10 dezembro, 2007

de novelas e desenhos animados

Nota: Foi para as cucuias o critério de usar aspas simples. Isso por enquanto.

Ultimamente, pelo quanto sou forçado a acompanhar, as novelas (da Globo) estão tomando o lugar dos desenhos animados como "palco" da vida de seres fantásticos, que usam seus poderes especiais para interferir no mundo (não que se pudesse interferir em outra coisa, mas acho que deu para entender), e estão sujeitos a intrigas e muitos outros jogos e ombinações que fazem com que não seja uma mera luta direta com a vitória do mais forte.
O bom das novelas vem do mal da maioria dos desenhos animados; com humanos não há repetição de frames, nem recolagens (apesar de eu ouvir falar de novelas que reprisam bastante o dia anterior, mas sei pouco disso). Seriam as novelas evolução, então, dos desenhos animados? Mesmo considerando somente as histórias com heóis de poderes sobre-humanos, acho que a resposta é um claro, para não dizer estrondoso, não.
Evolução de produtos parece um conceito feito para promover o consumo (é, as tecnologias evoluem). Dependendo de como se quiser ver evolução, os desenhos animados "evoluíram"; uma vez todos os frames eram desenhados; depois (parece que Anna e Barbera, os criadores de Tom & Jerry, foram os pioneiros - pelo que li uma vez numa crônica de Diogo Mainardi) passou-se a aproveitar os frames, com só a boca se mexendo, por exemplo. (A crônica também lamentava a riqueza perdida com os desenhos repetidos; eu acho que concordo que é danoso (ah, é bom dizer que esse modo de produzir animações prevaleceu porque reduzia muito o custo da sua produção). Daí, se entrar e sair de um estado são evoluções, eu não saberia o que dizer.
Percebe-se o que eu quis dizer? Se não, digo: seria absurdo tachar essas duas mudanças de evoluções. Não sei citar nenhuma evolução real, mas minha mente tem uma idéia das características que esse conceito deveria apresentar, de modo que existe um julgamento capaz de reconhecer quando aplicar um nome a um objeto (isso para mim). Há pessoas que não crêem muito nisso; pelo menos é o que percebo através de alguns questionamentos e idéias. O que eu quis dizer seria mais ou menos claro se fosse sentido por alguém. Não me parece difícil estender isso para outra pessoa. (E veja que esse "isso" se refere a algo bem diferente do que o último "nisso" se referia.)

Acabei reparando que os diretores não têm medo de mostrar homens saindo da água sem camisa. Essa imagem me é tão familiar; de repente parece que aparecia em todas as novelas que eu vi.
Mas pior mesmo que isso é o sexo exacerbado que se vê na televisão. É tão chato ver na tevê pedaços de alguém nu, ou com roupas íntimas. Fora todos os agarramentos que aparecem toda a hora. Dá até vergonha de estar.
E existe ainda a "banheira do Gugu". Acho então que não existe evolução na televisão; se as pessoas são as mesmas, é difícil de haver algo novo. E algo novo é algo muito especial.

(Ficou ruim este post feito em dois momentos. [Isso não faz parte do post.])

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