23 abril, 2007

de analogias

Não é válido (como argumento) usar analogias. Aliás, analogias são a forma mais idiota de convencer alguém de algo. Mas elas sobrevivem porque são apelativas e de falso uso. Há algumas disfarçadas em expressões como “procurar a sua metade da laranja” – desde quando somos frutas? (bem, comigo foi com o Tonhão...). Há bem piores, como qualquer coisa que se refira a comportamento. Agora me veio à cabeça um exemplo: “cérebro é que nem um músculo: quanto mais você exercita, mas poderoso ele fica”. Ora, quem disse que cérebro é que nem músculo? Eu podia dizer, da mesma forma, que cérebro é que nem tênis, que quanto mais você usa mais gasto ele fica. E um simples contra-exemplo demole toda uma teoria. (Preciso dizer que o que chamei de teoria é a afirmação de que analogias são válidas? Somente confirmei o que disse, se você prestou atenção suficiente.)
Vou falar sobre contra-exemplos no próximo post.

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