16 fevereiro, 2008

de instrução e de modelos

Pode até ser confortável, ou ao menos parece que dá pra humilhar a pessoa que se quer humilhar, mas não acho que realmente a instrução salvaria pessoas. Como assim? Explico: Mesmo pessoas com bastante instrução, maior que Ensino Superior, por exemplo, não sabem diferenciar (há um sentido matemático para isso, mas esqueça-o...) totalmente coisas que muitos achariam óbvias. E que por isso alguns (maliciosa e erroneamente) dizer que a pessoa é muito estudada e não sabe das coisas. (Coisa que não acho correta, como eu gostaria que ficasse claro no post.)
Enfim, vamos não tentar usar esse tipo frase. Ela não é um argumento.
O que se aprende é que não se deve esperar tanto de uma pessoa só pelos seus diplomas. Assim como também não pelo cargo que ocupa, pelo salário, qualquer coisa assim. (Engraçado; aqui as pessoas que dizem que nem tudo é exato se contradizem bastante. [Explicação depois.])

Um certo caso é de uma pessoa que parece não compreender que podemos medir algumas coisas. Até parece pensamento de uma pessoa sem muita instrução, mas simplesmente deixar de pensar nos valores de uma aposta (do tipo "jogo do bicho", ou Mega-Sena) e interpretar simplesmente que "quando ganha é um monte de dinheiro" é um pensamento que ocorre também em pessoas estudadas. Achei que ficaria mais evidente quando houvesse uma chance razoável de ganhar. Um exemplo de uma coisa que tentei (fracamente) combater: apostar para ganhar um prêmio 150 vezes maior em cada 200 apostas. (Os números estão longe de serem exatos.) Mas por parível que increça, o desconhecimento desse modo de pensar (são modelos, veja!) atinge muitas pessoas.
Penso de forma bem parecida quanto aos seguros. Mas bem, alguns não compreenderam que podemos modelar situações.

As pessoas que mais tendem a julgar (ao menos é o que acho, eu que acredito que há formas de medir e mensurar de forma a obedecer alguns critérios) antecipadamente (o que seria uma manifestação além de fatalista um pouco preconceituosa) são justo aquelas que quando você propõe que se pode modelar (matematicamente, pois nunca vi outra forma de modelar) um problema ou situação vêm com aquela de que nem tudo é exato e de que nem sempre dois mais dois são quatro. (Claro que dois mais dois são quatro. Mas isso não significa que é o mesmo ter duas vezes gêmeos e ter uma vez quadrigêmeos. [Se você acerta nas implicações e conseqüências, tende a errar menos nos fatos.])
Também são essas (no sentido de que: é mais fácil encontrar esse segundo traço numa pessoa que apresente o primeiro do que numa que não apresente) que refutam os modelos, e parecem não querer que seja estabelecido nenhum tipo de conhecimento. Verdade que até agora os modelos têm dado certo e se mostrado bons para previsões; considere como exemplo a física clássica.

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