24 julho, 2009

Repetição de sonhos

Hoje fui acordado quatro vezes, e por isso consegui lembrar de quatro sonhos: meu recorde! Na ordem, um envolvendo pedras lunares, um que não lembro, um de execução e um de Álgebra Linear.

O mais curioso é que os sonhos do meio foram reprises de sonhos que já tive antes (mesmo o que agora não lembro era uma reprise). É uma sensação muito estranha, de você ter que adivinhar o que vai acontecer, pois já "vivenciou aquele sonho".
A história correu diferente da primeira, porque acho que matamos uma pessoa diferente (nós éramos um grupo com um traidor entre nós... e ele deveria ser executado... e ele foi desmascarado quando mencionou ideias socialistas enquanto observávamos os vegetais no supermercado...). Foi maneiro sonhar de forma parecida; foi como jogar Detetive (aquele de tabuleiro, do Prof. Black) por uma segunda vez.

(Infeliz daquele que se enganou de cuidados. Disse "com todo o respeito" em vez de "sinceramente".)

Atualidades

Para mostrar que às vezes leio jornais e me mantenho informado, opinarei sobre alguns absurdos ou algumas estranhezas ocorridas e noticiadas.

A primeira coisa da qual absolutamente não gostei forem terem mudado o nome da gripe, de "gripe suína" para "gripe A". Tem o argumento razoável de que a gripe tem bem menos de suína do que se pensava no começo, mas ceder a uma pressão de mercado (dos envolvidos com a criação e o abate de porcos) não me parece uma boa. Sempre penso que a realidade é suficientemente boa, má e interessante para não precisarmos mentir ou tentar alterá-la. Acho que deveríamos resistir e não rebatizar objetos/atividades/acontecimentos por irem contra algum segmento do mercado. Não gosto dessas medidas "paliativas" (na falta de palavra melhor, pois esta palavra realmente não está bem escolhida).

Entre um estado mínimo e um controlador, acho que "acredito" mais num regulador. Não tenho poder político algum, mas acredito que conseguiria direcioná-lo para o bem da população. Por isso tenho a impressão de que pessoas com poder (ou órgãos públicos, despersonalizando a coisa) podem cuidar "da gente" com as suas medidas. Onde quero chegar?
A ONU (ou a OMS? Não sei mais...) tem uma diretriz de que a prioridade de abastecimento de medicamentos deve ser dos governos. E o governo brasileiro, ou alguém ou algum órgão ou secretaria pública, resolveu que seria melhor se abastecer do remédio Tamiflu, que é o único contra A-gripe-suína, e por isso o remédio não está presente nas farmácias.
Eu acho uma boa iniciativa. Acho que no caso de uma epidemia de tamanhas proporções, é melhor que o governo tome conta da situação. Soluções "cada um por si" não dão certo nesse caso. Uma pessoa que compre remédios (claro, a razão é sempre a proteção da família, um motivo realmente louvável e inatacável [estou sendo um pouco irônico; acho que vivemos em sociedade e os planos tomados, mesmo que não sejam perfeitos, funcionam melhor se não houver "traidores"]) e os tome indevidamente pode criar um "espécime" de vírus mais resistente, prejudicando o tratamento em geral.
Sei que há reclamações, de que o remédio não chega rapidamente aos pacientes que precisam, mas ainda considero essa a decisão mais sábia, uma decisão de competência. E até que o governo tem se mostrado confiável, ao menos nesse setor (e não muito além...).

Eu podia comentar da crise política do Rio Grande do Sul. Mas não entendi direito, com tanta coisa que aconteceu, trocas de secretários, denúncias, investigações. Então, está muito complexo, e não entendi.

