27 novembro, 2009

Novos conhecimentos, novos horizontes

Renasceu em mim, talvez por alguns breves dias (mas isso só o tempo dirá!) o pensamento de que a matemática pode dar novas ferramentas à imaginação (se quiser chamar de asas, sem problemas). Quer dizer, existem estruturas matemáticas que eu não conhecia direito. Pensando um pouco no que aprendi sobre campos de vetores (coisa que ocorreu principalmente nesse semestre), consigo fazer formulações para princípios físicos usando a matemática (mas especificamente, campos de vetores), e isso pra mim é um enriquecimento da minha visão de mundo. Sei que se restringe mais ao que pode ser bem definido (não se aplicando a relações interpessoais ou algo assim), mas ainda assim é um olho a mais, um sentido a mais.

Uma ideia mais ou menos arraigada minha é que o tempo não existe de verdade no sentido de que "antes" e "depois" sejam conceitos especialmente importantes. Vou explicar de outra forma. Pra mim, não faz sentido perguntar o que houve antes do big-bang, por exemplo. Posso imaginar que as partículas, em vez de descreverem curvas dependentes do tempo, são simplesmente curvas num certo espaço (no sentido métrico/topológico/outro). Supondo que só há a força gravitacional e usando a ideia (vinda da relatividade) que todo mundo se move com uma velocidade constante c por todas as dimensões (bem, precisa estudar pra entender um pouquinho) e com isso posso fazer um campo de vetores (digamos em R^8, para termos as três "maiores" dimensões espaciais e a temporal duas vezes, para a posição e para a velocidade). Uma das "dimensões" (isso pois é complicado sair do R^n) desse espaço os humanos (os animais também, pra ser justo) conseguem medir, e descrevem os eventos a partir dela. Provavelmente deve haver leis restringindo a movimentação das partículas, ou não as vemos. Mas voltando: posso enxergar a partícula por uma parametrização em que a coordenada tempo sempre avança ou simplesmente imaginar que é uma curva estática no R^8, por exemplo. Assim, o universo está todo bem construído e tem seus padrões (ou ao menos achamos que há e tentamos adivinhá-los usando nossos rudimentos de matemática), não sendo algo que necessariamente evoluiu pelo tempo. Repetindo, o universo é tudo, englobando todas as épocas do que a gente normalmente chama universo.

Com isso (sei que está confuso, na verdade pensei nisso há uma hora atrás lendo O Universo Elegante, de Brian Greene) consegui dar um melhor background (e uma leve melhora no entendimento) de universo estático. Acho que entendendo melhor isso consigo evitar formular as questões erradamente, ou ainda saber traduzi-las de forma que fiquem mais fáceis de serem pesquisadas e respondidas!

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