03 março, 2009

Ganhando e jogando

Muitas pessoas comemoram quando ganham um jogo de cartas ou no videogueime (ainda são jogados? Ou só há lans?), ficam dizendo que são bons, que ninguém pode com elas. (Aliás, trocando uma letra de lugar, fica "ninguém pode come-las". Boa para contar pros seus amigos que riem de qualquer coisa.) Claro que há alguns que são mais habilidosos em Counter Strike, ou que têm um bom método para jogar Copas (se bem que nesse caso se precisa de sorte também). Mas ainda assim não gosto dessas prerrogativas.
Muito melhor é curtir o equilíbrio; acho bem melhor quando são forças parecidas que se reúnem, e os ganhadores se revezam, e os sucessos são parecidos. Acho tão legal reunir forças semelhantes. (Se forem fracas, muito melhor. Mais divertido fica o jogo, menos pensando.)
Também acho melhor não gostar tanto de ser o vencedor (é melhor levar a vida devagar, pra não falar amor). Gosto bastante de jogos em geral, e muitas vezes apresento algum a outras pessoas (que jogam comigo para aprender). Se eu ficasse realmente excitado em ganhar, não daria a chance das pessoas aprenderem a jogar. Acho mais legal ser cometido enquanto a pessoa tropeça e tenta entender a dinâmica do jogo (aqui é difícil usar palavras pois pode ser tanto um jogo eletrônico como um de tabuleiro), para tentar formar um parceiro de bom nível, e de fato compartilhar o gosto que você tem pelo jogo com a outra pessoa.
Sempre jogo pra ganhar, mas o que importa é competir. E quando ganhar, nada de diminuir os outros. Não há problema em perder, a não ser que roubem ou trapaceiem: aí fico puto. Gosto de equilíbrio, de chances parecidas, de pequenos lances fazendo a diferença, embora a situação se altere a toda hora (caso de muitas partidas de Yu-Gi-Oh!). Se não der pra ver o resultado do lance, como em damas chinesas (em que o tabuleiro é um tantinho confuso para se apurar quem está vencendo), melhor ainda, adoro esse tipo de coisa.


PS: Como dizem alguns que citam o Nelson Rodrigues, a humanidade é burra. Com efeito.

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