Agora, o que está envergonhando o país: o José Sarney, e sua insistência em permanecer no cargo, e o Luís Silva, que o defende, dizendo que ele não é um cidadão comum. Há uma "campanha" (ou iniciativa) para que as pessoas mantenham bigodes até o bigodudo (bem, nem tanto como o querido Mario) Sarney sair do Senado. Até estou pensando em seguir a ideia (e ficar parecendo o cara da capa do livro Morangos Mofados).
Acho uma coisa realmente chata que um assessor tenha que dizer ao presidente que é melhor que ele seja mais comedido em defender o Sarney, para não afetar sua imagem. (Da mesma forma, por motivos semelhantes tenho um pouco de vergonha das minhas formas de vaidade.)
São equipes de Fórmula 1 atrás de cada candidato! (Cada uma com seu salário.)

20 julho, 2009

Pensamentos e observações

O que uma filosofia de pensamento pode concluir sobre o mundo real? Penso que nada de muito concreto se poderá obter somente com pensamentos.
Sentados em uma pedra e pensando, tudo que concluirmos pelas nossas regras lógicas que pensamos ser válidas deverá partir em "Penso".

Bertrand Russell até pensou uma vez que o argumento ontológico (acho que essencialmente só existe um com esse nome, para a prova de deus) não deveria funcionar; simplesmente porque se funcionar funcionaria tanto num mundo com deus como num sem deus.
Se quisermos conclusões de verdade sobre o que nos cerca, devemos observar!

Também acho que as nossas afirmações devem poder ser falseadas. Algo como "existem dragões além do limite observável do universo" devem ser ignoradas.

(Não sei se isso é o que chamam de "o positivismo de Popper". Aliás, cansa um pouco tentar detalhar ideias que não serão lidas nem aprovadas.)

14 julho, 2009

Abordagens e genialidades

Dizem que tal novela ou filme levanta uma discussão sobre tal assunto, e que isto o tornaria útil à população de alguma forma. Acho que isso é um exagero. Mesmo quando uma história fala sobre algum assunto, ela não está falando tanto assim. Não é uma real abordagem da coisa, é só um "exemplo" de uma situação simulada pelo diretor/autor. Não é algo tão profundo para merecer tanto mérito.

Algo parecido ocorre com outras produções culturais, por exemplo, livros e músicas. Aprecio muito esses dois, mas acho que não chegam a ser geniais. Passei a admirar muito mais algumas concepções novas, como o evolucionismo de Darwin e a relatividade de Einstein (em especial essa). Isso que eu chamo de genial. Claro que há criações como os quatro elementos ou o lamarckismo; o defeito delas é não terem acertado.

E com esse desmerecimento dos produtos culturais, só posso esperar críticas.

De novo, pelo critério de utilidade: que importância tem este post para a compreensão das coisas?

13 julho, 2009

Determinismo

Chamo determinismo quando algumas condições no universo fazem com que outros fatos devam ser necessariamente verdadeiros. Sou determinista (ou fatalista, como se diziam os gregos). Acho que todas as coisas são como são e não poderiam ser diferentes, pelo fato de serem assim. Corro o risco de fazer uma observação inútil, por não fazer nenhuma previsão passível de teste (e portanto não poder ser considerada ciência, e nesse caso beirar um falatório fútil). De qualquer maneira, é o que acho mais plausível. Não acredito em escolhas; acho que o jeito como todas as partículas são não permitem uma evolução diferente da situação. Da mesma forma, acho mais plausível não haver nenhuma forma de deus ou divindade (e isso corre o risco de não fazer diferença nenhuma). Assim, meu determinismo não tem nada de "assim deus quis" ou "assim estava escrito", a não ser em um sentido puramente metafórico.
Existem várias formas de determinismo, e pretendo apresentar as duas que consegui conhecer ou bolar.

A primeira forma é a dos abertos. Ela diz que se as situações de todo um conjunto "aberto" no espaço-tempo (tem um sentido matemático preciso; considere que contém ao menos uma esfera de dimensão máxima [possivelmente quatro]) forem de tal forma, todo o resto não poderá ser diferente da única configuração que encaixa com a configuração do aberto. E é claro que uma se encaixa, se selecionarmos a configuração do aberto "a que existe".
Uma situação muito parecida é a das funções analíticas. Conhecidos seus valores em um conjunto aberto, todo o resto está determinado. Por exemplo, na imagem, a única função analítica que contenha aquele trecho em vermelho é a desenhada; não poderia haver outra.



