18 dezembro, 2008

maleabilidade

Não tenho preconceito com judeus. Eu não sei nem diferenciá-los das outras pessoas, nem sei se realmente vi um pessoalmente. Isso me torna uma pessoa vacinada contra esse preconceito.
Tampouco sei identificar carros pelo nome, à exceção de alguns bem particulares. Desde criança, nunca me interessei muito por carros nem motos. Sempre evitei, depois que aprendi que pessoas julgam as outras pelo carro (ou, de alguma forma, conjecturam sobre questões financeiras do vizinho quando este troca de carro ou afirma "tá bem, heim!" quando alguém diz ter um caro carro), julgá-los dessa forma também. Acho que consegui isso; eu dificilmente lembro do carro de alguém, e nem reparo neles. Não quero perder tempo nenhum mesmo imaginando quem "subiu" ou "desceu" na vida.
É possível alguém tentar moldar-se, evitar ser certas coisas. Acho que dá mesmo para evitar certas atitudes que você considera defeitos, embora seja bem mais fácil mudar quando criança/jovem (quando ainda não se tem o "defeito") do que tentar consertá-lo conscientemente quando adulto, evitando as más atitudes.

Todo esse papo é em relação á pessoa mudar por conta própria. Para tentarmos mudar alguém (ou evitar que se crie uma característica) há, na minha opinião, mas dificuldades. O nosso acompanhamento é bem menor e nem sempre podemos confiar no outro (ou quem sabe a confiança se quebra, arriscando assim nosso esforço). Não vejo uma qualquer razão para que tentar moldar a si mesmo ser mais difícil do que moldar outra pessoa.

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