10 janeiro, 2008

confusões do ser

Há fatos que se manifestam muitas vezes. Em alguma hora, eles ficam claros e tomam um corpo e acabam merecendo um post (num blog escondido e em desuso [a palavra não é tão boa, mas é essa mesmo que quero usar] pelos outros).
Ao contrário do que parece, este não será mais confuso.

É comum usar o verbo "ser" tanto para significar equivalência como inclusão/pertinência). Eu explico. Se digo que morrer é falecer, temos que "é" denota equivalência. Se digo que um gato é um animal, o sentido é que todo gato é animal. Muitos enganos são feitos com essas duas opções de significados (ás vezes penso que a pessoa escreve, e deixa os outros interpretarem para depois decidir o significado e a extensão de sentido do que foi escrito); como exemplos temos "Deus é caridade" e "amar é sofrer". O que se quer dizer exatamente com essas frases eu absolutamente não sei, mas acho que beira o abuso. (Lembro de algo que uma professora minha falou: se deixa propositalmente [o que não me parece ético, tendo em vista o ato de escrever, que devia ser sincero] espaço para duas interpretações: uma fantástica e errada, e outra trivial, mas correta.)
Na minha opinião, seria melhor se usássemos "é" quando quiséssemos indicar que um conceito se subordina a outro (do tipo canguru-marsupial). Quando duas coisas forem iguais, ou equivalentes, ou sinônimas, devemos indicar. (Isso coincide com algum uso em matemática; se se equivalem por uma relação de equivalência [é que pode haver várias], se indica. [Não sei exatamente por que, mas tenho a impressão de que é com matemática que se é mais sincero quando se escreve.])
Isso se há algum interesse em melhorar algo. Se preferes a confusão, e inibes o esclarecimento para justificar que todos os pontos de vista são iguais (ou "são", alguém poderia querer substituir [não dá pra confiar nem esperar muito]), eu simplesmente acho errada tua atitude.

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