17 junho, 2010

Discussões limpas e honestas

Usei, dois posts abaixo, um recurso que acho que não deve ser usado em raciocínios.
Canso facilmente quando alguém afirma que a sustentação do seu argumento é "é assim, eu sei" ou "porque as coisas são assim". Não!
Acho que para defender nossos pontos de vista não devemos usar nenhum truque sujo, nada mesmo. O que for errado pode ser descartado, o correto pode continuar na corrente (pensando aqui um pouco em como se faz ciência atualmente). Ou pelo menos podemos discutir as ideias só pelo que elas dizem (é meio difícil porque sempre é uma pessoa a escrevê-la ou dizê-ma, mas tentemos, não é porque há dificuldades que vamos nos acanhar e deixar de tentar!), e não por quem está falando e principalmente pela certeza que a pessoa transparece ter (ou finge ter).
Canso quando vejo as pessoas defendendo suas ideias como se tudo que tivesse a ser feito seria expandi-la e explicá-la para os outros. Penso que na nossa linguagem (e na nossa expressão, caso você também possa fazer caretas à pessoa) devemos deixar claro que estamos prontos para receber novas ideias (e com elas melhorar nosso pensamento). (Ao menos se você também está a fim de se melhorar. Sempre defendo aqui uma postura humilde. Mas darei ao leitor um voto de confiança; ele não deve visitar meu blog para procurar eventuais erros de português.) Então, nada de querer favorecer nossas ideias: jogo limpo. E assim subimos a torre.

Esquecer é foda

Um existente tem subtraído muitos posts deste blog (e dos seus colegas). É o esquecimento.
Está realmente braba a situação. Perco muitas ideias (tidas no ônibus, na saída do prédio, durante uma refeição) por simplesmente esquecê-las ao mudar de posição corporal. Resolvi sair sempre acompanhado de uma caneta pendurada ao peito. Fiz várias anotações na mão (comecei hoje). Mas ao primeiro deslize, a primeira ideia que pensei conseguir sustentar até o próximo momento num computador, perdi uma ideia que parecia legal (era simples, não mudava o mundo, mas eu ia escrever certo!).
Frustração total. Portanto, meu plano é não me separar da caneta e da pele e escrever, imediatamente, o que for provocante.

Este post é em homenagem a todas ideias perdidas de todos os pensadores que não as anotaram.

16 junho, 2010

generalidade do bom tratamento

Quero lembrar aqui: o seu caráter não depende do quão legal e cortês você é com seus amigos e com aqueles que quer bem (e principalmente por aqueles que podem te oferecer alguma coisa). As pessoas que mais respeito (mesmo que de longe) são aquelas que não desprezam as outras, que reconhecem todas como humanas e dignas dos seus direitos.

Depende de bem mais coisas... mas queria ressaltar esse ponto.

14 junho, 2010

Alterando sua imagem

Supreendi-me virando na mão uma revista que carregava para que uma outra pessoa pudesse ver a capa (com a intenção de impressioná-la, ou ao menos mostrar que eu lia algo interessante).
Às vezes (início de frase típico de texto conciliador) temos vontade de mostrar uma melhor parte de nós, e esconder algumas outras características. Isso, de certa forma, também seria mentir ou enganar, já que moldamos nossa imagem para que algumas atitudes apareçam com maior frequência do que realmente ocorrem.
O curioso é que se simplesmente deixássemos que nos vissem como fôssemos (o que não é algo que se consiga aplicar de um dia para o outro), apareceríamos tanto nos melhores momentos como naqueles dos quais não nos orgulhamos muito (não que precisemos tirar fotos sentados na privada, mas sim que nem sempre somos fodões). E bem, até onde sei, ou ao menos suspeito, todo mundo tem seus piores e melhores momentos. Deveríamos aceitar os piores momentos dos outros como sendo humanos, não são motivo para os julgarmos inferiores ou imerecedores de amor.
O chato é que a estratégia completamente honesta (de não tentar se exibir quando você fizer as dez mil embaixadinhas), adotada por uma única pessoa, faria com que ela ficasse completamente desfavorecida! Quer dizer, uma pessoa em igualdade de condições (de certa forma, lutamos uns com os outros: não cabem infinitos humanos no planeta) com aqueles que parecem sempre os agentes, bonitões e sabe-tudos. (Na verdade, no livro O Gene Egoísta, aparece essa ideia de EEE, estratégia evolutivamente estável.) Não só aqui, mas o chato de se esforçar pra tentar melhorar alguma coisa é que há um monte de egoístas e sanguessugas (ou melhor, seres tendo esse comportamento!!) para tirar vantagem.

02 junho, 2010

Deus e o DCE

As pessoas se convencem da existência de Deus (aqui a sequência de caracteres 'Deus' significa o deus cristão, seja lá qual for) porque elas oram e conseguem obter o que querer "através dele". Na verdade, isso faz com que tenham certeza de que esse tal Deus existe, é real e age na vida das pessoas.
Quando chega a época de eleições para o DCE (que acontece todo ano, o que pra mim é exagero), a chapa situação sempre afirma que através das suas lutas, movimentos e protestos (você!: note os três elementos!) houve melhorias para os alunos. Peguemos o exemplo da ampliação do Restaurante Universitário, RU.
É muito curioso. Porque o DCE enche tanto o saco, e em algum momento é aprovado que o RU deve ser ampliado (e era realmente necessário), que eles clamam serem os responsáveis pela decisão da universidade.
Com o que os cristãos pedem a Deus é a mesma coisa. Pedem por algo, mas ao mesmo tempo vão atrás do seu objetivo. Quando alcançado, glórias, glórias ao Senhor (i.e., Deus).

Isso pra mim soa como cegueira e ignorância voluntárias, tanto que paro de escrever.