Outra forma é a do instante. Diz que se conhecermos a situação das partículas em um "instante" (como não há exatamente instante, pense em uma "folha" tenha um representante pra cada ponto do espaço), poderemos conhecer em todo o resto (os momentos futuros e passados de cada elemento da "folha").
A "analogia" seria o Teorema de Existência e Unicidade para Equações Diferenciais. Dada uma equação diferencial, que representa as regras do universo (de fato elas são dadas por equações diferenciais, como Euler-Lagrange ou Navier-Stokes), enquanto o "instante" é um ponto, a "condição inicial". Olhando no desenho, as regras do universo (ou seja, o universo) determina as possíveis linhas que podem ser seguidas. Há uma e exatamente uma para cada ponto "determinado" no universo (que é mais que um ponto, e sim uma descrição colossal). A situação vermelha é a única que pode "acontecer", dada a equação diferencial e o ponto escolhido para ser o "real".



Chamo a atenção que esse determinismo não diz, de forma alguma, que possamos conhecer todas as variáveis envolvidas de modo que possamos fazer uma descrição (nem em papel nem em bits) de um aberto ou de um instante. Assim, essa ideia de determinismo são bem mais teóricas do que práticas; serem verdadeiras ou não não deve fazer muita diferença em como agimos. Principalmente porque, segundo a teoria, não poderíamos ter escolhas. :)

08 julho, 2009

Erros na série Harry Potter

Este post será sobre os erros de continuidade ou estranhezas que podem ser consideradas um erro/engano pela escritora, como se ela esquecesse algum detalhe, ou se contradissesse. Este post será modificado.
Claro que eles passam, e as atitudes são moldadas pra dar prosseguimento à história. Pegando um exemplo dessa coleção, Harry Potter podia ter avisado a Severo Snape quando ele achou que viu Voldemort torturando Sirius no Departamento de Mistérios, mas ele, Rony e Hermione simplesmente esqueceram. Assim como esqueceram do vidro quebrado que Sirius havia dado a Harry no Natal, a fim poderem se comunicar com segurança. É bem diferente dum RPG, em que os jogadores nunca fazem o que o mestre pretende (ao menos das poucas vezes em que fui mestre), e são livres pra fazer o que quiserem, não se restringindo ao que é mais fácil ou dá os melhores contornos à história.
Mas chega de preliminares.

O primeiro erro marcante que percebi foi quando Bartô Crouch (o filho), fingindo ser Olho-Tonto Moody, interferia na última prova do Torneio Tribruxo. Pelas noções comuns de magia do universo criado pela autora, mesmo um adulto não poderia ser tão eficiente executando feitiços através da sebe sem ser descoberto. Além disso, conseguiu lançar uma Imperius lá no meio (acertando em Vítor Krum), o que não é sempre que ocorre.
Além disso, ele conseguiu passar o ano sem ser descoberto. Teve muita sorte de pegar o Mapa do Maroto de Harry. E surpreende que o verdadeiro Moody deu informações a ele (de como se comportar) enquanto estava preso no malão. Ele podia ter se negado, sacrificando a vida por algo maior, ainda mais que ele fez parte da Ordem na época dos pais de Harry. E além disso, Rabicho e o Crouch conseguiram pegar o verdadeiro Moody em casa, ele que é um auror (forte).
Tudo era possível e improvável; de qualquer forma foi o que ocorreu.

Uma coisa estranha foi o comportamento de Sirius Black quando a Harry, Rony, Hermione e ele estão na Casa dos Gritos. Ele se comporta como se fosse matar um deles. Sabe, se ele sabe que não foi um assassino, não precisa ameaçá-los, nem brigar com Rony, nem agir daquela forma esquisita. Achei bem confusa aquela parte do terceiro livro.

