08 novembro, 2009

Interpretação de obras artísticas: a resposta versus as possibilidades

Quando a gente tenta entender uma obra artística (uma música, uma pintura), deve tentar entender o que o artista quis expressar. Geralmente isso tem uma resposta única (mesmo que a única seja a de ter criado uma ambiguidade). Não sei se é uma relação causal, mas acho que tenho dificuldade nisso proque tento vislumbrar todas os significados possíveis.
Quando outra pessoa diz que tal interpretação é óbvia, fico com um pé atrás: e se fosse de outro jeito? Pode haver dois significados inteiramente plausíveis para interpretar a mesma coisa, com os fatos que se tem.
Talvez quem tenha mais "intuição" para dizer prontamente a intenção do autor da obra tenha mais dificuldade em lidar com problemas do tipo "achar todas as soluções". E se bobear, é capaz de haver um pensamento lógico diferente do meu. (O que é uma coisa interessante, divina sem deus. [Também seria divina se todas possuíssem o mesmo processador lógico. Mas será que somos todos naturalmente inclusos racionalmente? {Obrigado pelo termo, Eli!}])

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