30 agosto, 2008

enquanto isso...

Enquanto isso, ouve-se comentar de quem não apoiará mais o partido da outra vez; o emprego cedido pelo apoio não agradou, trabalhar com "negrada" não era o que ela queria, um servicinho de simples presença na prefeitura seria melhor. Então, quem dará emprego a essa pessoa merecendo assim o voto e o apoio político dessa família? Pois é, já não é mais o Conzatti...
(Quem lê isso?)
Não há mais caráter como antigamente, ou esse só se encontra em pessoas isoladas e em momentos isolados? Estou mais para a segunda opção.

Como dizia aquela música dos Secos & Molhados, não há a menor possibilidade de viver com essa agente. Nem com nenhuma agente. (Para que não fiques com uma informação errada, leitor, te aviso que troquei algumas letras da música original.)

15 agosto, 2008

Primeiro corredor: Significado de letras e palavras

Uma coisa que acho importante e da qual estou um tanto convencido é o fato de as palavras que dizemos serem aleatórias. No sentido de que qualquer um pode formar qualquer frase. Ora, isso traz grandes entraves à tentativa de estabelecer algo que seja verdadeiro - o verdadeiro seria expremível? Se sim, em todas as línguas humanas?
É uma questão pertinente, eu diria. Acho que as palavras não têm muito significado além dos indícios que elas dão; a pessoa que ouve entende algo (falo inclusive das frases como 'Tem alguém sentado aqui?') e é essa a comunicação existente.
Acho que não faz sentido definir algo absoluto do qual as palavras tentam se aproximar; talvez por essa falta de definição esse algo absoluto não exista. Em outra forma, o que há são as diferenças, não o absoluto (o "potencial").
Sem palavras, é difícil estabelecer alguma verdade. Podemos arriscar-nos aos símbolos, 'a=a sempre', mas aí o que significa sempre? O mesmo que always ou tunstuns? Como podemos nos apegar mesmo aos símbolos? Pode-se pensar que são absolutos, que o '=' remete a uma idéia existente e sem enganos, mas isso também parece vir da um pedaço da razão humana. E a razão humana é irracional ou racional?
Acho que qualquer frase pode ser escrita e dita. Inclusive, por um processo aleatório, se deixarmos letras sendo escritas de modo randômico por um tempo suficientemente grande, escreveremos qualquer combinação de símbolos "em quase todo caso". Assim, como dizer o que há sentido, e o que tem veracidade? Sério, é complicado.
Se pensarmos que as palavras servem para comunicação e, a bem dizer, elas cumprem esse papel, talvez não haja nada para falar-lhes mal. Alguns gestos também têm essa finalidade, e não se esperam sentenças definitivas deles.

Segundo corredor: Conceitos e conjuntos

Vamos falar agora de conceitos e conjuntos.
Em alguns textos (os quais não compreendo muito bem) aparecem nomes "de filosofia". Com esse nome quero abrigar palavras como "ontológico" (talvez não seja um nome pelas regras do português, mas não importa). Acredito que esses nomes devam ter a sua importância, que é agrupar algumas coisas por um nome que as lembre.
Para ser conjunto é preciso que definamos os elementos ou que saibamos identificar se algum objeto pertence ao conjunto? Parece bobo, mas é um tanto complexo (ao menos para a minha cabeça).
Podemos ter um conjunto sem definirmos um elemento? Esse seria o caso dos argumentos no mundo que são ditos ontológicos. Acho que não teríamos como definir (nem com essa nem com outra palavra; aliás tive o azar de escolher justo uma que absolutamente não conheço o significado), mas que, dado um argumento, poderíamos dizer se ele é ontológico ou não.
Podemos ter um conjunto em que não saibamos dizer se um objeto pertence ao conjunto? Não me ocorre aqui nenhum exemplo matemático (eles são bons porque são exatos e existem em um sentido suficientemente forte). Havia o caso dos primos, de como descobrir quem era primo (e pertencia ao conjunto dos primos [e primos tem um significado definido no contexto dos números inteiros, é o conjunto dos inteiros com dois divisores positivos]). Havia jeitos de descobrir mas o procedimento duraria muito mais do que a "vida do universo" para primos suficientemente grandes. E aí, seria decifrável se um número é primo ou não? O problemão desse exemplo é que em 2003 uns indianos descobriram um método que determina a primalidade rapidamente (diz-se que em tempo polinomial, e não no tempo exponencial dos outros métodos, que cresciam muito rápido mesmo; maiores informações, pesquise). Mas considere-se anterior a esse período e faça-se essa pergunta: podemos dizer se um número é primo se demora tanto pra saber com qualquer ferramenta que usarmos? (Aqui entra uma questão muito interessante, sem dúvida: será que todos os problemas são resolvíveis depois de um tempo? Talvez os teoremas de Gödel falem sobre isso; eu nunca os compreendi muito bem.)
Pense nisso antes de dormir! Alguma luz, me avise!