Rabicho é sempre tratado como um bruxo fraco ou médio, que gostava de adular os outros. Mas então como foi que ele explodiu uma rua inteira matando 13 pessoas? Isso com a varinha escondida, às costas. Putz, nem Voldemort conseguiu explodir uma bomba assim. Ninguém mais fez isso.
Também foi estranho Sirius ficar rindo como um louco após o ocorrido. Claro que isso foi um relato de um personagem (sujeito a distorções), mas de qualquer forma pareceu um pouco forçado pra formular a imagem de Sirius.

Por falar em Voldemort, ele passa mão no rosto de Harry logo que recupera seu corpo, no quarto livro. Carinhoso demais. Passa a mão no rosto e depois tortura e tenta matar. Podia ter dado um soco em Harry, ou uns tapas, em vez de um meigo toque no rosto. Ou será que ele era tão nobre a ponto de não dar dano com meios não mágicos?

Outra estranheza é, no dia em que Voldemort (na época em que ele estava como um bebê) e Rabicho invadem a casa dos Riddle, o dia era de pleno verão e as lareiras estavam acesas. Claro que não é exatamente contraditório, pode fazer parte da tradição das pessoas no universo dos livros, mas gostaria de saber se a autora se flagrou disso.

No sexto livro, Malfoy tem a oportunidade de matar Harry quando o pega no Expresso de Hogwarts. Nem que não fosse com magia, poderia fazer alguma coisa. Contudo, não o faz. (Talvez Voldemort não gostasse.)

05 julho, 2009

Caso de ódio

Acho incrível a capacidade da Microsoft de oferecer um produto cada vez pior no que se refere à conversação instantânea (nome pomposo, né?). Se fosse só isso, tudo bem, mas o problema é que você não tem a menor opção de retornar para o programa antigo. Os programas parecem completos, mas na verdade só tentam me fazer de bobo, como se fosse eu quem precisasse de ajuda e não eles, que só têm milhões de instruções eletrônicas e nenhum cérebro.
Sinto-me frustrado e totalmente arrependido de aceitar a última atualização do MSN Messenger (que até então, estava decente e se encaixava nas minhas necessidades). Agora não sei quanto tempo vou demorar até conseguir atualizar de novo o que eu tinha, ou se vou ter que me sujeitar à bosta nova que tentam me fazer engolir, e usar essas ferramentas que só servem pra me vigiar e deixar tudo indireto, enquanto eu fico mais ignorante e tenho de seguir os caminhos que o programa desenha.

Vou contar uma historinha, que é real. Eu tinha um Windows XP original, e tinha um certo orgulho disso, de possuir o meu Windows, com direito às minhas atualizações. Quando o computador precisou ser formatado, não houve jeito de reinstalá-lo de novo. Simplesmente porque havia sido instalado no outro, e o novo computador (que era o mesmo, aliás) estava reconhecendo como uma segunda instalação, o que não podia. Daí me obriguei a instalar uma versão pirata (também o XP), e aquele CD original não serve mais pra nada. E agora nunca mais comprarei nenhum produto da Microsoft, se é pra ter um programa que só vale por uma instalação, e sequer pode ser instalado nos computadores (tenho 2 atualmente). E até tenho vontade de começar a vender Windows pirata, ou até distribuir de graça, só de raiva.

01 julho, 2009

Produtos vencidos na Inglaterra

A Martha Medeiros escreveu numa crônica (que saiu hoje no jornal Zero Hora) que ela já ficou na casa de uma inglesa (sim, foi na Inglaterra) que passava por bastantes dificuldades financeiras (tanto que hospedou baratinho a então jovem Martha).
O esquisito dessa história é essa mulher comprar produtos vencidos porque eles são mais baratos. É difícil acreditar que os mercados da Inglaterra tenham permissão para vender um produto vencido, desde que seja por um preço menor. Daí, por enquanto duvido da afirmação da crônica: acho que ela mentiu, ou mais provavelmente se confundiu.