20 setembro, 2008

entendimento da hora da morte

Cada pessoa tem a sua forma particular de ver as coisas, ou melhor, para cada pessoa e para cada assunto há uma forma de entendimento própria, mesmo que geralmente não tão clara. Por exemplo, eu não sei muito bem o que é função contínua, já que se ela não for derivável ela pode ser bem estranha; não consigo afirmar direito quais seriam as suas regularidades, o quão estranha que ela poderá ser. Da mesma forma, um pouco do meu senso do que era complementar cai quando sei que o conjunto de Cantor (que é compacto) C não é enumerável, enquanto qualquer aberto, em especial o complementar de C no intervalo [0,1], pode ser escrito como reunião disjunta de uma família enumerável de intervalos. (Como se num código de barras houvesse muito mais barras pretas do que brancas. Entende?)
Chamou-me a atenção em um diálogo em que se comentava a morte de um pedreiro quando ele caiu da construção (atrapalhando o sábado?). Segundo essas pessoas (duas, uma minha avó paterna), quando chega a hora não adianta. É realmente curioso para mim que a maioria das pessoas, ao menos é o que parece, pense assim. Acho que esse exemplo, inclusive, mostraria o contrário, um homem que superou o que seria a morte determinada (por doença, em algum tempo futuro) morrendo antes. Sabe, essa experiência não me passa a mensagem de que as pessoas não podem escapar quando chega a hora, mas sim que é possível morrer a qualquer hora!
Incrível!

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