17 novembro, 2007

de uma praça e de uma corrida em particular

Falarei de uma praça de Encantado. Quase ninguém em Encantado me lê, e também não passei a maior parte desse ano em Encantado, e também este blog não será um blog político, mas ainda assim falarei da praça próxima à igreja. Ela foi "revitalizada" (uma ótima palavra); seu caminho que antes era de terra recebeu algum pavimento (mas nada ofensivo, nem pesado); foi construída um bonito cercado (bem baixo, somente para uma demarcação de território; acredito que segure algumas bolas e dê um pouco mais de segurança a alguns pais; além do mais pode-se andar sobre ele equilibrando-se, atividade saudável) e construídos (ou colocados) novos bancos e brinquedos (escorregador e balanços). Achei que essa foi uma boa atitude (prefeitura? algum órgão? não sei a quem atribui-la); acho que é assim que se deve pensar numa cidade: construir (e manter) espaços agradáveis. Acho que foi um grande presente a muitas crianças (e mesmo qualquer um que vá se sentar nos bancos, ou que vá escorregar).

Hoje corri à velocidade máxima - o que eu não fazia fazia tempo (xP) - e até pareceu que o espaço ficou distorcido, como ocorre (propositalmente programado, acho) em alguns jogos eletrônicos de corrida. Será que corri tão rápido? De qualquer forma, foi uma experiência diferente.

PS: Quem sabe os filhos ateus poderão ficar na praça enquanto seus pais ouvem os atos litúrgicos na igreja.

3 comentários:

Eli Vieira disse...

Caro Fischer,

Isso me lembrou a experiência que tive neste feriado de proclamação da República (não estou falando de política também...) quando voltei a visitar a cidadezinha de minha infância.

Há poucos meses, ao ver que estavam reformando a pracinha, eu e minhas irmãs, turrões, reclamávamos entre nós sobre a destruição de uma quadra de futebol que foi feita a partir de um buraco no centro da praça, quadra cuja arquibancada de cimento também servia de escada para descer à área de espetáculo. Taparam o buraco, podíamos observar por entre o cercado que impedia que nós leigos interferíssemos na construção.

O que houve é que neste feriado, quando estive lá, vi que o resultado de tapar o buraco da quadra foi bom. Fizeram um banheiro público, o que antes fazia muita falta na época da festa anual da cidade.

Apesar de eu ainda achar que o prefeito é um nepotista alienígena que vaga com sua família de cargo político em cargo político como uma nuvem de gafanhotos, gostei do resultado da reforma.

Agora preciso repreendê-lo pelo seu post scriptum:

"PS: Quem sabe os filhos ateus poderão ficar na praça enquanto seus pais ouvem os atos litúrgicos na igreja."

Filhos DOS ateus não é? Afinal de contas, crianças não podem decidir tão cedo que opinião elas têm a respeito de religião, ou de política, etc. etc. Por isso mesmo, não devemos falar "criança católica" ou "criança comunista". Certo?

Abraço

Eli Vieira disse...

Agora vi que seu PS não falava de criança alguma. Que burrice a minha.
Desculpas.

Abraço

Fischer disse...

Na verdade o pós-escrito foi irônico. Com filhos eu quis sim dizer crianças, mas justamente para dizer que até então elas eram obrigadas a ir na missa com os pais, e a praça poderia ser uma alternativa a isso, deixando os pais tranqüilos enquanto cuidam para não irem para seu inferno. Mas claro que isso não aconteceria, e o pós-escrito não foi sério.

E não foi burrice. (Aliás, adivinhaste bem que eram crianças.) A gente sofre quando não se está claro se o que se quis dizer é o que está escrito. (Espero que isso não tenha ficado confuso!)