12 outubro, 2007

dever fazer, não dever fazer e dever não fazer

Este post é uma observação sobre um engano difundido.

Quando se conclui (através de um contra-exemplo, por exemplo) que é falso que se deve fazer algo, então podemos concluir que a negação é verdadeira.
Só que devemos observar: quando falamos "não deve fazer" queremos dizer "deve não fazer", e não a negação de "deve fazer". Assim, se é falso que devemos usar roupas azuis, não devemos concluir que não devemos usar roupas azuis (no sentido que damos a essas palavras); devemos concluir que não devemos usar roupas azuis (no sentido de que não é preciso ou recomendável ou sugerido [isso merece reparações e estudos maiores] usar).
Então farei um sacrifício mas que acho que deve ser feito: tentarei escrever "devemos não usar" para quando escrevia "não devemos usar". Acredito que assim farei menos argumentos inválidos (assim como era indevida a primeira conclusão sobre usar roupas azuis). Chamei de sacrifício pois me parece difícil, e também porque terei de não fazer mais algumas postagens em que a conclusão não pode ser corretamente inferida. Mas melhor descobrir o erro e evitar processos do que fazê-los!

Ficou tudo muito repetitivo, mas é bom explicar bem, porque pode ser difícil de entender. Isso quando se quer passar alguma informação, que é o objetivo aqui. Espero que esse post tenha sido útil e você tenha tido um pensamento a mais, ao menos.

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