11 novembro, 2007

das exemplificações num texto

É muito difícil escrever quando o jeito como escrevemos não ajuda muito.
Se digo que não sei como devo tentar convencer quando a idéia pode parecer muito óbvia, posso exemplificar que também pode ser inútil tentar explicar que se uma coisa implica uma segunda a negação da segunda implica a primeira. Isso pode ser considerado óbvio, podendo ser utilizado sem menção, ou será que é algo que não pode ser facilmente explicado sem muitas digressões? Só sei que isso dificulta em muito a escrita de alguns textos (como os que publico aqui no blog).
E eu pude falar de várias coisas sem falar ao que se referiam; faço hierarquias e não sei ao que os exemplos obedecem; nesse caso foi ao nível mais "alto" (alto se formos descendo à medida que especificamos). Acho que seria boa uma indexação (usando números [é melhor que asteriscos e triângulos, ao menos eu acho]) das idéias para não ficarmos usando "isso" e "nisso" exageradamente causando confusão (uma coisa é escrever pensando, a outra é ler, ainda mais se não se prende o leitor e ele não consegue acompanhar o raciocínio [que pode muito bem ser falho, sendo processado somente na cabeça de quem escreve {mas como isso pode acontecer é algo que pode se discutir em outra ocasião}]) ou ter que escrever a idéia toda vez que nos referimos a ela (o que poderia ser didático, mas não considero tanto; acho que o texto deve ser mais enxuto e claro o suficiente para evitar repetições). (Essa última frase ficou bem comprida; talvez não seja tão fácil de entender. Talvez seja bom também criar símbolos para fazer as observações sem botá-las em parêntesis. [Agora lembro que eu muitos livros isso acontece no rodapé; mesmo sendo notas do editor nesses casos acho que o autor mesmo poderia fazer isso {há programas que fazem indexações automáticas, acho que dá}.])
Mas o que mais importa mesmo são os exemplos quando se fala coisas que afetam, aplicadamente, outras coisas, e não se sabe muito bem ao que se referem. (Não é porque está escrito que o leitor tem de entender; isso é arrogância [ou ignorância] de quem escreve [e de quem faz música, cinema, poesia, artes...]. [Isso se não minha ignorância, coisa que é possível.])

2 comentários:

Thai disse...

A Bienal, quem sabe?
"Arte" que existe, mas que não se entende (ou devemos ser nós os pouco capazes...).

Fischer disse...

O (que que que...) que tem a Bienal do Mercosul (que feio é "Mercosul")?
Acho que Bienal foi uma mostra de quaisquer coisas, mas não de arte. Não chamemos assim, não. Arte deveria demandar algum espírito criativo.
Aliás, em alguma mostra num país de língua latina um "artista" deixou um cachorro morrer de fome como sua obra de arte. (É, isso me incomoda bastante. Não só por chamar arte, mas pelo ato que é cruel, muito. Espero que artistas assim morram de fome...) Ora, essas e muitos outras propostas de arte que chamo somente mostras a essas exposições - e que não se atrevam a dizer que são mais do que isso. Não que não haja arte, que todas as produções sejam comuns, mas vamos falar como sabemos e não dizer bobagens (se havia uma pintura não é [por isso! {é muito importante ter em mente o que se fala}] porque era uma exposição de pinturas).
Deveríamos ter mais responsabilidades no que escrevemos e no que falamos. E eu quis dizer isso mesmo.