13 novembro, 2007

delicadeza

Num dos contos do Machado de Assis certa personagem diz que nada é mais delicado do que dizer a verdade (mas com outras palavras).
Mesmo que eu acredite (ou apóie, ou ache), não significa que serei sincero com as pessoas; afinal, serei com quem mereceria minha delicadeza. (É bom sentir-se sincero, pena que as pessoas receptoras podem não estarem aptas à franqueza.)

Sinto também (mais recentemente) que pode haver interesses que possam fazer com que tracemos planos contra alguém, como aqueles da novela Malhação (não que eu esteja fazendo isso...), e também que se pode não ser tão bom quando se tem um objetivo. Assim, às vezes não se é totalmente sincero com alguém, e em outras fingimos uma proximidade maior que a real.

2 comentários:

Thai disse...

"Delicadeza" e "sinceridade" são duas palavras bonitas...

E depois que tu me afetaste um pouco com o conteúdo entre o segundo parentesis (isto pode não estar muito certo...) do segundo parágrafo eu estou achando melhor ir dormir. E lá vou eu...

Fischer disse...

O segundo parágrafo pode ser tanto muito importante como desnecessário. (Não exatamente porque todas as conclusões já vem das coisas primeiras, mas acredito que se relacionem essas afirmações.)
É importante discernir e entender bem que dizer que mesmo que ser delicado seja ser sincero isso não implica um uso da franqueza (completa?) nas relações pessoais. E ao mesmo tempo pode ser óbvio (ou lógico, somente) que é claro que não implica, ninguém estava falando em sermos delicados com todos.
Especialmente importante este aspecto, pena que é o que acho e escrevo, e não mais do que isso. (Melhor admitir isso de uma forma mais geral da próxima vez. [Viu como é ruim usar tantos "isso"s? Fica difícil entender ao que se referem.])

Pode ser uma passagem (no sentido de trecho) marcante. Mas acho que faz sentido, sim, e eu poderia repetir. Parece razoável.