16 setembro, 2007

reflexão sobre as gotas

Talvez mais do que pelo gosto ruim que alguns remédios teriam se fossem tomados em gotas (que foi a explicação da minha mãe há alguns anos atrás) a popularização dos comprimidos e cápsulas se deve à praticidade de tomá-los: engole o comprimido e engole água. O comprimido é bem um representante de como são feitas as coisas: com pressa e sem esmero. (Mas até que é objetivo, tenho que admitir.) Deve estar fora de moda cuidar para que caia certo número de gotas (ou não, pode ser por volume) e depois misturar com água (ou não). Não é mais habitual ter tempo para se dedicar a pequenas coisas do dia-a-dia, e as pessoas se voltam para tentar produzir e produzir mais no trabalho ou de qualquer outra forma, sem se preocuparem com as coisas miúdas e calmas. E tenras, até, acrescento. Não necessariamente "infeliz era", mas... infelizes tempos da pressa. Se há uma causa, se é que elas existem (porque isso é bem variável e muito questionável), seria a revolução industrial. Acho que começou lá. Mas não é o principal aqui. Só quis dizer que a sociedade (as pessoas dela, em geral) toma comprimidos mas não têm paciência para se esmerar em deixar gotas caírem lentamente.
Vamos procurar o amor pela internet e fabricar a pílula da felicidade eterna. (Nunca faça isso, foi o que quis dizer.)

(Nesse post, e somente neste[aqui é como aquilo de separar sujeito de verbo; significa somente neste a menos de menção específica ao contrário], há censura de comentários. Se você sabe por que, sabe o que não pode escrever.) (Eu posso fazer isso?)

(Nota: troquei as cores do blog [era preto e escrito em branco, com títulos de posts verdes] e gostei do resultado. Isso não é aplicação de esclarecimento/obscurecimento, mas sim algo que quis fazer para facilitar a leitura [acho que são coisas bem diferentes...].)

2 comentários:

Thai disse...

Ei, censura de comentários, agora?
Mas o que vou escrever - que é que começou bem antes da Revolução Industrial, quando aquele ser que ainda não se chamava homem descobriu que usar pedras para quebrar alimentos era mais fácil (esse foi só um exemplo totalmente sem teor palativo) que "quebrar a cabeça" para conseguir outro tipo de comida. Ou seja (ou não), foi quando se pensou em tornar um algo qualquer mais prático.
Essa tal praticidade dos tempos tempos modernos (que não precisam ser, necessariamente, os atuais)...

Fischer disse...

Sei lá, mas no tempo das avós parecia que havia bem mais calma nas tarefas e hoje o processo parece estar bem diferente mesmo do que era há muito tempo atrás.
Ah, e jogar pedras não é tão próprio de humanos... Não sei direito o que seria essa época, mas foram as pedras que foram substituídas, acho. Não sei direito... (verdade que estou escrevendo coisas das quais discordas com razão)