02 abril, 2011

de algumas expressões populares

Não é muito claro o motivo de ter que ir contra aquilo que se pensar estar errado ou trazer males. Quer dizer, o argumento da neutralidade sempre parece não delicioso, mas palatável. Por que se envolver quando podemos simplesmente respeitar e conviver? Esta é uma questão muito séria. E é um problema (no mais exato sentido) para a criação de textos neste blog. Mas deixemos isso para lá; vamos somente respeitar o diferente neste quesito.

Algumas expressões populares me incomodam um pouco. Um pouco são as expressões envolvendo algum ser imaginário, como "O futuro a Deus pertence". (Uso letra maiúscula para me referir ao deus bíblico do meu exemplar da Bílbia a um metro de mim [segundo minha fita métrica], ou seja, um deus diferente de todos deuses das religiões.) Não gosto dessa fantasia que se pretende realidade explicando o presente e "pontuando finalmente" (invenção minha) as conversas e discussões. Como fiquei careca de dizer (meus cabelos voltaram a crescer), penso que as coisas devem ser pensadas, discutidas e tratadas. Mas colocando tais expressões na caixa do "Pois é" e do "É isso aí, gurizada", passam a ser aceitáveis. São só para provocar um silêncio falsamente contemplativo após.

Outras são realmente desnecessárias. Ou como estou sempre brincando (graças ao Zé do Caixão), praticamente desnecessárias. Por exemplo, se tratando de um contraexemplo, diz-se "Essa é a exceção que confirma a regra". Acho isso completamente idiota, e já expliquei isso aqui (sem link, procure você mesmo). Um outro exemplo é "Os incomodados que se retirem". Não sei que infeliz a proferiu iniciaulmente. Quantas oportunidades extras de chateação essa frase já deu aos chatos!! Além disso, fere um pouco as noções de tolerância e convivência. É fácil fazer o que quiser esperando que um eventual incomodado saia.

Qual o problema? O problema é a ignorância momentânea oferecida por esse tipo de frase de efeito; usa-se como se fosse um argumento em si, mas sequer se pensa se realmente ela se aplica na situação. E penso que as conversas e discussões são melhores quando se está realmente querendo dissecar a verdade, e não somente tentar manter seu orgulho metendo frases na cara do companheiro (ou devia se chamar adversário por ser uma discussão? Claro que não!) para rebater os argumentos ou deixá-lo um tempão formalizando algo verdadeiro e óbvio mas chato de explicar (tipo esclarecer porque uma frase de cinco palavras é falha).

Nenhum comentário: