18 agosto, 2010

Defesa de ideias

Na Grécia Antiga, aquela que eu adorava quando criança, os filósofos/cientistas/pensadores/tudo tinham suas ideias sobre a composição do universo concluídas por meros pensamento e imaginação (e um pouco de concordância com o mundo externo) e as defendiam como se fossem advogados muito bem pagos delas. Mais importante que aprender ou descobrir o correto [não literalmente, mas sim no sentido de entender de verdade, ter um modelo melhor do que acontece] era defender e repetir a sua ideia.

Isso continua ocorrendo a fu (ou afu). As pessoas fazem isso toda hora. Parece que não era uma mania dos tal gregos (da forma como aprendemos), e sim característica dos humanos vivendo em sociedade, ou seja, os humanos, já que somos animais que geralmente vivem em sociedade.

Por que escrevo isto? Porque estamos em época de eleição, e não conheço melhor exemplo de como algumas pessoas de apegam a seus partidos e seus candidatos, matraqueando sem saber direito quem são. Defende-se e acusa-se pessoas pelas suas coligações e partidos, e não por muitas outras razões. Feita a escolha, investe-se nela, sem querer saber de mais nada.

Outro exemplo (talvez o segundo melhor) é o da paixão por clubes esportivos. Nesse caso, ok, ninguém deveria repensar seu time porque ele só está perdendo, mas há uma irracional briga com as torcidas de outros times, em que duas pessoas se opõe por torcerem para times diferentes.

Um terceiro exemplo, que agora me parece merecer mais que o terceiro melhor, é o das pessoas defendendo suas crenças religiosas ou patrióticas. É aquilo e acabou, agora vamos espetar os outros com nossas lanças.

Acho relevante o motivo pelo qual se passou a se acreditar em alguma coisa. Não acho uma boa atitude tentar convencer uma pessoa discordante através de qualquer meio. Está certo que esta frase é uma opinião, mas para mim os jeitos "legítimos" para convencer alguém é a argumentação, com base em experiências, lógica e observação. Meios como a repetição, a música ou a hipnose não são "válidos". [Infelizmente, essa minha opinião, de que não vale tudo para advogar suas ideias e pensamentos, é minoritária.]

Penso que devemos usar somente dos meios "legítimos". O principal motivo é que uma pessoa poderia ser facilmente convencida de coisas contraditórias se qualquer meio pudesse ser usado. Porque aí você não teria armas para se defender de ataques irracionais, ou de outras pessoas tentando convencer a pessoa com quem você conversou da ideia oposta.

(Para terminar com efeito:) Se tudo vale, nada tem valor.

15 agosto, 2010

O causar e o sentir

Em algumas canções, destacadamente dos meus gêneros musicais desfavoritos, exalta-se a capacidade de provocar sensações fortes em um potente, atual ou antigo parceiro sexual como uma qualidade.
Penso, pelo contrário, que é de uma grandeza muito maior para a experiência de envolvimento afetivo o quanto a própria pessoa sentiu, o que ela mesma passou e pensou sobre um relacionamento.

09 agosto, 2010

Os adventistas nas ciências

Depois de constatar, ou ter uma impressão falsa de, que há alguns adventistas que conheço estudando geologia. Bem, isso já dá exemplo de futuros cientistas que já têm (esse acento caiu?) uma agenda definida em respeito à religião. Como agora avaliarei uma publicação científica sabendo que havia uma certa busca por tal resultado? Como aceitar evidências de uma terra jovem de alguém que aprendeu e aceitou isso como dogma desde jovem?
E esse Michael Behe, por exemplo? Não sei, pra mim parece que há uns infiltrados fazendo falcatruas, defendendo seus dogmas acima das opiniões que deveriam ser cientificamente honestas.

(Esta postagem pode me transformar em saco de pancada. Ao menos os geólogos examinarão a areia.)

03 agosto, 2010

O mago que (não) programava

Olhando os poderes dos magos e feiticeiros da ficção (não me atrevo a fazer semelhante afirmação para os reais), vejo que eles têm muitos poderes. Mas nenhum deles é capaz de programar (talvez um golem com ordens bem simples). O mesmo se diz dos deuses. Exceto quando se diz que eles podem tudo, nunca a sua capacidade de programação é levada em consideração.
E programar é útil. Não estou defendendo os avanços da tecnologia, mas não estaríamos na situação atual (aqui aquelas considerações sobre futuros alternativos) se não fôssemos capazes de programar máquinas. Há um ponto interessante sobre como o DNA nos programa. (Isso está na contramão do que a maioria das pessoas pensa. Na verdade, sinto-me considerado na contramão do senso comum, geralmente para o sentido primitivo e científico.) Tão importante quanto a "veracidade" do fato, é a ideia. Sim, eu gosto de ideias.

O título ilustra como não usar parêntesis. Do jeito que está, só dá um enfoque na palavra 'não', mostrando o contraste entre o significado com sua presença e com sua ausência. Não dá a noção de informação extra, ou de "inserção", conforme o seu original grego.
Claro, cada um faz como .quiser
&qualquer coisa para chamar a atenção para si$