiosamente hoje? Estou confiante! O que quer que eu faça, hoje sairá maravilhosamente bem.