06 setembro, 2009

Cumprimentos impessoais

Às vezes o poder de dirigir uma máquina grande sobre à cabeça das pessoas, e elas passam a ter preguiça de usar a voz para se comunicar com os amigosç. Preferem simplesmente dar uma buzinada impessoal para mostrar que estão ali, tanto como um aceno como um convite.

Na tentativa de sermos agradáveis e simpáticos sem perda de tempo, apelamos para os "tchau-tchau"s e para os automáticos "Tudo bem?", que nada significam. Está difícil gastarmos tempo para conversar de verdade com um irmão. Despachamos rapidamente.

A maneira de abraçar das pessoas está mudando ou estou me relacionando com outras pessoas. Mas agora a gente não aperta mais o tronco da outra pessoa num abraço; nem mais o envolve. O "abraço" da moda é dar um beijo na bochecha e despachar. Sem mais toques. Não estou gostando: prefiro abraçar a pessoa, cada uma segundo o envolvimento que tenho com ela. E se for o caso, nem abraçar, em vez de manter distância e oferecer a bochecha. (Nesse caso, cada um tem a sua opção de pessoalidade, envolvimento e do quanto tocar. Eu que prefiro ter alguma escala.)

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