09 abril, 2011

Comentários faceiros e críticos sobre a tragédia no Rio e suas consequências.

Falo sobre o tal rapaz (que se chama Wellington) que matou algumas crianças numa escola do Rio de Janeiro. Na verdade, sinto (como se fosse pelo coração) que um acontecimento assim não é uma tragédia. Tragédia pra mim é um desastre natural (como os desabamentos anuais naquele mesmo estado), ou uma morte em massa como na queda de um avião fora da ilha de Lost (podendo ser por erro humano). O que ocorreu lá talvez pudesse ser melhor denominado chacina. Como dizem meus amigos mais ligados á Física, mas whatever.

Esperando assistir um episódio de Bob Esponja (o qual um amigo meu acreditava fazer mal às crianças por ser deixado no limbo entre masculino e feminino [discordo!]), assisti um pouco da cobertura ao vivo no dia. Descobri que, na visão da jornalista, era surpreendente os pais esperarem ansiosos na rua da escola.

Também soube que na escola havia 17 salas e 2 turnos para 1230 alunos. Isso significa que há em média 35 alunos por turma. Deve ser por isso que cariocas têm dificuldade em lidar com frações (o que fica saliente quando se fala de pizza com alguns). [Claro que a generalização serve a um propósito cômico.]

Comentaram que se tratava de um crime americano (entenda estaduniense, pois americano também sou), que não era a característica do nosso país. Falaram cedo demais. Outro maníaco resolveu brincar de GTA num shopping, suicidando-se em seguida, provavelmente motivado pelo colega Wellington.

O que mais me chamou a atenção no episódio foi a sua carta de despedida. Procure você mesmo na internet, não gosto muito de links. Vale a pena conferir. Na primeira parte, pede biblicamente (não pelo conteúdo, é pelo estilo!) como quer que seu corpo seja tratado após sua morte. Detalhe para sua distinção entre puros e impuros, e para sua crença na volta de Jesus (que então ia perdoá-lo). Repare que ele não é muçulmano, mas sim cristão (não creio que um representante da sua igreja tenha coragem de se manifestar, se é que ele congregava em alguma). Na segunda parte, pede para que sua casa vire um abrigo de animais abandonados. Se fosse um mártir quje tivesse feito um sacrifício em prol de alguma causa, até seria um legado bonito. Detalhíssimo que ele usa um 'da qual' corretamente na carta (mas usa crase antes da palavra 'uma'). (Sempre é bom recordar a fala da Ana Maria Braga, a mais marcante antes da omeleta com a presidenta: "Eu recomendíssimo".)

[Observação: O maníaco do shopping é holandês. Falha minha.]
[Observação: Errei em um segundo ponto: a religião do Wellington. Parece que ele uma ex-testemunha de Jeová convertido ao islamismo. Veja minha fonte.]

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