24 abril, 2010

dinheiro

Dizem que o dinheiro sompra tudo, e que por isso ele seria a coisa mais valiosa do mundo. Eu penso o contrário; como você pode obter dinheiro vendendo qualquer coisa, o dinheiro é o objeto menos valioso do mundo.

23 abril, 2010

Papai Noel

Nem a inexistência do Papai Noel pode ser provada.

(E se você começar dizendo que o Papai Noel foi uma criação do homem... hum, isso me lembra outra coisa que às vezes me desafiam a provar que não existe.)

(Tenho quase certeza que inventaram o Papai Noel só pra controlar as crianças e Deus pra controlar os adultos.)

súbita consciência

Depois que meu professor disse que os filmes em que aparecem astronautas flutuando numa sala são feitos num avião em queda (faz sentido mas é demorado pra perceber), comecei a pensar o quando de petróleo é gasto e o quanto se polui para fazer o avião subir e descer, sem falar na emissão de dióxido de carbono (e outro gases talvez piores).

E pior ainda foi o monte de areia trazido pra Bienal do Mercosul (uma exposição de artes "modernas"). Supostamente para nos fazer pensar, colaborou em muito para o assoreamento de algum rio por aí. Mais palmas para o artista...

18 abril, 2010

omissão da prefeitura de Porto Alegre

Discutindo sobre os dois jovens que recentemente morreram em acidentes em Porto Alegre (um eletrocutado numa grade numa parada de ônibus, outro em um buraco mal tapado do asfalto), não consegui expressar muito bem minha opinião sobre como a prefeitura tem responsabilidade pela omissão.
Achei tão bem escrito, claro e contundente (no Zero Hora, por Rosane de Oliveira), que vou ter que copiar: "A gestão, como um todo, sim, icluindo o ex-prefeito José Fogaça, por ter sido complacente com a incompetência dos seus secretários. Por trás das duas mortes, está a cultura da má qualidade dos serviços públicos, reclamada pelos contribuintes da Capital e tratada na prefeitura como se toda crítica fosse implicância de opositores."

03 abril, 2010

Um minúsculo fracasso pessoal

Acho legal motivar as pessoas quanto à show-de-bolice da matemática e da ciência. Perdi uma bela chance no ônibus, quando uma garota (de 13 anos, digamos) pediu a sua mãe (ou não mãe) porque se formava um arco-íris no chafariz. Eu deveria saber, eu poderia saber, eu estudei óptica, mas não, não lembrei, até agora não descobri e vou ter que pedir pros meus amigos mais físicos.

comparações

Um recurso muito usado pelos homens públicos, ou como queira chamar essas pessoas que são entrevistadas e cujos julgamentos os jornais transcrevem, é a comparação. (O presidente Lula, por exemplo, faz isso direto.) Compara-se um caso de polícia aos pássaros, uma negociação com um fogão de quatro bocas, e assim vai.

O que se pode dizer sobre elas: que elas não provam nada, mas é um pouco pior: exatamente por não provar (na verdade podíamos pensar somente em "indicar", ou "sugerir", termos mais adequados para a vida pública), têm o mesmo defeito da falácia: indica que é certo quando não é (necessariamente). Basicamente, induzem ao erro e enganam.

A comparação deveria servir para explicar a situação em termos mais "populares", mas quando há uma forte opinião encrustada na comparação ela não tem esse objetivo.

(Bem, na verdade as palavras são justamente para defender o que pensamos, de modo que fica ruim acusar alguém. Mas por outro lado, se eu matar alguém para meu interesse próprio, quem pode dizer que não? E se eu mentir?)