18 dezembro, 2009

Aumentos salariais absurdos

Os coronéis (e a maioria já é aposentada) conseguiram um aumento de salário para que os seus ganhos se equiparassem a tenentes e capitães, que estavam ganhando bastante por gratificações. E a mesma história para os juízes, que devem ganhar mais que os senadores, e para os senadores, que querem ganhar como um juiz, e os deputados, que ganham pouco comparados aos outros da classe, e por aí vai.
Eu reinvindico melhores serviços públicos por todos os impostos que pago (e olha que nem pago IR ainda), ou menores impostos, ou mais investimentos para se contrapor a todo esse gasto desnecessário com pessoal. (Isso sem falar nos assessores.)
E bem, continuamos aqui sendo roubados e maltratados.

16 dezembro, 2009

Defesa de ideias opostas

Tradicional é o pensamento de que as mulheres são o sexo frágil. Reparando que as mulheres geralmente são menorzinhas e mais leves, e com uma aparência mais convidativa e menos intimidadora (ao menos pra mim), isso parece razoável de ser dito.

Li numa revista que na Grécia Antiga chorar era coisa de homem; as mulheres deviam ser fortes e equilibradas. Olhando para a estabilidade de uma mulher em pé, na compacidade e firmeza da sua aparência, na ausência se um ponto fraco para golpes, faz todo o sentido que elas sejam mais equilibradas.

Moral: Dá pra concordar com qualquer coisa. (Mesmo o oposto dessa sentença.)

Há argumentos para ambas as ideias. Como reconhecer um argumento decisivo, definitivo para algo? Talvez nem seja possível que haja um argumento assim, já que as palavras mudam de significado com o tempo e o argumento se desvirtua.

Se não me engano (isto está mais pra lenda) também na Grécia Antiga havia os céticos. Um dele, sei lá o nome, uma vez deu uma palestra (provavelmente falou em praça pública) defendendo, com argumentos sólidos e coerentes, uma tese. Todo mundo aplaudiu e concordou. No outro dia, fez outro discurso apaixonante defendendo a tese oposta, com raciocícios e argumentos; todo mundo saiu dali convicto de que essa nova tese era verdadeira.

03 dezembro, 2009

Oportunidade perdida

Ouvi uma história de uma entrevista com o Richard Dawkins. Perguntado sobre o que faria se estivesse errado e encontrasse deus quando morresse, ele disse: "Pô, Deus, muito pouca evidência" (parafraseação livre). Algo parecido já foi pedido a Bertrand Russell (e ele respondeu algo semelhante).
Dawkins perdeu a chance de dizer "Não imagino como poderia falar depois de morto". Ressaltaria em muito o que ele defende.
A gente sempre perde a chance de dizer na hora. Só depois do diálogo a gente pensa em uma resposta genial.