Terceiro corredor: Aleatoridade

Pense também em o que é um acontecimento aleatório. Pergunto se pode haver um modo de obter algo aleatório.
Quando jogamos par-ou-ímpar, fazemos algo aleatório? Aqui acho que não; acho que acabamos nos decidindo, mesmo que sem perceber. Tanto é assim que eu sempre ponho 1 ou 2. (Oh, revelei minha tática...)
Mais difícil é pensar se o computador pode gerar um número aleatório. O que é isso pra ele? Afinal, ele tem uns bits exatos, umas partes magnetizadas e outras não. Quando se gera o aleatório? Dois computadores gêmeos, em que sempre se fez exatamente a mesma coisa (mesmas digitações e mesma travessia do ratinho ao mesmo tempo) darão a mesma resposta quando pedirmos (digamos que para embaralhar as cartas de um jogo) para obter um resultado "aleatório"? Eu realmente não sei, não sei nem o que deveríamos esperar. Na verdade os dois computadores não serão iguais, acho que cada placa tem um número único, mas não sei o que influencia. Mas então, se fabricarmos ambas peças com o mesmo "código do fabricante", o que vai acontecer? Não tenho idéia mesmo. Nem dois computadores tratados tão simetricamente para testar.
Mas oh, aleatório, daonde vens? Há mais aleatórios entre o céu e a terra do que pensa a nossa filosofia?

Quarto corredor: Arbitrária e suficientemente grandes

Agora um post um pouco mais burocrático: ele vai explicar algumas coisas que escrevo. Principalmente o que está no título.
Arbitrariamente grande e suficientemente grande são conceitos que eu chamaria matemáticos, por envolverem ordem. Abreviaremos eles por comodidade. Aliás, eles foram as palavras que, quando comecei a abreviar, vi a importância disso (senão não conseguia acompanhar a aula, ou às vezes a mão não seguia o pensamento). Palmas para elas. (Na verdade ficou feio em letra de computador, por isso não abreviei.)
Dizer que há coisas arbitrariamente grandes, ou exigirmos que sejam assim, significa que para qualquer objeto semelhante, há um melhor, maior ou mais grande (o que se encaixar). Pegando um exemplo matemático, há números pares arbitrariamente grandes; pra qualquer número dado, pode-se achar um maior que seja par.
No caso de algo ser suficientemente grande, exigimos que, a partir de um momento ou de um nível, o que se encaixar melhor, todos cumprem aquilo. Assim, os números suficientemente grandes, ou bastante grandes, são positivos.
Pode parecer abstrato, mas o que queremos dizer com 'Há sempre alguém melhor do que você' é que há pessoas arbitrariamente boas (essas palavras escritas assim não parecem o que eu quis dizer, para quem só observa essa frase). Já frisei aqui que muitos gostam de dizer que "é só fazer isso para conseguir aquilo"; todos esses são exemplos de suficiência, de bastância, por assim dizer. Diz-se que cada um tem seu preço; então para ofertas suficientemente grandes se pode subornar uma pessoa.
E os corredores... são os corredores de um revezamento quatro por quatro, que chega ao fim agora.

03 agosto, 2008

Caso Dantas

O Dantas foi para os Jogos Olímpicos e perdeu?
Ou o Dantas perdeu para os Jogos Olímpicos e se foi?